Mais vivo que nunca, governador prepara agenda positiva e inicia articulações com parlamentares para compor sua chapa majoritária
Por Edson Rodrigues
Para desespero dos que achavam que Marcelo Miranda estava desanimado e em compasso de espera, o dia sete de abril será uma surpresa nada agradável para eles.
Com seu modo humilde, cuidadoso e carismático, Marcelo Miranda vem, pessoalmente, realizando suas articulações junto às lideranças políticas regionais e parlamentares com mandatos no Congresso Nacional, na Assembleia Legislativa e nas Câmaras Municipais, além de ex-parlamentares, ex-prefeitos, representantes de entidades classistas, ao mesmo tempo em que vem mantendo conversas paralelas com seus aliados.
Após o dia sete de abril, data em que se saberá quem fica ao lado de quem, Marcelo Miranda vai revelar grandes surpresas na composição política para o embate sucessório de outubro próximo, começando pela agenda positiva do último ano do seu atual mandato.
TRAVESSIA POSITIVA
Depois da árdua travessia de um período negro para o Brasil, com muitas dificuldades financeiras, recessão, divergências políticas, instabilidade institucional, o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, e uma troca infindável de ministros, o governo do Estado vê sua missão de conduzir os interesses do Tocantins quase completa, conseguindo gerar resultados positivos, principalmente para uma Unidade Federativa ainda não industrializada e dependente dos repasses financeiros da União.
Marcelo Miranda sabe que não fez nada sozinho, que contou – e muito – com o auxílio do ex-presidente da Assembleia Legislativa, deputado Osires Damaso e da maioria dos representantes do Tocantins no Congresso Nacional.
CONVOCAÇÃO ACEITA
Após o dia sete de abril, Marcelo Miranda anunciará, oficialmente, que aceita a convocação do seu partido para tentar a reeleição e iniciará a composição da sua chapa majoritária, com os nomes do seu vice e dos dois candidatos a senador.
A partir desse momento estará dada, oficialmente, a largada para a corrida sucessória, com o governador entrando “de sola” e recuperando terreno, colocando seus trabalhos visando à reeleição no mesmo patamar dos pré-candidatos Marlon Reis, Mauro Carlesse, Carlos Amastha, Kátia Abreu e Ronaldo Dimas, que estão há muito tempo em pré-campanha, realizando reuniões políticas e concedendo entrevistas.
Trocando em miúdos, enxergamos, a partir da entrada oficial de Marcelo em pré-campanha, um quadro praticamente definido, com três candidaturas competitivas, faltando apenas que dividirá com Marcelo o segundo turnos, se Kátia Abreu ou Carlos Amastha, cabendo tão somente aos eleitores essa definição.
SENADO
A corrida ao senado da República, por enquanto, pode trazer surpresas com um fator que ninguém está analisando, mas que pode ser o divisor de águas nessa disputa. Quem terá condições logística de abastecer os candidatos a deputados Estadual e Federal, além de suprir as necessidades dos vereadores e lideranças municipais, afinal são eles os cabos eleitorais mais importantes na corrida em carrear pelo menos um dos dois votos que o eleitor terá direito.
Isso tem que ser levado a sério no momento de fazer os cálculos de probabilidades, mas só começaremos a perceber isso após as convenções, e a campanha começar oficialmente nos programas, durante o horário eleitoral gratuito de propagando em que cada candidato a deputado estadual e federal começar a pedir apoio a seu candidato ao senado.
O senador Vicentinho Alves tem um trabalho muito importante como carreador de recursos para o Tocantins e todos os municípios, e é uma figura conhecida pelo eleitor tocantinense. Segundo consta, até o momento conta com o apoio de mais de 100 prefeitos do Tocantins. O número aponta um bom alicerce para colocar na balança na hora da busca de somatórias, já o ex-governador Siqueira Campos também está no páreo, e tem serviços prestados ao Tocantins com moral e credibilidade. Porém, um caso a parte a ser analisado com seus 89 anos, em qualquer palanque e quem será o seu suplente? Já o deputado César Halum, um político da Região Norte com ramificações políticas no bico do papagaio.
O ex-deputado federal Eduardo Gomes é outro nome que pode surpreender muita gente. O político tem agido sem problema algum com nenhum dos postulantes ao cargo de senador, e possui um bom relacionamento com todos os possíveis governadoriáveis. Hoje sem função eletiva Gomes continua fazendo um trabalho de qualidade junto as principais lideranças do Tocantins.
Vice-presidente nacional do Partido Solidariedade Eduardo Gomes tem bala na agulha, isso significa que tem caixa financeiro oficial para abastecer e contribuir com os candidatos a deputado Federal e Estadual que lhe apoiarem, isso pode ser o diferencial para por Eduardo Gomes em pé de igualdade com qualquer um dos mais cotados a uma vaga no senado. Trocando em miúdos: Gomes está no páreo para uma das duas vagas ao senado da República.
Mas um nome que desponta como diferencial para a o Senado é o do ex-governador Siqueira Campos. Os seus 89 anos de idade se fundem com a história do Tocantins e, ao colocar seu nome no páreo, Siqueira coloca, também, todo o seu patrimônio político acumulado desde a luta separatista. Muita gente – alguns até esquecidos pelos historiadores – participou da luta pela criação do Tocantins, mas a semente plantada por eles, jamais germinaria e se tornaria realidade, se não tivesse Siqueira Campos assumido o papel de “jardineiro”.
Logo, seu nome não pode ser menosprezado pelos adversários e deve, sim, ser temido e respeitado.