O deputado cassado Eduardo Cunha afirmou que o Ministério Público Federal (MPF) e o empresário Joesley Batista, um dos donos do grupo J&F, forjaram uma suposta compra de seu silêncio, para poder incriminar o presidente Michel Temer.
“Não existe essa história de dizer que estou em silêncio porque estou recebendo para não delatar. Parte disso é forjado para imputar crime ao Michel [presidente Michel Temer] no atual mandato”, afirmou Cunha. “Deram uma forjada, e o seu Joesley foi cúmplice dessa forjada, e está pagando por isso agora.”
A suposta compra do silêncio de Cunha embasou uma das denúncias do então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra Temer, após Joesley ter gravado uma conversa em que o presidente aparentemente daria sua anuência a pagamentos para os ex-deputado.
Cunha negou qualquer envolvimento com pagamentos de propina por empresas e disse desconhecer os supostos desvios na Caixa, classificando de “ridícula” a suposição de que receberia dinheiro para não delatar Temer no esquema.
Impeachment
O ex-deputado negou ainda ter pedido dinheiro para comprar o impeachment da então presidente Dilma Rousseff, crime do qual foi acusado na delação premiada de seu ex-operador financeiro Lúcio Funaro.
“É ridícula a afirmação dele de que pedi dinheiro para o impeachment”, disse Cunha. “Cadê a mensagem de que eu pedi? Cadê a mensagem de que paguei? Nessa data do impeachment tinha seis meses que não encontrava ele [Funaro].”
O depoimento de Cunha na ação penal resultante da Operação Sépsis continua ao longo desta segunda-feira. Outros três réus já foram ouvidos na semana passada - além de Funaro, Fábio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa, e Alexandre Magotto, ex-funcionário do corretor de valores. O ex-ministro Henrique Eduardo Alves, também réu, será o último a ser interrogado. (ABr)
Temer começa a semana sob pressão de aliados
Partidos da base pedem a saída imediata do PSDB dos ministérios e impõem um desafio ao governo, que precisa tanto dos votos tucanos quanto dos do Centrão para aprovar a reforma da Previdência. Diante das dificuldades, o presidente já admitiu uma reforma mais enxuta e disse a governistas que as mudanças na aposentadoria podem não passar ‘em todo o conjunto’.
No STF, sai a Lava Jato e entram ações sociais e ambientais. A pauta do Supremo no mês de novembro não terá processos ligados aos desvios na Petrobras, que ficarão para dezembro. E a Revolução Russa, que deu origem ao primeiro Estado socialista do mundo, completa 100 anos hoje.
O governo pretende encaminhar à Câmara até quinta-feira (8) a proposta de privatização da Eletrobras. Nesta segunda, o presidente Michel Temer bateu o martelo e acertou com ministros que enviará a proposta por meio de um projeto de lei, informa o Blog da Andréia Sadi. A privatização da empresa foi anunciada em agosto e a estimativa do governo é de que R$ 12,2 bilhões ingressarão nos cofres públicos no próximo ano por conta do processo.
O Supremo Tribunal Federal (STF) deverá se concentrar neste mês em assuntos sociais e ambientais, principalmente, sem previsão de julgamentos relevantes relacionados à Operação Lava Jato. No plenário e nas duas turmas da Corte, não foram pautadas análise de inquéritos, denúncias ou processos ligados ao esquema de corrupção que atuou na Petrobras e em outras estatais. Saiba o que está previsto.
A Caixa Econômica Federal ampliou na segunda-feira, 6, em R$ 8,7 bilhões os recursos do crédito habitacional destinados às faixas 1,5 e 2 do programa Minha Casa, Minha Vida, voltadas para famílias com renda de até R$ 4 mil. A linha utiliza recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Mais criteriosa nos financiamentos, Caixa passa a priorizar a baixa renda e imóveis novos dos programas sociais, informou o vice-presidente da Habitação do banco.
Jovem que matou aluna em escola diz à polícia que atirou várias vezes para vítima 'não sentir dor'. Delegada crê que suspeito cometeu crime porque gostava da vítima, mas sentimento não era recíproco. Atirador diz que tinha ódio da adolescente e que não se arrepende do crime.
Maia: reforma da Previdência não avança porque deputados estão 'machucados'
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), avaliou que a reforma da Previdência Social não avança no Congresso porque os deputados da base estão "machucados".
A proposta, enviada ao Congresso no ano passado, já foi aprovada por uma comissão especial. Mas, diante do impasse entre o governo e os deputados sobre o texto a ser votado, a reforma patina na Câmara.
"Nós passamos cinco meses aqui de muita tensão. Um desgaste para os deputados da base que votaram com o presidente, muito grande. Não adianta a gente negar. Os deputados estão machucados. Então, o governo precisa dar uma conversada com os lideres, dar uma reorganizada na base", afirmou Maia.
Moro nega pedido de Lula e diz que defesas não acompanharão perícia em
Segundo veiculado pelo Estadão, o juiz Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na Justiça Federal do Paraná, decidiu nesta segunda-feira (6) que a perícia nos sistemas Drousys e MyWebDay, usados pela Odebrecht para gerenciar o pagamento de propinas, não poderá ser acompanhada pelos assistentes técnicos das defesas dos réus de um processo a que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva responde. A restrição vale também para os assistentes técnicos do MPF (Ministério Público Federal).
A decisão veio em resposta a um pedido feito pela defesa de Lula na quarta-feira (1º), no qual os advogados do ex-presidente questionaram a determinação da Polícia Federal de que os assistentes técnicos das defesas poderiam acessar os sistemas da Odebrecht "somente após a elaboração do laudo pericial".
Para os defensores do petista, Moro deveria deixar claro à PF que os assistentes indicados pela defesa poderiam acompanhar "todo o trabalho pericial realizado pelo Setor Técnico-Científico do Departamento de Polícia Federal".
Na decisão de hoje, Moro diz que as defesas, apesar de não acompanharem a perícia, terão acesso a todo o material dos sistemas Drousys e MyWebDay após os exames feitos pela PF. "Não vislumbro qualquer problema no procedimento e, em princípio, não cabe o Juízo fixar procedimentos técnicos para a perícia. E o procedimento selecionado não viola a ampla defesa", afirma o juiz.
Moro concordou com a exceção aberta pela PF para o acompanhamento da perícia pelos técnicos indicados pela Odebrecht, "já que o auxílio deles aos peritos poderá se mostrar necessário". No ofício em que informa o procedimento de perícia à Justiça, a PF disse que não se opunha à presença dos técnicos indicados pela construtora durante os exames, já que a empresa "é a detentora do sistema e prestará auxílio constante à equipe de peritos".
Perícia deve começar esta semana
A análise dos softwares foi determinada por Moro no dia 13 de setembro, após pedido da defesa de Lula em processo da Lava Jato no qual o petista é acusado de ter recebido propina da Odebrecht na forma de um terreno em São Paulo para o Instituto Lula --nunca usado pela entidade-- e de um apartamento em São Bernardo do Campo (SP). Em troca, o petista teria atuado para beneficiar a empresa em oito contratos com a Petrobras.
Arthur Virgílio quer escolher candidato do PSDB no voto direto
O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, que deseja disputar a presidência da República, desafia o PSDB a escolher pelo voto direto o seu candidato em 2018. “Cada filiado um voto”, propõe. O paulista Geraldo Alckmin é contra. Prefere o sistema em que voto de deputado vale mais que voto de filiado anônimo. Tucano histórico, Virgílio confia na sua pegada: foi uma das línguas mais temidas pelo PT, no Senado. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder. “Se o Alckmin não enfrenta disputa com 1,3 milhão de eleitores, como vai encarar a eleição com 145 milhões de votantes?”, provoca Virgílio.O prefeito paulistano João Dória também pretende a indicação, e pior: aparece nas pesquisas com desempenho bem superior ao de Alckmin.
Derrotar Arthur Virgílio no Amazonas foi ordem expressa de Lula em várias eleições, tal o horror que o ex-presidente tem pelo tucano.
Manifestantes invadem fazenda produtiva e destroem tudo, no oeste da Bahia
Centenas de manifestantes invadiram uma fazenda produtiva, na cidade de Correntina, no oeste da Bahia. A Fazenda Iragashi pertence a descendentes de japoneses, que cultivam batatas, cenouras, feijão, tomate, cebola, soja, entre outros. O ato criminoso, registrado em vídeo e fotos, foi atribuído ao MST, mas a organização ainda não assumiu a autoria dos atos de terror. Outras fazendas da região também foram invadidas.
O crime aconteceu na última quinta-feira (2). Cerca de mil pessoas participaram da depredação. Parte dos invasores se concentrou na entrada da cidade para novos “protestos”. O caos só teve fim após a Polícia Militar garantir que ninguém seria preso. Para os proprietários, só resta o prejuízo absurdo.
A desculpa que os “trabalhadores” sem terra usaram para a destruição é de que a irrigação está secando o rio, provocando queda de energia. A Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia disse, no entanto, que a falta d’água está relacionada ao clima da região.
Em nota, a Diretoria da Confederação da Agricultura e Pecuária no Brasil (CNA) se disse estarrecida e indignada com os atos criminosos. A CNA exige que órgãos estatais de segurança pública adotem medidas mais enérgicas de investigação para apurar a autoria dos crimes.
‘Ações coordenadas de depredação e vandalismo, como as verificadas na Fazenda Igarashi, demandam elevado grau de planejamento, típico de organizações criminosas dotadas de comando centralizado e apoio logístico, cujos movimentos não podem passar despercebidos pelas forças de segurança e pelas agências de inteligência do Estado brasileiro’, diz a nota.
A confederação se mostra preocupada com as motivações dos crimes, "voltados à desestabilização do moderno sistema de produção rural que tem servido de sustentação para a economia nacional. Para além de meros crimes contra o patrimônio, tais ações podem apresentar razões políticas, de modo a caracterizar a conduta tipificada no art. 20 da Lei nº 7.170/83 e atrair a competência da Polícia Federal para sua apuração.