Ex-médico perdeu o direito à prisão domiciliar e vai voltar a cumprir pena em reclusão pelos crimes de estupro e atentado ao pudor contra mais de 70 mulheres
Por Igor Soares
A 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo acatou, nesta quinta-feira, 29, o pedido do Ministério Público Estadual para que o ex-médico Roger Abdelmassih, de 76 anos,volte a cumprir pena em uma unidade prisional. A acusação argumenta que ele tem condições físicas de continuar em reclusão. Abdelmassih foi condenado a 278 anos de prisão por estupro e atentado ao pudor contra mais de 70 mulheres.
O pedido da Promotoria foi enviado à Justiça após um perito do Centro de Apoio à Execução atestar as condições de saúde de Abdelmassih . Na última decisão a favorável ao ex-médico, a juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, da 1ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté, entendeu que ele poderia cumprir a pena em casa, em razão da fragilidade do estado de saúde do detento.
O ex-médico já havia conseguido o direito de cumprir a pena fora da cadeia três vezes.A primeira saída foi em março do ano passado, por causa da pandemia de coronavírus. Em dezembro de 2020, o procurador-geral da República, Augusto Aras, se manifestou contrário a uma nova concessão do benefício.
Para cumprir o regime domiciliar, o condenado deve usar uma tornozeleira eletrônica. A saída da residência deve ser autorizada pela Justiça.