O Paralelo 13 vem acompanhando com “lupa” os movimentos políticos e as articulações sobre a sucessão municipal em Porto Nacional. E as notícias que vêm dos bastidores dão conta de que o prefeito, Joaquim Maia foi orientado a se aproximar do MDB para, se for necessário, filiar-se no partido do ex-governador Marcelo Miranda, com garantia total de registro de sua candidatura à reeleição
Por Edson Rodrigues
Nossas fontes asseguram que a saída de Joaquim Maia do Partido Verde – PV – é apenas uma questão de tempo e, como bom aluno político, antes de ir para a romaria do Senhor do Bomfim, o prefeito de Porto deu uma “esticadinha” até a Capital, palmas, para fazer uma visita ao presidente estadual do MDB, Marcelo Miranda, na sede do Diretório Estadual, na Avenida JK.
A questão é que, segundo fontes muito próximas, Marcelo Miranda não quer nem saber de ter seu nome citado junto com o de Carlos Amastha, muito menos estar no mesmo ambiente que o ex-prefeito de Palmas. “A questão é pessoal, de foro íntimo. Não haverá aceno, muito menos cumprimento”, nos assegurou a fonte.
Marcelo Miranda é um dos únicos líderes políticos, ao lado de Siqueira Campos, que ainda consegue transferir votos, tem a simpatia do povo tocantinense e sempre será um forte cabo eleitoral em qualquer eleição pela sua folha de serviços prestados aos Tocantins e pela forma com que faz suas campanhas, sem xingamentos, com respeito aos adversários e apresentando planos de governo. Só essas características já o colocariam em uma posição bem distante de Carlos Amastha.
“AZEDOU O CALDO”
O relacionamento entre a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro e a Câmara Municipal de Palmas, conforme O Paralelo 13 já havia adiantado no mês de abril, acabou “azedando” de vez, e o céu de brigadeiro na administração municipal já não existe mais, com direito a todas as turbulências, raios e tempestades que previmos.
Entenda-se por raios, tempestades e turbulência os interesses políticos e financeiros partidários que configuram a luta pelo poder, envolvendo pessoas honestas e outras nem tanto, sérias e nem tão sérias quanto se imaginava.
Pois o “cristal” da convivência harmônica e institucional entre a prefeitura de Palmas e a Câmara Municipal trincou de forma irreparável.
METAMORFOSE
Como diz a música de Raul Seixas, haverá, dentro dos próximos oito meses, uma verdadeira “metamorfose ambulante” na política palmense, pois a estória de que durante oito meses o nobre presidente da Câmara Municipal de Palmas jamais foi recebido pela prefeita, Cinthia Ribeiro, é balela. Se fosse verdade, diz uma fonte, seria a comprovação de que ou Marilon Barbosa é fraco, sem prestígio e conivente com a situação hipotética.
Sabe-se que a família Barbosa, desde Fenelon, passando por Wanderlei, o próprio Marilon, até o deputado estadual Léo Barbosa, são pessoas íntegras, sem nenhuma mácula na história política familiar, ao mesmo tempo em que a prefeita Cinthia Ribeiro vem desempnehando um ótimo trabalho administrativo.
Logo, o fato da família Barbosa não estar sendo recebida pela prefeita é uma meia verdade, pois se a Cinthia Ribeiro não vem concedendo audiências aos vereadores, seu secretário de Governo, Carlos Braga, além de receber em sua própria residência não apenas o próprio Marilon Barbosa, atendendo a várias de suas proposituras, ainda tem visitado outros vereadores importantes em seus domicílios, já compareceu à sede do Poder Legislativo onde tratou de assuntos de interesse público e da administração.
Segundo nossa fonte, chegou a hora de tanto o Executivo quanto o Legislativo admitirem que a “farsa” chegou ao seu limite e o relacionamento entre os poderes está realmente abalado.
“A partir de agora, a ferida está exposta, mas o que temos que levar em consideração são os interesses coletivos da população de Palmas e garantir que nem o Executivo nem o Legislativo prejudiquem a sociedade palmense”, nos garantiu a fonte.
Por isso, agora, é bom o eleitor entender que em política nada é exato como na matemática. Amigos viram adversários e adversários trocam juras de amor. E as duas verdades que dominam o jogo político atual é que a prefeitura e a Câmara Municipal de Palmas não falam a mesma língua e que Marcelo Miranda jamais comporá palanque ao lado de Carlos Amastha.
“Agora é cada um por si e Deus por todos”, finalizou a sábia fonte.