Hoje TSE julga os embargos declaratórios de Marcelo Miranda e pode ter pedido de vista

Posted On Terça, 17 Abril 2018 07:34
Avalie este item
(0 votos)

A instabilidade reina no território tocantinense, acompanhada da insegurança de quem presta serviços, quem fornece e quem quer investir no estado. A imagem do Tocantins está ofuscada e sangrando, levando intenso sofrimento aos tocantinenses que dependem dos serviços públicos, sobretudo da saúde e que estão sujeitados a dores e humilhações.

 

Por: Edson Rodrigues

 

É descaso total também com a nossa segurança, que já é capenga. Nossos policiais militares e civis sofrem e correm riscos, expondo suas vidas a situações desnecessárias. O comandante da Polícia Militar também se encontra com mãos atadas já que faltam recursos, logística e condições de proporcionar aos comandados um mínimo de estrutura e condições de um trabalho seguro. Tudo isso causado por uma liminar concedida pela justiça, em um ato publicado com o intuito de preservar o patrimônio público que poderia dilapidado.

 

Ameaças

A justiça, via o Ministério Público Estadual (MPE) tomou esta decisão para evitar que o estado fosse cometido de ações devastadoras com a entrada de um governo transitório, com capacidade e poder de decisões que prejudicariam o estado, como a ‘venda’ da folha de pagamento dos servidores públicos a um banco do estado de São Paulo, por exemplo. Outras ações temidas são: a venda da concessão de fornecimentos de água tratada, atualmente realizada pela Agência Tocantinense de Saneamento (ATS) para um grupo, também de São Paulo, e a privatização das principais rodovias estaduais e Universidade Estadual do Tocantins (Unitins).

Diante de tantas possibilidades de práticas nocivas ao estado, o Ministério Público Estadual, não viu outra opção se não o bloqueio de determinadas transações administrativas. Pelo sim e pelo não, foi ‘acertada’ esta decisão adotada por nosso valoroso Ministério Público Estadual e bem acolhida pela justiça tocantinense, já que, nos bastidores da política, eram fortes os indícios sobre vários atos que poderiam ser praticados por um governo transitório. Sendo verdade ou não, o Ministério Público agiu em defesa do povo preservando o patrimônio público tocantinense até que haja novamente uma estabilidade política.

 

E é nesse clima governador Marcelo Miranda retorna ao governo do estado por meio de uma liminar e, infelizmente, não tem como suspender a decisão da justiça antes que o mérito seja apreciado.

 

Crise institucional

E assim seguem os dias de total angustia. Nenhum secretário quer assinar um simples ato. Nada que tenha sua assinatura, seja em um simples memorando para o uso de uma UTI aérea ou solicitação de diárias, seja para algo mais complexo como assinatura de contratos de aluguel ou compras de material de limpeza.

 

Do jeito que está, cada auxiliar do governador cuidando de sua imagem e dignidade, os prejuízos são creditados aos cidadãos de bem e usuário do setor público que sofrem nas inúmeras filas dos hospitais públicos, nas Upas e nas portas das delegacias. A criminalidade cresce com uma tamanha desenvoltura que assusta. E tudo isso se deve à fragilidade que governo do estado se encontra.

 

O Tocantins e seu povo experimenta seu pior momento até hoje, passados 30 anos de sua criação. O Tocantins vive sua primeira (e esperamos última) crise política, institucional, jurídica e moral. Um sangramento que precisa ser estancado o rápido breve possível.

 

Credibilidade conquistada

O jornal Paralelo 13 sempre trilhou nos vagões da legalidade do respeito e, sobretudo, da nossa soberania. Hoje ficamos entristecidos ao ver um forasteiro que responde a vários processos na justiça, tendo sido inclusive conduzido coercitivamente pela policia federal, juntamente com vários dos seus auxiliares que também são alvos de investigações e que, na ânsia pelo poder de ser o governador do nosso estado e de forma gaiata, desprovida de equilíbrio moral, agredir com bravatas políticos genuinamente tocantinenses e comprometidos com o desenvolvimento do estado.

O que podemos esperar de alguém indiciado tanto pela polícia federal, quanto pela justiça federal, alguém suspeito de fraudar a administração municipal, já que uma das secretarias municipal foi recente alvo de busca e apreensão de documentos e teve pareceres técnicos rejeitados pelo Tribunal de Contas. O Tocantins precisa de líderes sérios que conheçam a realidade de seu povo e saiba devolver ao estado o desenvolvimento necessário para despontar nacionalmente, lideranças com importantes serviços prestados ao estado e com legado histórico na luta pela sua criação, emancipação e desenvolvimento.

 

O Tocantins não precisa de mais um falastrão com vários inquéritos de denúncias feitos pelo Ministério Público Federal. Diante de dezenas de inquéritos e indiciamentos no Tocantins e em outros estados da federação podemos concluir que o nosso personagem tem duas personalidades, porém só mostra uma, a de bom moço. Porém é nosso dever de comunicadores fazer com que o povo tocantinense conheça a verdade. E em momento oportuno o faremos. Isso se até lá a nossa honrosa Policia Federal não concluir o desmonte. Em outras palavras, ele tem o cheiro, caminhado, cor, costumes e jeito de praticar daqueles que ele critica e acusa. A diferença está apenas na pronuncia e na nacionalidade, o resto e em muitos casos, é até mais indiciado por órgãos de segurança estadual e federal por suspeita de malversação do dinheiro público e irregularidades.

 

Se muitos ou poucos cometeram erros, estes não são mais ou menos graves que os cometidos por ele (o forasteiro) e a corja de importados de outros estados que o acompanham. Suas provocações são de quem quer ganhar no grito algo que deverá ser conquistado; de quem está desesperado e aflito. Dessa forma, este editorial faz o alerta ao povo tocantinense a quem sempre respeitamos e devemos a trajetória de credibilidade que nos precede.

 

União de interesses pode salvar o Tocantins

Aos nossos líderes, que lutaram pela criação deste estado e por seu desenvolvimento, por uma história de sacrifício, temos um único pedido: sejam humildes e resgate o Tocantins deste grande e dolorido desgaste generalizado.

 

Unam-se em defesa de um projeto que devolva ao tocantinense o estado que lhes pertence. É chegado o momento de renuncias de orgulhos infundados, raivas, vinganças e perseguições. É hora de unir forças de todos os que ainda acreditam em um estado promissor; sejam empresários comerciantes, investidores, profissionais liberais, funcionários públicos e população em geral, já que todos buscam a mesma coisa, melhores condições de viver nesse estado que leva em um dos seus símbolos a frase: “esta terra é nossa”.

 

Que possamos ter um governo de união.