O líder do governo na Casa, deputado Henrique Fontana (PT-RS) admitiu, nesta terça-feira, que perdeu as condições políticas para continuar nessa função. Ele foi substituído pelo deputado José Guimarães (PT-SP), que teve um assessor preso com dinheiro na cueca, em 2005.
Novo líder do governo promete trabalhar para recompor a base governista, Guimarães informou que dialogará com a oposição de forma respeitosa e propositiva. Ele disse que fará seu trabalho para reorganizar a base “com devoção, espirito público e sempre marcado pelo diálogo”. Guimarães informou que dialogará com a oposição de forma respeitosa e propositiva.
José Guimarães afirmou que o trabalho de recomposição da base será em articulação permanente com o ministro Pepe Vargas, de Relações Institucionais. Ele ressaltou que hoje já se reuniu com o novo presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para iniciar o diálogo.
Guimarães destacou que trabalhará muito para recompor a base governista. “Faremos todo o esforço para recompor as pontes e a base do governo. Para mim, a eleição da Câmara é uma página virada. Vamos pensar em um novo Parlamento, em uma nova relação e em um novo Brasil”, acrescentou.
O novo líder salientou que não vai impor nada e que trabalhará pelo governo e pelo Parlamento. “Vou estender a mão do dialogo. Este é um ano duro, difícil e temos de ter muita solidariedade entre a base”.
De acordo com Guimarães, o presidente Eduardo Cunha sinalizou positivamente sobre o papel dele como presidente. “Ele disse que é presidente do Parlamento. Senti muita disposição para o diálogo e é isso que vou fazer”.
José Guimarães, que substituiu o deputado Henrique Fontana (PT-RS), revelou que não tem condições de precisar qual será o tamanho da base governista, mas que atuará para que ela seja a maior possível.
Segundo ele, líderes de partidos da base que se uniram ao PMDB para formação do bloco partidário afirmaram que são aliados do governo. “Estou otimista e determinado a recompor a base”.
Irmão do ex-presidente nacional do PT José Genoino, José Guimarães ganhou notoriedade com a prisão do seu assessor José Adalberto Vieira da Silva com US$100 mil encontrados na cueca, no aeroporto de São Paulo. Ele também foi acusado de quebra de decoro por ter recebido R$250 mil do mensalão, Mas foi absolvido do processo de cassação por 23 votos contra 16 pelo plenário da Assembléia Legislativa.