Quase que despercebido, o tocantinense atento reparou a presença do deputado federal, Freire Júnior, durante audiências na Câmara dos Deputados, assim como o nome do parlamentar que constantemente é exibido no painel da Casa de Leis
Da Redação
Desde 1º de agosto, Freire Júnior (MDB) segundo suplente da deputada federal Dulce Miranda (MDB), assumiu a vaga. O primeiro suplente, o saudoso ex-deputado federal, Júnior Coimbra, faleceu início deste ano. O afastamento da titular da bancada foi em prol de sua candidatura a reeleição.
Freire Júnior é bastante conhecido no Tocantins, e possui imenso prestígio na Câmara dos Deputados, onde já foi presidente do Clube Social e da Casa de Leis, um cargo disputadíssimo ente os 534 deputados. O deputado esteve na função de 1989 a 2003 e, neste período construiu um círculo de amizades nos Três Poderes.
Com pulso firme, Freire Júnior se destacou por ser um parlamentar atuante e participativo que nunca fugiu de um bom debate. Nestes 14 anos de trabalho em Brasília trouxe para o Tocantins inúmeras benfeitorias. Em 2010 disputou uma vaga na Assembleia Legislativa e ocupou uma das cadeiras. Em 2014, mais uma vez buscou a vaga ao cargo de deputado federal, como suplente, assumiu este mês em Brasília.
Fora da Disputa
O que tem intrigado o tocantinense que conhece Freire Júnior e sua extensa lista de serviços prestados ao Tocantins foi a divulgação de uma nota no qual o parlamentar emedebista destacou que não será candidato em função dos rumos que o partido tomou.
“Pela primeira vez desde a criação do estado, não disputarei eleição. Ocupando hoje o mandato de deputado federal pela sexta vez, depois de já ter exercido um mandato de deputado estadual e disputado a prefeitura de Palmas e o governo do estado, desta vez serei apenas um eleitor. Com exceção da eleição de 2006, todas elas disputei no PMDB ou em partidos coligados e aliados a ele. Desta vez optei por não disputar eleição para deputado federal por divergir das decisões que o MDB acabou tendo que tomar”.
Durante a nota o deputado destacou o seu trabalho, e de forma indireta lembrou da força política e de liderança que exerce no Tocantins. Ainda assim, ao contrário dos demais políticos que hoje apoiam Carlos Amastha, Freire Júnior não relevou as declarações feitas nos últimos anos pelo pessebista em suas redes sociais.
“Não vou me aliar àqueles que até poucos dias atrás nos enxovalhavam chamando de vagabundos e tentavam enlamear a história dos que, bem ou mal, construíram este estado depois de uma longa luta por sua emancipação. Não buscarei um mandato a qualquer custo, sob qualquer pretexto. Não venderei minha alma ao diabo”.
Mas o deputado foi taxativo ao garantir que jamais se esquivará da vida política. Que conhece os desafios e que apesar de não ser candidato trabalhará ativamente na vida pública.
“Mas esta decisão não significa que abandono a luta e nem tampouco a vida pública. Vou participar ativamente do processo eleitoral trabalhando para impedir que a grave crise moral e ética provocada pela composição das forças políticas e sociais destas eleições venham impedir o Tocantins de reencontrar-se com sua vocação desenvolvimentista e democrática”.
Sobre o MDB ele reforçou a importância que o partido tem desde a criação do Tocantins e por este motivo apesar das divergências políticas e de opiniões é preciso buscar um grupo forte, consolidado e principalmente unido.
“Seguro de que esta é a decisão mais acertada agradeço o apoio que tenho recebido de tantos amigos e companheiros e espero poder continuar a merecer e contar com a confiança de todos”, concluiu o deputado que garante que uma função política não se pode ter a qualquer custo, ou aliando-se a qualquer um.