Abusar da boa-fé dos cidadãos e se esconder no anonimato para espalhar falsas informações é a mais nova arma da má política
Por Edson Rodrigues
O momento político do Tocantins está entrando em ebulição nos últimos dias. E é dentro desse clima que chega, quentíssimo, à nossa redação um dos chamados “virais”, com origem claro, entre os seguidores do ex-governador biônico Carlos Gaguim, dando conta de que o processo que pede a cassação do diploma do governador Marcelo Miranda, no TRE, terá a sua decisão original reformada e que o governador será cassado.
Lembramos que Marcelo Miranda já foi vitorioso no TRE tocantinense, mas o processo foi enviado, com recurso, ao TSE pelo Ministério Público. Mesmo assim, segundo o boato, até junho Marcelo Miranda terá seu mandato cassado.
Os correligionários de Carlos Gaguim esquecem que o ex-governador biônico está no mesmo barco (ou seria avião?) que Marcelo Miranda e que se Marcelo for condenado, a espada da justiça se voltará imediatamente para Gaguim. Logo, apostar na hipótese do “quanto pior melhor”, como faz a equipe de Gaguim, é, no mínimo, falta de respeito com a capacidade de discernimento do eleitor tocantinense.
É preciso que se lembre que estamos, hoje, em um novo momento político no país e que a forma de fazer campanha mudou. Não podemos nos reaproximar de momentos nefastos como os vividos pela família Miranda nos tempos de Reced, em que foram alvo de acusações levianas e vis. Muito menos podemos fazer o Tocantins voltar a sangrar na imprensa nacional.
As críticas da oposição devem existir para o bem do próprio governo, mas devem ser críticas construtivas, preocupadas em melhorias, ajustes e correções de qualquer ação que possa prejudicar o povo. Porém, elas não podem ser destrutivas, como vem acontecendo, pois põem em risco os princípios da democracia e enfraquecem as instituições políticas;
O ÂMAGO DA QUESTÃO
A aposta dos correligionários de Gaguim esbarra no retrato da atual situação, pois não existe governador, prefeito, empresário, comerciante ou até pai de família ou dona de casa, que consiga administrar sem recursos. É simplesmente impossível.
Ou será que os milhares de brasileiros que estão perdendo seus empregos nas indústrias, nas montadoras de veículos, no comércio porque os gestores não dão conta do recado? A resposta é não! Sem dinheiro circulando o comércio parra, as vendas caem e os empregos somem.
O âmago da questão, o cerne do problema está em Brasília, na sede do governo federal, travestido em líderes do Partido dos Trabalhadores que traíram a confiança da presidente Dilma e se juntaram a integrantes de outras legendas, principalmente, segundo a denúncia da Operação Lava-Jato ao STF, do PMDB e do PP.
O governo do PT é o grande responsável pelo caos e pela instabilidade econômica, jurídica e institucional que o Brasil está enfrentando, afetando desde os estados, os municípios, as empresas e as famílias.
Logo. Só podemos concluir que a transformação em viral de uma informação falsa, como ocorre no Tocantins, tem como único objetivo desestabilizar o governo de Marcelo Miranda e nada mais é que um ato de covardia, não só contra o governo, mas contra o povo tocantinense, que já sofre com o caos na Saúde, na Segurança Pública, na Educação e nos cofres do governo.
Fazer oposição, apontar erros, falhas, falcatruas, negligência, omissão e corrupção são atos eminentemente democráticos e fazem parte do jogo político e são instrumentos da imprensa, que representa os “olhos da população”, e da própria oposição e está especificado na Constituição.
Agora, a incitação à desinformação, a difusão de informações falsas que prejudicam diretamente o povo, isso não é jogo político, muito menos democrático. Isso nada mais é que uma grande covardia e um ato do mais puro terrorismo.
Cuidado, eleitor!