Um grupo de filiados ao Partido dos Trabalhadores do Tocantins encaminhou ao Diretório Nacional do Partido um pedido de cassação do presidente do diretório regional no Estado, José Roberto Forzani. O ex-deputado estadual foi recentemente demitido do Ibama por improbidade administrativa.
Da Redação
Os autores do pedido dizem que há tempos sentem incômodo em conviver com a Direção Estadual do Partido dos Trabalhadores - PT no Tocantins, “aparelhada pelo Sr. José Roberto Ribeiro Forzani”. Segundo eles, os mandatos conquistados por Zé Roberto foram “sustentados em compra e manipulação de votos, com continuidade da mesma prática para as eleições das instâncias partidárias. Acordos políticos distantes da base partidária, manipulação e dirigismo aparelhado nas decisões partidárias, gerando afastamento e exclusão de boa parte de quadros históricos da militância. Isso é corrido e sabido por todos e em todas as instâncias”.
DO PT E A FAVOR DA REGULAMENTAÇÃO DA GRILAGEM
Para conseguir seu intento, afirmam os denunciantes, Zé Roberto se valia, permanentemente, de aparelhos de Estado a partir de governos historicamente de oposição ao próprio PT. “Se valia ele de negociatas as mais esdrúxulas possíveis, negociando aprovação de leis em tempo recorde, como foi a lei Nº 3525 DE 08/08/2019, que regulamenta a grilagem conforme parecer de professor especialista em direito agrário (em anexo lei e parecer)”.
A lei citada foi aprovada em plenária. e sancionada em dois dias, “passando anteriormente por quatro comissões, inclusive a de Agricultura Familiar, da qual o sr. José Roberto fubeiro Forzani, (era)o seu presidente”.
No requerimento de expulsão de José Roberto, os autores dizem que tinham que aguentar as provocações e indiretas de adversários sobre o que chamavam de mensaleiro de governo, “com ele (José Roberto) tendo isso como instrumento de manutenção de filiados em cargos do Estado, para garantir a manipulação e o dirigismo partidário a ser entregue em seguida como fatura aos governos nos processos políticos eleitorais e votos na Assembleia”.
DESVIO DE RECURSOS QUE SERIAM DESTINADOS A ASSENTADOS
Um grande incômodo para os autores da ação é o fato de que a condenação por improbidade em cima (do desvio) “de um recurso estratégico para o desenvolvimento dos assentamentos. Recursos que estariam destinados as estradas que garantiriam a locomoção, o direito adequado de ir e vir das pessoas, já de certa forma isoladas e, mais ainda, de escoar a produção efetivamente realizada nos seus lotes, podemos sim considerar até isso um agravante, como o é ao vê-lo diretamente envolvido na aprovação da lei da grilagem”, reforçam.
Os autores pedem o bloqueio das indicações de Zé Roberto para cargos federais no Tocantins, a expulsão do mesmo do PT e que a direção nacional, de forma urgente e excepcional, indica uma comissão provisória no Estado, que possa garantir a reestruturação do partido no Tocantins.
O pedido de expulsão de José Roberto Forzani é baseado no Estatuto, no Regimento Interno e no Código de Ética do Partido dos Trabalhadores.
São autores do pedido de expulsão de José Roberto Ribeiro Forzani, Presidente do Partido dos Trabalhadores - PT do Estado do Tocantins: Genivaldo de Moura Santos Membro do Diretório Estadual - Cadastro 6430997; Eduardo Siqueira da Costa Membro da corrente Unidade na Luta - CPF: 4Haroldo Soares de Almeida Membro Titular do Conselho Fiscal Estadual - Cadastro 6490668; Erazine Pinheiro Fonseca Membro da CNB - CPF: e José Geraldo Borges Nogueira Membro da CNB - Cadastro: 0008392.