DO NEBULOSO À PRIVAÇÃO DA LIBERDADE. QUEM QUER E QUEM PODE SER CANDIDATO NAS ELEIÇÕES DE 2018

Posted On Quinta, 28 Setembro 2017 22:56
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Apesar da baixíssima credibilidade da classe política brasileira, parece que a rapadura é doce, mesmo.  São tantos pré-candidatos a governador, senador, deputado federal e deputado estadual no Tocantins que o número chega a impressionar.]

 

 

 Por Edson Rodrigues

 

 

Mas o que impressiona de verdade é saber que a grande maioria desses pré-candidatos nem sabe se estará apto, realmente, na época da eleição para concorrer ao cargo pretendido e outra grande parte só se diz pré-candidato para  conseguir mídia gratuita, na base do 0800 para seus nomes, pois são conscientes de que não têm nenhuma chance real de serem eleitos e querem apenas demarcar posicionamento. Não podemos dizer que essa seja uma estratégia ilegal, mas ética, certamente não é.

 

Algumas candidaturas não podem ser subestimadas, como a do presidente da Assembleia, que conta com a simpatia do candidato a senador, José Wilson Siqueira Campos, ex-governador por quatro mandatos, a candidatura do prefeito de Palmas, Carlos Amastha e, principalmente, a candidatura do governador Marcelo Miranda, que, a partir de novembro pode transformar o Tocantins em um verdadeiro canteiro de obras, mesmo nesta época de crise financeira.

Os recursos e financiamentos levantados e aprovados podem propiciar a construção de pontes, pavimentação de rodovias, e são fruto de um pacto entre o Legislativo e o Executivo, que designaram um milhão de reais para cada município, para serem utilizados em obras a serem executadas pelo governo do Estado. Outras gratas surpresas devem ser anunciadas na data do aniversário do Tocantins, no próximo dia cinco de outubro.

 

Voltando às candidaturas, muitos ainda não sabem nem por qual legenda vão estar disputando – se é que vão disputar – as eleições, como, por exemplo a senadora Kátia Abreu.  A Reforma Política estendeu o prazo para as filiações a partidos de quem quiser disputar o pleito para abril do ano que vem, o que deixa o cenário ainda mais nebuloso.

 

MARCELO MIRANDA

Após tempos de muitas turbulências, num período que foi chamado de “travessia”, com os problemas econômicos e políticos que balançaram todo o País, o governador Marcelo Miranda deixou o retrovisor de lado, e só quer olhar para frente, para o futuro, iniciando um novo período de interação com os prefeitos de sua base política, ouvindo as prioridades de cada um e estabelecendo parcerias com o governo do Estado e aparando todas as arestas políticas com as lideranças, intensificando essa movimentação junto aos prefeitos até o próximo dia cinco de outubro.

Segundo seus assessores, Marcelo Miranda e pessoas que têm estado em audiência com ele, depois que voltou da viagem ao Japão o governador está muito animado com sua candidatura à reeleição, e está preparando uma “sacudida” em sua administração, com a justes no quadro de auxiliares, em todos os níveis, e prepara o lançamento de uma série de obras em todo o Estado, a serem realizadas com recursos advindos dos empréstimos, recursos próprios, emendas parlamentares e outras fontes de verbas já asseguradas junto ao governo federal.

 

Ainda segundo fontes palacianas, Marcelo Miranda deve se concentrar nas ações políticas em relação aos seus assessores políticos que têm demonstrado fraco desempenho político, com raras exceções, e precisam ser substituídos, pois lideranças, dirigentes partidários, vereadores, empresários e prefeitos reclamam que existe uma espécie de “bloqueio” no acesso ao governador, em conseguir audiências, no Palácio Araguaia e cobram mais atenção e agilidade na agenda política.

 

Marcelo quer seu governo cada vez mais municipalista, e conta com a bancada federal, composta por um senador e sete deputados federais, além do apoio incondicional do presidente Michel Temer e de seus ministros, que estão direcionando e garantindo recursos ao Estado e viabilizando empréstimos nacionais e internacionais, a serem aplicados em infraestutura, saúde e segurança, prioritariamente, assim como a recuperação da malha viária e o início da construção da nova ponte sobre o Rio Tocantins, em Porto Nacional.

 

Marcelo Miranda vem fortalecendo seu grupo político com o resgate – mais que bem vindo – de muitas lideranças que estavam espalhadas em empreitadas diferentes, mas com um mesmo objetivo. 

 

OBSTÁCULOS

Muitos dos pré-candidatos têm obstáculos ainda maiores que as articulações e movimentações entre legendas, que chama-se Operação Lava Jato, e vem acompanhados de  palavras como processos, primeira e segunda instâncias, Tribunal de Justiça, Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça, Ministério Público, condução coercitiva, prisão temporária e tornozeleira eletrônica.

 

Esses obstáculos podem levar muitos que querem “deitar em berço esplêndido” a “ver o sol nascer quadrado”.

 

SEGUNDO TURNO

Mas, toda eleição sempre tem candidatos, serão não seria um pleito.  E, no Tocantins, com três ou quatro candidaturas é inevitável não haver um segundo turno, e o governador Marcelo Miranda precisa, já no começo da partida, ter assegurado sua vaga nesse segundo turno.  Para isso, só há um caminho seguro, confiável e sólido, que e um governo de coalizão.

 

Marcelo deve reunir, já agora, em outubro, as lideranças dos partidos que farão parte da frente política que apoiarão a sua candidatura à reeleição, fazer uma reforma política na sua equipe e chamar os parceiros partidários a fazerem parte do governo.

 

Depois, acionar os prefeitos parceiros e pactuar as prioridades para 2018. Do contrário, entra na disputa em pé de igualdade com os demais, e não podemos esquecer que os seus adversários estão criando corpo e angariando todo e qualquer nome esquecido que lhes possa trazer votos.  Por isso, é bom agir com rapidez.

 

Este fim de ano deve ser reservado para a montagem de um bom time para que, em 2018, os companheiros já estejam “azeitados” e trabalhando com uma meta uniforme e satisfeitos.

 

Como dizia o saudoso senador Antônio Carlos Magalhães, “meus companheiros têm que estar comigo 100%, dispostos a dar o sangue, pois, na política eleitoral é como na guerra, há sangue e vítimas. Os bonzinhos demais são considerados medrosos e fracos. O “alistamento” neste exército é o Diário Oficial, onde você coloca os companheiros e risca os inimigos”.

 

Dessa forma, ACM nunca perdeu uma eleição, era amado e respeitado pelos companheiros e temido – e respeitado – pelos adversários.

 

Marcelo Miranda deve, a partir de agora, usar a mesma receita!.