O PSL e o DEM vão realizar a fusão dos partidos, e a primeira reunião, com este anúncio, será dia 21 de setembro, na próxima terça-feira. O novo partido ainda não tem nome, mas já nasce gigante como a maior bancada do Congresso Nacional. E vai ter candidato a presidência da República, informam contatos dos presidentes Luciano Bivar (PSL) e ACM Neto (DEM).
Com Agências
Dentro das duas legendas, há quem defenda manter o nome PSL, e há quem indique que uma pesquisa nacional com agência contratada poderá definir a sigla.
O foco é formatar um partido de Centro é apresentar o candidato da terceira via na disputa do ano que vem à Presidência, contra Jair Bolsonaro (ainda sem partido) e Lula da Silva (PT). O nome mais apontado, hoje, é do presidente do Senado, o advogado mineiro Rodrigo Pacheco (DEM).
Com a fusão, o novo partido nascerá com 80 deputados federais e 8 senadores. ACM Neto, presidente do DEM, será candidato ao Governo da Bahia. Ele evita comentar o assunto. Luciano Bivar, presidente do PSL, está no exterior, em férias, e volta para a reunião.
Há um desafio para ambos os partidos: a verticalização ainda é um obstáculo. Existem os prós e contra Bolsonaro dentro das duas legendas, em Brasília e nos diretórios estaduais. O DEM, por exemplo, tem dois ministros no Governo: Onyx Lorenzoni (Trabalho) e Tereza Cristina (Agricultura). Eles terão de deixar o novo partido caso o grupo lance candidato ao Planalto.
O PSL tem hoje 76 deputados estaduais, 90 prefeitos e 1.180 vereadores. O DEM destaca seus dois governadores (Ronaldo Caiado, em Goiás, e Mauro Mendes, no Mato Grosso), que não fazem objeção à fusão.