O principais líderes oposicionistas do Tocantins, unificaram o discurso sucessório e, ainda desarticuladamente como frente política, já preparam suas armas para o enfrentamento no processo sucessório que já está nas ruas. Esta palpável e visível realidade já se confirmou na primeira sessão ordinária da Assembleia Legislativa depois de oficializadas as renúncias, primeiro do vice-governador, João Oliveira e em seguida do governador Siqueira Campos, o que causou debates acalorados no plenário do Legislativo tocantinense e em reuniões espalhadas pelo Estado.
O primeiro a fazer uso da tribuna do parlamento tocantinense foi deputado estadual Marcelo Lellis, que detonou: “Vimos a desesperança do povo, sentimos na pele a situação das estradas. São rodovias sucateadas”, frisou ele, ao fazer várias críticas com relação á situação do Estado, e complementou: “O que é impossível explicar é a renúncia antecipada do vice-governador e em seguida do governador, o que provocará mais uma eleição indireta em pouco mais de quatro anos. Que empresário vai se arriscar de investir num Estado com tamanha instabilidade política?”, perguntou ele, para em seguida pontuar: “Ninguém vai conseguir sufocar o grito entalado nas gargantas das ruas. Vamos á luta porque nosso Estado precisa de nós”, finalizou, sendo aplaudido pelos presentes.
A voz do PT
Por sua vez, o deputado estadual José Roberto Forzani, do PT, abriu duras criticas contra renúncia do ex-governador, e frisou: “Siquera Campos governou sem cumprir nada, e sai de uma maneira vexatória na expectativa de enganar e de dar um golpe no povo tocantinense achando que só tem trouxa e idiota nesse Estado. Num total desrespeito às pessoas, a todas as crianças e jovens desse Estado”, e expressou ainda mais a ira dirigindo sua metralhadora giratória contra o ex - vice-governador: “João Oliveira você é um bosta, um merda e você ter que renunciar antes é porque ninguém confia em você. Você tem que vir a público dizer porque abriu mão de ser governador durante nove meses. Acho que você deve ter vergonha de olhar no espelho”, sintetizou o parlamentar.
Josi Nunes
A deputada estadual Josi Nunes, usou a tribuna e em nome do PMDB, o maior partido do Estado, e criticou abertamente a postura dos líderes palacianos. “Os fundamentos da renúncia do vice e governador são totalmente diferentes. A verdade é que os fundamentos que levaram á renúncia foi um golpe sim. Um golpe político. Uma ação oportunista para fazer valer e manter a oligarquia Siqueirista no Estado. Essa é a única justificativa e não existe outra”, disse a parlamentar, questionando em seguida: “Porque um vice renuncia antes do próprio governador? São muitos os porquês e poucas as respostas. Está claro que a renúncia foi para ficar claro beneficiamento familiar”, pontuou.
Amasth
Sem medir seu descontentamento, o chefe do executivo palmense, uma das estrelas do PP tocantinense e principal articulador do grupo oposicionista denominado “Terceira Via”, se posicionou a respeito do quadro político do Estado. “Independente de partidos ou cores, desejo uma profícua administração ao Governador Sandoval Cardoso. O Tocantins está carente de um gestor”, e completou sintetizando: “Não entendo porque tanta reclamação pela renuncia de Siqueira Campos e João Oliveira. Demorou muito. Foi um governo que terminou sem nunca ter começado. Melhor assim”, disse.
Coimbra se manifesta
Uma das figuras políticas mais contestadas no meio oposicionista do Tocantins, o deputado federal Junior Coimbra, tachado por alguns de serviçal do Palácio Araguaia, disse que está indignado com as renúncias do ex-governador Siqueira Campos e do ex-vice-governador João Oliveira. Segundo o congressista, estas as posturas demonstram claramente que, para esse grupo político os projetos familiares estão acima do Estado. Ele finalizou dizendo que tudo é muito estranho e sem uma justificativa plausível
Marcelo Miranda
Ao participar de um encontro do PMDB, em Pium, no último dia 5 de abril, o ex-governador Marcelo Miranda, e virtual candidato ao Palácio Araguaia, nas eleições de outubro próximo, leu na integra a carta de renúncia publicada pelo ex-governador Siqueira Campos, e em seguida criticou duramente as alegações pontuadas no documento oficial. Para Marcelo Miranda, o governador Siqueira Campos não usou da verdade ao dizer que ama o Tocantins. Segundo o líder peemedebista, ao abandonar o governo, ele demonstra que o interesse é apenas familiar. “O Tocantins de hoje é o Estado do não. Não tem saúde, não tem educação, não tem segurança, não tem infraestrutura e não tem comando”, reagiu indignado, acrescentando em seguida: “Agora entrei na briga, quem quiser estar neste palanque tem que vir agora, ter compromisso com o Tocantins e comigo. Não vou mais admitir trações”, lembrou, comentando em seguida sobre sua elegibilidade “O PMDB nacional não iria investir em um candidato que não estivesse elegível”, finalizou.
Kátia Abreu
Na mesma oportunidade a senadora Kátia Abreu disparou suas armas mortíferas contra o ex-secretário de Relações Institucionais, Eduardo Siqueira, e contra seu pai, o ex-governador Siqueira Campos e o atual governador, Sandoval Cardoso. A congressista disse também que não querer o apoio, nem a amizade do deputado federal e presidente licenciado do PMDB, Junior Coimbra, ressaltando também que, o ex-vice -governador João Oliveira, é uma vergonha para os tocantinenses e complementou: “Espere para vocês verem quem vai ser o suplente de Senador de Siqueira Campos”. Em seguida disparou sobre Júnior Coimbra: “Ele é um serviçal do Palácio Araguaia, pois tem que limpar as contas sujas do rombo que ele fez na Assembleia Legislativa utilizando o Tribunal de Contas do Estado que é uma vergonha nacional, com exceção de uns quatro conselheiros que tem ali é por isso este deputado que mancha o nome do PMDB é um refém do Palácio Araguaia”, finalizou a senadora. Moisés Avelino Para o ex-governador Moisés Avelino, atual prefeito de Paraíso do Tocantins e uma das principais estrelas da oposição no Estado, o seu apoio é incondicional à candidatura de Marcelo Miranda, e de Kátia Abreu, mas ele prega que as oposições precisam se unir para tirar o governo que aí está, e complementou: “Ainda estamos em uma pré-campanha, e esse é o momento de abrir os olhos do povo e trabalhar com fé, para ter uma vitória esmagadora em outubro”, finalizando lembrou do esforço que seu grupo fez para retomar o comando do PMDB, tirando o partido das mãos do deputado federal Júnior Coimbra. “É por tudo isso que credita que o nosso palanque estará ainda maior em junho, antes das convenções”, garantiu.