Assessor de parlamentar da oposição revela que movimentação na Assembleia tem objetivo de fragilizar governo estadual para 2018
Por Edson Rodrigues
Aproveitando o fim de semana prolongado, viemos até Carolina, no Maranhão, a convite de um querido casal de amigos, conhecer as belezas naturais e os atrativos turísticos locais. Mas, o que mais nos apeteceu nesta viagem, foi encontrar por aqui um amigo de longa data, que, atualmente, é funcionário do alto escalão de um dos deputados da oposição ao governo Marcelo Miranda.
Entre um drink e outro, a conversa, claro, pendeu para o lado político e, eis que em plena consciência, nosso amigo nos fez uma revelação, que só confirmou o que todos os analistas políticos desconfiavam: “caro Edson, tudo isso que está acontecendo em relação à aprovação do empréstimo, essa indefinição, tem vários motivos bem claros. Todos esses motivos são satélites da real motivação dessa procrastinação. Todos sabemos que o Tocantins precisa muito desse empréstimo aprovado, para o bem do povo. Mas, para os deputados da oposição, a aprovação significa Marcelo Miranda muito forte nas eleições de 2018, e boa parte dos oposicionistas derrotada nas urnas, sem cargo em 2019”, afirmou nossa fonte acidental.
E ele continuou: “existe uma pesquisa que corre de mão em mão entre os oposicionistas que aponta que, mesmo com todos os empecilhos que o governo Marcelo Miranda enfrenta, como a morosidade nas ações que causa desgaste, a aparente falta de pulso do governador, o atraso no pagamento dos direitos do funcionalismo, Marcelo Miranda ainda lidera e é o candidato mais forte. Isso vem causando preocupação em todos os oposicionistas, inclusive ao presidente, deputado Mauro Carlesse. Se este empréstimo sair este ano, Marcelo fica mais forte ainda. Ou seja, quanto mais esse empréstimo demorar para ser aprovado, melhor para os 16 deputados oposicionistas”, enfatizou nosso amigo, sem nenhum prazer nas palavras que proferia.
PATROCÍNIO E IMPEACHMENT
O que mais nos surpreendeu entre as confirmações do nosso amigo, foi o que ele falou depois de mais um drink: “existe, caro Edson, um governadoriável injetando recursos a serem gastos com mídia, bancando, ao que nos parece, um programa de rádio só para insuflar e difundir matérias negativas em relação ao governo de Marcelo Miranda. Se nada disso conseguir diminuir a força do governador nas pesquisas, já se comenta que o projeto de impeachment pode ser ressuscitado, mesmo todos sabendo que não há embasamento jurídico para isso, com o único objetivo de desgastar Marcelo Miranda. Junto com isso, a conversa é de esquartejar o Orçamento de 2018, para “amarrar” o governo do Estado. Eles comentam entre si que,ou fazem isso ou correm sérios riscos de não se reelegerem, PIS não há mais empreiteiras para bancar as campanhas e, Marcelo, como a máquina estatal na mão, torna-se imbatível”, sentenciou.
“Mas, e o povo, como fica no meio desse jogo de interesses pessoais?”, perguntei. “Que povo, que nada, Edson. O que está em jogo é a vida política de cada um. Agora, é reeleição!”, respondeu, entristecido, meu amigo...
TRISTE SINA
Mesmo municiado apenas desse depoimento informal, de um amigo desgostoso com os rumos que a política vem tomando nos bastidores da Assembleia Legislativa do Tocantins, suas palavras não podem – nem devem – ser tratadas como mera coincidência em relação aos fatos e às análises do momento político atual no Tocantins.
As prerrogativas adotadas pelos deputados oposicionistas, comandados pelo presidente da AL, Mauro Carlesse, nos fazem acreditar em 100% dos que ouvimos em terras maranhenses, e suscitam à nossa memória nomes que deixaram ensinamento como “independente de quem esteja no poder, tudo o que venham em benefício da população terá o meu apoio. Mesmo que venha da oposição, se for para o bem do povo, será bem vindo”. Essa era a filosofia de homens como o saudoso ex-prefeito de Gurupi, Jacinto Nunes, Dr, Euvaldo Thomaz, de Porto Nacional, dos ex-deputados Hagaús Araújo e José dos Santos Dourado, do ex-senador João Ribeiro, do senador Vicentinho Alves, campeão em liberação de recursos federais para os municípios tocantinenses, independente do partido dos atuais prefeitos e, porquê não, do ex-governador José Wilson Siqueira Campos, que, independente de ser ou não oposição, buscou sempre unir forças para trazer benefícios para o Tocantins e sua gente, tendo conseguido unir seus mais fortes adversários, como o saudoso João Cruz, Dr. Brito Miranda, Edmundo Galdino, Baylon Pedreira e Freire Jr., em uma época de paz e recursos abundantes para o Estado.
Mas, chamamos a atenção da população em geral, empresários, comerciantes, profissionais liberais, lideranças religiosas, classistas e estudantis, funcionalismo público, prefeitos e vereadores para que seja feito um acompanhamento dos próximos passos da presidência da Assembleia Legislativa e dos deputados que fazem oposição ao governo Marcelo Miranda, sobre esse empréstimo de 600 milhões de reais para que tentemos nos livrar desta triste sina de sermos colocados em segundo plano, em detrimento de interesses pessoais e para termos a certeza de que estão nos boicotando – ou não.
Garantimos que o primeiro deputado que vier desmentir as afirmações da nossa fonte acidental, deve ser, no mínimo, um dos mentores dessa verdadeira irresponsabilidade contra o povo do Tocantins.
Papel de oposição não é massacrar o povo. Em se confirmarem os passos narrados pela nossa fonte acidental, fica claro que o que está como prioridade para esses deputados é apenas salvar a própria pele, mesmo que isso inclua tirar a pela de povo tocantinense.
E é justamente desse tipo de políticos que o Brasil está tentando se livrar.
PORTO NACIONAL À BEIRA DO ISOLAMENTO
Um dos efeitos colaterais da filosofia adotada pelos deputados oposicionistas já é considerado pelos analistas como o de maior poder de devastação e afeta a quarta maior cidade do Estado, Porto Nacional, e todo o seu entorno, principalmente seu povo, sua população, estimada, hoje, em cerca de 53 mil pessoas, só na zona urbana.
A equação é simples: o empréstimo permitiria que fosse tocada a obra de construção da nova Ponte sobre o Rio Tocantins. A obra se justifica pelo fato de a ponte atual estar com sua estrutura condenada. Há seis anos, caminhões carregados estão proibidos de trafegar na ponte, o que encareceu os custos para produtores rurais e comerciantes da cidade, já que o desvio para chegar à Belém,-Brasília tem que ser feito via Palmas- Paraíso. Vale ressaltar que as condições da estrutura da ponte continuam a se deteriorar e, segundo os engenheiros de uma empresa paulista que fizeram as avaliações, em breve nem automóveis de passeio poderão trafegar sobre a ponte, deixando Porto Nacional à beira de um isolamento total.
Não bastasse isso, a obra da nova ponte iria gerar milhares de empregos, aumentando a arrecadação de impostos e a circulação de dinheiro, aquecendo a economia em toda Região.
Se o empréstimo não for aprovado pelos valorosos deputados estaduais ainda este semestre, a obra da Nova Ponte sobre o Rio Tocantins está praticamente descartada. Por isso, é importante que a comunidade de Porto Nacional saiba quem são os deputados que estão protelando essa aprovação.
Para quem acha que estamos sendo alarmistas, convidamos essas pessoas para darem um pulo no Dertins e solicitar acesso aos laudos sobre as condições da Ponte.
A estrutura esta tão deteriorada, que, em breve, pode chegar o momento em que os técnicos proíbam até a passagem de ônibus, em mais uma das medidas de segurança que o Ministério Público vem acompanhando e fazendo cumprir.
Será que nossos deputados oposicionistas têm essa mesma preocupação com os eleitores que os colocaram lá, como seus “representantes” ou estão apenas interessados em seu benefício próprio.
As cartas estão na mesa. Que Nossa Senhora das Mercês nos proteja!