Quando o valor da história de sentimento de fé de um povo é desconhecido por uma gestão mal assessorada e por um poder legislativo capenga e omisso
POR EDSON RODRIGUES
O OBSERVATORIO POLITICO de O PARALELO13 não pode ser omisso e muito menos conivente com uma possível decisão do prefeito de Porto Nacional, Ronivon Maciel, de encerrar as atividades da Escola Municipal Padre Luso, localizada ao lado da igreja que abrigou o agora quase santo missionário de humildade e de fé.
Reconhecemos que o prefeito Ronivon Maciel vem tentando fazer o melhor em sua gestão, prometendo para os próximos 18 meses, quando termina seu mandato, muitas obras e ações no âmbito do município. Mas não é segredo para ninguém que a péssima equipe de assessores e integrantes de seu governo vem travando vem travando a gestão administrativa e politicamente nesses quase três ano de mandato.
Prefeito Ronivon Maciel
Porto Nacional, a capital da cultura tocantinense, tem arraigada em sua população um sentimento religioso que atravessa o tempo. A partir da imponente Catedral de Nossa Senhora das Mercês e do Seminário São José, onde foram ordenados dezenas de padres que levaram a palavra sagrada e a educação para todo o território onde está assentado o Estado do Tocantins.
Dentre esses religiosos formados a partir de Porto Nacional, destaca-se a figura de Padre Luso, considerado pelos portuenses como um homem santo, o que poderá, em breve, ser reconhecido pela Santa Sé. O processo para sua canonização está em andamento e é fonte de esperança para os habitantes de Porto Nacional, que carregam orgulhosamente o nome de Padre Luso em seus corações.
Por tudo que Padre Luso representa para Porto Nacional, a escola que leva seu nome não pode ser fechada. Acreditamos que os incompetentes que o cercam estão induzindo o prefeito Ronivon Maciel a tomar essa drástica decisão.
CÂMARA MUNICIPAL OMISSA
Por ser a instituição que representa o povo na área política, a Câmara Municipal de Porto Nacional tem a obrigação de defender os interesses da comunidade. Mas se encontra omissa, improdutiva e insensível, distante de seus afazeres, porque não dizer conivente com esse absurdo (o fechamento da Escola Municipal Padre Luso), com essa agressão à história de fé da Capital da Cultura do Tocantins.
POPULAÇÃO CEGA, SURDA E MUDA
Com raríssimas exceção, se olharmos para um passado recente, podemos trazer à nossa memória omissões e conivências com destruição de nossa história, tanto da população ativa, quanto da gestão municipal – na época o prefeito Otoniel Andrade -, dos vereadores e deputados estaduais da cidade, que fecharam seus olhos e ouvidos e aceitaram de bom grado a destruição do histórico coreto da Praça Nossa Senhora das Mercês.
Nossas lideranças políticas aceitaram a inundação da Ilha de Porto Real, onde, na temporada de praia, atraia turistas de toda a região e do Brasil, movimentando hotéis, restaurantes, casas noturnas, em suma, a economia da cidade. Levaram tudo e não deixaram nada para compensar e quase ninguém denunciou esse fato.
Fomos uma das poucas vozes que se levantaram, fazendo cobranças através de nossos editoriais, e, por isso mesmo, fomos ameaçados de ser processado e de não trabalhar mais com o Estado. Não nos intimidamos e fizemos, inclusive, uma denúncia contra a pavimentação asfáltica de baixa qualidade que estava sendo feita na Avenida Beira Rio. Fomos ameaçados com uma ação da empresa executora dos serviços, que, ao constatar que tínhamos laudos que provavam nossas denúncias, resolveram corrigir os problemas.
Essa omissão, essa conivência, fez com que outros municípios ganhasse, hospitais regionais bem equipados, duplicação de rodovias, enquanto Porto Nacional continua praticamente com a mesma infraestrutura construída pelo Governo de Goiás. Essa responsabilidade é de nossos representantes na prefeitura de Porto Nacional, na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional, assim como dos dirigentes classistas responsáveis por levar as demandas do município ao Palácio Araguaia e ao Governo Federal.
O OBSERVATORIO POLITICO de O PARALELO13 sempre faz observações respeitosas no intuito de encontrar soluções para o bem da população portuense. Por isso mesmo, O OBSERVATORIO POLITICO de O PARALELO13, vem, através desse editorial, respeitosamente conclamar o prefeito Ronivon Maciel, as lideranças políticas e classistas, para sentar à mesa com os membros da Diocese de Porto Nacional e, juntos, encontraram uma forma para manter em funcionamento a Escola Municipal Padre Luso.
O jornal O PARALELO13 sempre foi um genuíno defensor dos interesses de Porto Nacional, do Tocantins e das nossas instituições. Sempre respeitoso, destemido e verdadeiro, ontem, hoje e sempre. Cumprimos com o nosso papel de um veículo de comunicação comprometido com a verdade, lealdade e gratidão aos tocantinenses.
QUE O SANTO PADRE LUSO ABENÇOE A TODOS NÓS!