À medida que nos aproximamos do dia 6 de outubro, quando os eleitores tocantinenses irão às urnas para decidir o futuro dos 139 municípios do estado, o papel dos institutos de pesquisa de intenção de votos ganha uma relevância ainda maior. Afinal, quais desses institutos são realmente sérios e dignos da confiança da população? Os resultados das urnas não apenas definirão o destino dos candidatos, mas também determinarão a credibilidade dos dados que foram divulgados nos últimos dias de campanha
Por: Edson Rodrigues
A comparação dos resultados das urnas com as pesquisas de intenção de votos é uma prática comum, mas extremamente importante para medir a eficácia e a seriedade dos institutos. Em Palmas, desde as primeiras eleições municipais, o observatório político do portal "O Paralelo 13" tem acompanhado de perto cada pleito, registrando os fatos e realizando coberturas jornalísticas. Desta vez, o desafio é maior: confrontar os resultados das urnas com os dados fornecidos pelos diversos institutos de pesquisa nesta semana que antecede as eleições.
Alguns institutos apontam para uma vitória da candidata Janad Vacaria já no primeiro turno, afirmando que não haverá necessidade de um segundo turno. Outros, no entanto, são categóricos ao afirmar que a disputa será acirrada, tornando inevitável um segundo turno em Palmas. Essas divergências de opinião mostram que o eleitor deve estar atento, pois não é apenas a escolha dos representantes municipais que está em jogo, mas também a confiança nas instituições que tentam prever o comportamento eleitoral.
Nas últimas semanas, o Tocantins viu a chegada de institutos de pesquisa de outras regiões do Brasil, como Bahia, São Paulo, Minas Gerais e Goiás, que têm apresentado resultados distintos dos institutos locais. Isso levanta questões sobre a metodologia utilizada e até mesmo sobre a legitimidade desses novos atores no cenário eleitoral tocantinense, alguns dos quais não têm sequer um ano de registro como empresa. Além disso, a presença de institutos com resultados duvidosos, aqueles que, de acordo com as críticas populares, fornecem resultados favoráveis a quem paga mais, coloca ainda mais pressão sobre a seriedade do processo.
Será no próximo dia 6 de outubro que veremos quais institutos de pesquisa realmente acertaram, com metodologias sérias e precisas, e quais estavam apenas apresentando resultados convenientes. Não há justificativa para grandes discrepâncias entre as pesquisas realizadas a poucos dias do pleito e os resultados oficiais. Afinal, o número de indecisos tende a diminuir consideravelmente nessa fase final da campanha.
À medida que os votos forem contados e os resultados divulgados, o Tocantins terá uma resposta não apenas sobre os prefeitos e vereadores que irão liderar seus municípios, mas também sobre quais institutos de pesquisa são dignos de confiança. Será um momento de revelação: um verdadeiro teste de credibilidade para os institutos, que devem, ao fim, refletir a voz do povo.
Boa sorte a todos e todas que disputam um mandato eletivo. Que as urnas façam justiça, não apenas aos candidatos, mas também à verdade dos fatos.