O presidente estadual do Podemos, Ronaldo Dimas, prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, segundo fontes, almoçou em um hotel de Palmas, acompanhado do prefeito de Porto Nacional, Joaquim Maia, que, na semana passada, sofreu uma ação de busca e apreensão em duas secretarias do município – Infraestrutura e Cidade – onde foi colhida uma série de documentos
Por Edson Rodrigues
Dimas está estruturando o Podemos em todo o Estado e, de acordo com nossas fontes, está praticamente fechada a filiação de Joaquim Maia à legenda. Essa filiação, automaticamente, garantiria ao prefeito de Porto Nacional a presença de dois senadores – Kátia e Irajá Abreu – em seu palanque pela reeleição.
Membros do MDB de Porto Nacional
Joaquim Maia já esteve bem perto de se filiar ao MDB, com tudo acertado com o presidente municipal de Porto Nacional, Arlindo Almeida, mas o anúncio da cúpula estadual do MDB de que o deputado estadual Valdemar Jr. seria o candidato da legenda na cidade, tanto Maia quanto Arlindo foram pegos “de calças curtas”.
TROCO IMEDIATO
Mas, ao que tudo indica, Joaquim Maia não é de ficar remoendo os insucessos e, ao se ver inseguro na situação, partiu para a ação, dando um troco, à sua maneira, de forma imediata.
A filiação de Joaquim Maia no Podemos, juntamente com seus seguidores e correligionários, é o ponta-pé inicial para a formação de uma grandiosa coligação majoritária. Não podemos esquecer que Joaquim Maia não é investigado, não está indiciado, muito menos é réu em qualquer processo judicial. Logo, de forma democrática, pertence ao povo portuense a liberdade de escolher o melhor candidato entre todos os que se apresentam nesse primeiro momento.
RETROVISOR
A imagem que se forma no retrovisor político é muito clara. O prefeito de Porto Nacional estava com sua filiação praticamente certa no MDB, já tendo conversado com Marcelo Miranda e, após a prisão do ex-governador, com o presidente estadual interino da legenda, Nilton Franco. Antes disso, procurou acertadamente o presidente municipal, Arlindo Almeida, e já estava com tudo engatilhado, faltando apenas marcar a data da filiação.
Tudo corria dentro da normalidade, até O Paralelo 13 publicar em matéria o desejo da cúpula estadual do MDB em ter Valdemar Jr. como “candidato puro sangue”. Foi nossa reportagem que avisou à Maia e à Almeida que suas negociações não seriam levadas em consideração. Arlindo Almeida ainda foi á Palmas, mas, após conversas, tomou ciência de que a decisão do Diretório Estadual era definitiva.
Presidente do MDB Nilton Franco
Diante desse cenário, Joaquim Maia saiu em busca de outra legenda, sem pressa e sem aflição e acabou nos braços do Podemos, com dois senadores e uma estrutura confiável para sustentar a sua candidatura e a de seus companheiros.
CAUTELA
Mas, como todos sabemos, toda cautela é pouca para Joaquim Maia, uma vez que não se pode avaliar, ainda, o que sairá das investigações nas secretarias de Infraestrutura e de Cidade, da sua administração.
Senador Irajá Abreu
Maia não é investigado, indiciado ou réu em nenhum processo judicial ou policial, mas, manda o bom senso, que se aguarde o fim das investigações, das apurações e a conclusão da atual investigação, pois é certo que, caso o nome do prefeito de Porto Nacional apareça em qualquer tipo de denúncia do Ministério Público ou vire réu, ele perde imediatamente o apoio de Ronaldo Dimas, de Kátia e Irajá Abreu e do senador Eduardo Gomes, com quem vem tentando uma aproximação, pois eles, hoje, fazem parte do seleto grupo de políticos que não têm nenhuma mancha em seus currículos e, num momento em que o eleitorado, a mídia e a população em geral, descartam friamente qualquer político corrupto, não vão querer ter seus nomes associados a alguém sob suspeita. Segundo um de seus colaboradores, além de Kátia e Irajá Abreu, o prefeito de Porto Nacional vem trabalhando para garantir a presença do também senador, Eduardo Gomes, em seu palanque, apoiando sua candidatura à reeleição.
Joaquim Maia, em conversa com O Paralelo 13, já garantiu que está absolutamente tranqüilo em relação às investigações em curso e, inclusive, pediu celeridade nos trabalhos.
Outra situação que requer cautela de Joaquim Maia é o fato de ele estar filiado ao PV, e o seu partido estar completamente em silêncio desde que a operação policial foi deflagrada em Porto Nacional.
Estamos acompanhando de perto...