Por Edson rodrigues
Não tem sido fácil para o governo Marcelo Miranda nesses cinco meses e poucos dias de governo, já que ele recebeu um Estado fragilizado, anêmico economicamente, com salários atrasados, fornecedores e prestadores de serviços sem receber e inadimplente junto ao Ministério da Previdência Social, o que impedia o Estado de receber recursos da União, além de bloquear qualquer transação financeira no mercado. Estradas intransitáveis, maquinários sucateados e incontáveis compromissos financeiros a serem honrados, especialmente junto ao funcionalismo público, como progressões, promoções e outros benefícios. De todos, o que mais chamou a atenção foi um aumento salarial, concedido aos servidores públicos em 18 de setembro de 2014, publicada em 22 de outubro daquele mesmo ano e com validade para 1º de janeiro de 2015.
Igeprev
Uma grande conquista do governo de Marcelo Miranda foi o estancamento hemorrágico, pelo qual passou o Instituto de Previdência do Tocantins, o Igeprev. A escolha do ex-senador e ex auditor chefe, Jaques Silva, foi acertadíssima por ser ele um homem correto, respeitador e cumpridor das leis.
Além dos bilhões aplicados em fundos podres e falidos, durante os governos de José Wilson Siqueira Campos e Sandoval Cardoso, o Instituto de previdência do Tocantins achou por bem fazer várias aplicações esdrúxulas, dentre as quais está um investimento de mais de $ 250 milhões em uma plantação de eucaliptos, a construção de um hotel em Minas, $ 500 milhões na Bahia, $ 250 milhões em um casarão velho e tombado, no Rio de Janeiro e $ 252 milhões em uma churrascaria em Brasília, ‘porcão’, já fechada e falida.
Força tarefa
Uma força tarefa estará, na próxima semana, em São Paulo, Rio de janeiro, Distrito Federal, Paraná e Bahia na busca por tais empreendimentos. Ainda existem alguns imbróglios, aos quais o Paralelo 13 teve acesso e, que por confiança, se comprometeu a não revelar, mas pode adiantar que q população ainda se surpreenderá quando tais fatos forem trazidos ‘à luz do dia’.
Lava jato – Sergio Moro
Paralelamente há uma força tarefa com outra frente investigativa na transação de vendas das ações da Saneatins para a Odebrecht. Não se sabe o valor, tão pouco como foi pago e menos ainda onde está o dinheiro.
A única coisa clara em toda essa transação é que, assim que adquiriu o controle da Saneatins, a Odebrecht teve a liberação, pela Caixa Econômica federal, de um empréstimo milionário, $ 700 milhões, para serem investidos em obras de saneamento básico, sendo que boa parte dele em palmas.
A Odebrecht possui uma transação financeira com Igeprev, referente à venda de cotas de um empreendimento em construção de salas para aluguel, em Brasília, próximo à cidade satélite de Taguatinga, cujo valor chega a $ 16 milhões.
Conforme apuração de nossa reportagem, existe um suspeito de ser o Laranja nessas ‘negociações’, ele é um contador. Alguém que até pouco tempo atrás, não possuía recursos e hoje é conhecido como um dos mais novos ricos da capital, com ‘negócios’ até no Maranhão. Tudo isso, porém, é apenas o embrião. Segundo nossa fonte, essa primeira etapa só deverá ser concluída em agosto.
O coordenador deste trabalho investigativo nos revelou que há suspeitas de que o empréstimo da Caixa Econômica Federal à Odebrecht tenha sido abastecimento de caixa dois de político com mandato na Assembleia Legislativa. O mapa da mina dessa suspeita está sendo desenhado e deve ser entregue uma cópia na força tarefa do Ministério Público que investiga a Odebrecht, em Brasília.
De acordo com uma reportagem do Jornal Folha de São Paulo Ricardo Pessoa e Marcio Faria são citados pela força tarefa da operação lava jato, em pedido de condenação de dirigentes da Camargo e de executivos da Odebrecht.
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Panorama político Brasil/Tocantins
Mosca no leite
O vice-governador de São Paulo, Marcio França, comunicou ao PPS que o PSB tinha desistido da fusão. A decisão foi tomada após conversa, em Recife, com o prefeito Geraldo Júlio e com o governador Paulo Câmara (PE). Mas para manter o conto de fadas, Marcio agendou um novo flerte para 2017.
Passadas as eleições municipais, o PPS foi surpreendido. Ele aposta na criação de uma terceira via para disputar a eleição presidencial em 2018. Na verdade, quem bateu na mesa contra essa fusão foi o grupo do PSB em Pernambuco, que temia perder o controle da sigla.
BNDES – sob sigilo de justiça
O Ministério Público Federal (MPF) devassou mais de 50 contratos do BNDES, relacionados a financiamentos com construtoras e empreiteiras brasileiras. Dessas, pelo menos a metade está relacionada a contratos de obras no exterior em condições consideradas demasiadas vantajosas. A investigação levou o Ministério Público Federal a formular mais de 60 pedidos de prisão, ainda sob exame de força tarefa de cinco juízes federais em Brasília.
Um levantamento feito pelo jornal O Globo, confirmou o que o competente jornalista Claudio Humberto revelou há quatro meses; a Odebrecht faturou 70% dos negócios do BNDES no exterior.
As relações do BNDES com as empresas do grupo JBS/Friboi estão no centro das prioridades das investigações do MPF. Segundo suspeitas de analistas políticos da capital federal, o escândalo das operações lava-jato passará a ser ‘trocadinho’ perto do que está por vir com essa operação do MPF, na ‘operação BNDE’.
O ex-presidente Lula foi denunciado por suposto lobby para conseguir obras bilionárias para a Odebrecht, financiadas pelo BNDES no exterior.
No Tocantins
A Odebrecht comprou a Saneatins da ENSA e os 40% do Estado, que até hoje não foi revelado o valor de venda e nem onde foi aplicado o dinheiro dessa venda, os 40% que pertenciam ao Estado. Sobre esse assunto, o governo Marcelo Miranda não fala, não comenta ‘nadica de nada’.
Medo ou incompetência?
O certo é que, com o controlo da empresa, a Odebrecht conseguiu apenas um pequeno empréstimo de R$ 700 milhões na Caixa Econômica Federal, para investir em saneamento básico.
Suspeita
Tendo em vista a suspeita na transação da compra da Saneatins, foi instalada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa para investigar a venda da Saneatins para a Odebrecht, esta foi suspensa por ordem judicial, provocada pelo Deputado Estadual Eduardo Siqueira Campos, filho do ex-governador José Wilson Siqueira Campos e que, na época da venda da Saneatins para a Odebrecht, era o governador do Estado. Eduardo Alegou na ação que foi impedido de participar como membro da CPI e conseguiu, via liminar, suspender as ações da CPI.
Política – Intervenção branca
Paulo Sidney e Buti: são ou estão?
Tampar o sol com a peneira, ser omisso ou conivente não faz parte de nossa personalidade. Fingir que não estamos vendo e ouvindo nos bastidores que os articuladores políticos e secretários das áreas, Paulo Sidney e Dr. Buti foram colocados nos freezers e estão sem prestígio no governo, bem como estão sendo deixados para trás nas viagens a outros Estados e em Brasília. Está claro que este papel está sendo desempenhado pelo líder do governo na Assembleia Legislativa, Paulo Mourão.
Mourão já faz parte do núcleo palaciano do gabinete número 1. Ele esteve com autoridades do governo federal e, dentre eles, o Ministro da Educação; ele esteve representando o governador Marcelo Miranda em reuniões com os sindicatos e ainda faz parte do “QG” marcelista. Em outras palavras, conforme definiu um ‘cacique’ governista, “Paulo Sidney e Dr. Buti, ESTÃO e não SÃO”.
OBS.: tanto Paulo Sidney, quanto Dr. Buti, estarão fora do Palácio Araguaia e passarão a despachar em um novo endereço, próximo a ponte Fernando Henrique Cardoso, que liga Palmas a Paraiso do Tocantins.
Nosso ponto de vista
Caso isso venha a ser conformado, Marcelo Miranda estará dando um tiro no próprio pé. Pois trata-se de dois homens públicos de credibilidade incontestável. Trata-se de duas pessoas corretas, leais e responsáveis. Podem não ter alcançado êxitos em algumas missões, exatamente por não integrarem à coleção de maus políticos tocantinenses ... na corrupção e enriquecimento ilícito.
Paulo Sidney e Dr. Buti fazem parte de um grupo de homens que vivem na política para O servir e não para SE servir.
Estamos e vamos ficar de olho...