Lula: "não há candidato com autoridade moral para falar de corrupção do PT". “Eu gostaria que a Rede Globo pedisse desculpas pra mim”, afirmou o expresidente.
Por Marcos Rocha
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a ser notícia no cenário político brasileiro. Em mais um arroubo autoritário, o petista repetiu que, se eleito em 2022, vai ‘regular’ a imprensa no país. A informação é da coluna Radar.
“Todo dia me perguntam: quando é que você vai fazer uma autocrítica? Tenho que fazer uma autocrítica. Nós não tratamos a reforma da comunicação, a regulação [da mídia], como deveria ser tratada. Aprovamos um programa para que a gente pudesse regulamentar os meios de comunicação. Eu não sei por que cargas d’água não foi colocado no Congresso esse projeto”, disparou.
“Eu gostaria que a Rede Globo pedisse desculpas pra mim”, acrescentou.
Após ter sido considerado “ficha limpa” pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-condenado parece estar se sentindo cada vez mais solto para ser o velho Lula de sempre. De olho nas eleições do ano que vem, ele nega corrupção na Petrobras e resgata um antigo desejo da cúpula petista em ‘regular’ a mídia brasileira.
“Eu vi como a imprensa na Venezuela destruía o Chávez. Nós vamos ter que ter um compromisso público de que nós vamos ter que fazer um novo marco regulatório dos meios de comunicação e espero que os senadores e deputados entendam que isso é necessário para a democracia. Inclusive discutir com a sociedade uma regulação da internet. Para que a internet se transforme numa coisa do bem”, finalizou Lula.
Lula: "não há candidato com autoridade moral para falar de corrupção do PT"
Petista citou os escândalos que envolvem o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), como o caso das 'rachadinhas', as polêmicas de Fabrício Queiroz e sua rápida evolução patrimonial ao longo da vida política
O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) concedeu uma entrevista ao jornal Bahia no Ar, na manhã desta quinta-feira (26), e se colocou a disposição de um debate com Jair Bolsonaro (sem partido) a respeito dos temas que envolvem corrupção do mandatário.
"Quando se tem um presidente que fala em combater a corrupção e não se investiga o Queiroz, não investiga as rachadinhas que envolveram os seus filhos e não investiga o seu próprio patrimônio… Eu estou muito a vontade para esse debate", opinou o petista.
Lula ressaltou, porém, que não há candidato com "autoridade moral para falar de corrupção do PT". Para justificar sua fala, o ex-presidente revelou que não tem medo "desse discurso de corrupção, que sempre foi feito no Brasil. Já tivemos presidente que foi eleito com a vassourinha e outro que foi eleito denunciando todo mundo, como o Collor".
Em uma de suas falas finais, o petista afirmou que não enxerga condições para um uma ruptura democrática no país, liderada pelo presidente Jair Bolsonaro. Segundo Lula, "a sociedade brasileira sabe que a democracia faz bem. Nós precisamos tomar cuidado, pois eles não agem com normalidade. O golpe dele [Bolsonaro] não seria nem militar e sim de miliciano, pois ele juntou os milicianos que convivem com a família dele."