Em reunião de líderes, na noite passada, Lira cogitou instalar cinco comissões parlamentares de inquérito numa canetada só. Prometeu ainda, segundo líderes partidários disseram à revista CartaCapital, criar um grupo de trabalho responsável pela elaboração de uma reação às operações da Polícia Federal (PF), no Congresso
Por Correio do Brasil
Presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL) voltou a subir o tom contra o ministro Alexandre Padilha (PT), responsável pela articulação política do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O parlamentar alagoano indicou a aliados que dará prioridade a diversos pedidos da oposição de ultradireita.
Em reunião de líderes, na noite passada, Lira cogitou instalar cinco comissões parlamentares de inquérito numa canetada só. Prometeu ainda, segundo líderes partidários disseram à revista CartaCapital, criar um grupo de trabalho responsável pela elaboração de uma reação às operações da Polícia Federal (PF), no Congresso.
Um movimento atribuído a Padilha pelo entorno de Lira teria aumentado a irritação do presidente da Câmara e servido de pontapé inicial à ofensiva. Trata-se da exoneração de Wilson César de Lira do comando da Superintendência do Incra em Alagoas – a demissão era uma das demandas do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), desde o ano passado.
Sem-terra
A primeira etapa do contra-ataque se concretizou na sessão passada, quando a Câmara aprovou um requerimento de urgência para acelerar a tramitação de um projeto contra o MST. De autoria do deputado Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), a proposta vai restringir o acesso dos sem-terra aos programas sociais do governo.
Lira não indicou, por enquanto, quais CPIs podem ser instaladas nos próximos dias. A ideia é que os líderes partidários cheguem a um acordo e lhe apresentem uma lista.
Entre os requerimentos com o número necessário de assinaturas está a apuração de denúncias de tráfico e exploração sexual na Ilha de Marajós (PA).