MAURO CARLESSE DEVE OPTAR POR UM TÉCNICO COMO CANDIDATO À SUA SUCESSÃO: DEMARCAÇÃO DE TERRITÓRIO

Posted On Quinta, 07 Outubro 2021 15:37
Avalie este item
(0 votos)

A notícia veiculada na imprensa, de que o governador Mauro Carlesse pode optar por um sucessor da área técnica – e, não, política – para assumir o governo do Estado, caso o próprio Carlesse não consiga se candidatar a mais um mandato, demonstra fortes evidências de que a intenção do governador do Tocantins é “demarcar território”, e aponta para uma hipótese muito forte de que Carlesse não renunciará para se candidatar a senador em 2022.

 

Por Edson Rodrigues

 

E não há nenhuma novidade quanto a isso.  Carlesse vem demonstrando dia após dia, mês após mês e ano após ano, desde que chegou na Assembleia Legislativa, ser um político de atitude e de palavra, e essa demarcação de território é uma demonstração clara dessas qualidades.

 

A opção de Carlesse significa que ele vai continuar com seu grupo político, alicerçado na Assembleia Legislativa, onde tem o apoio de ampla maioria, nos prefeitos e nos vereadores.  Com a confirmação de que a presidência do “União Brasil”, partido que surgiu da recente fusão entre DEM e PSL, com uma Comissão Provisória composta, em sua maioria, por pessoas de sua extrema confiança, e onde terá o maior tempo no horário gratuito de Rádio e TV e a maior fatia do Fundo Eleitoral, Carlesse se personifica como uma das maiores lideranças políticas do Estado, mostrando que nem o bom desempenho da deputada federal Dorinha Seabra foi capaz de evitar que o governador desse um “troco velado”, de quando se filiou ao DEM, comandado no Estado pela parlamentar, e foi colocado em um cargo decorativo, devolvido à Dorinha com a criação do novo partido.

 

SANDRO ARMANDO DEVE SER O CANDIDATO DO PALÁCIO ARAGUAIA

E é de posse de todo esse poderio político que Mauro Carlesse deve indicar o secretário da Fazenda, Sandro Henrique Armando para ser o seu sucessor, com apoio total do Palácio Araguaia e adjacências, justamente por seu perfil técnico e pelos ótimos resultados que vem obtendo no exercício da sua função.

 

O Tocantins, conduzido economicamente por Sandro Henrique Armando é, hoje, um dos únicos três estados do Brasil totalmente em dia com suas obrigações e compromissos financeiros, conseguindo manter em dia o pagamento da folha salarial dos servidores públicos, e os acordos com prestadores de serviços e fornecedores.

 

Sandro armando formou sua equipe com técnicos competentes e tarimbados, que propuseram um Plano de Viabilidade Econômica, apresentado à Assembleia Legislativa, onde constavam cortes na folha de pagamento, diminuição do número de cargos comissionados, fusão de secretarias, extinção de alguns órgãos governamentais e o acero de contas com o Igeprev, parcelando as dívidas que o governo tinha com o Instituto de Previdência do Estado.

 

Tudo o que foi proposto no Plano de Viabilidade Econômica virou Lei pelas mãos da Assembleia Legislativa, posto em prática, e representou o início do “fechamento das torneiras”, garantindo ao Tocantins as condições para chegar ao patamar econômico, financeiro e fiscal nos níveis em que, em plena pandemia, permitem que o governo do Estado invista em infraestrutura, transportes, habitação, saúde, Educação e onde mais preciso for, com muitas obras já entregues, outras ainda em andamento e outras já consolidadas, como a promessa do governador de construir, ainda neste mandato, mais 10 mil casas populares espalhadas por diversas cidades do interior, e o Programa Governo Tocando em Frente.

 

Nesta próxima semana o governador começa pela Região Sul, um giro pelo Estado, assinando convênios com todas as prefeituras, independentemente da cor partidária de seus mandatários, levando ações diversas e iniciando a transformação do Tocantins em um verdadeiro canteiro de obras.

 

A viabilidade dessas ações tem o DNA do secretário da Fazenda, Sandro Henrique Armando, que deve, em breve, ter o seu nome confirmado pelo Palácio Araguaia, como candidato ao governo do Estado.

 

SEGUNDO TURNO  E CONSULTA AO TSE

 

O Observatório Político de O Paralelo 13 ouviu de uma de suas fontes que, caso o governador Mauro Carlesse não consiga registrar sua candidatura por mais um mandato no Palácio Araguaia, tomou como questão de honra a presença do seu indicado à sucessão no segundo turno, se houver a necessidade.

 

Carlesse está com uma consulta em tramitação no TSE sobre a possibilidade de desconsiderar o mandato “tampão” para a regra política que define apenas dois mandatos consecutivos para chefes do Executivo.  A consulta baseia-se em fato semelhante ocorrido com um prefeito que conseguiu desqualificar o mandato tampão como sendo um “primeiro governo”, além do fato de sua primeira eleição ao governo ter sido realizada de forma indireta, sem a participação dos eleitores.

 

 

Mesmo sendo considerada pouco provável por especialistas em legislação eleitoral, vale ressaltar que, em se tratando da Justiça, deve ter em mente que não se pode duvidar de nada, afinal, trata-se da mesma instância que cassou o mandato de Marcelo Miranda, o tornou inelegível e ainda o pôs mais de 120 dias na prisão para, depois disso tudo, lhe conceder um habeas corpus e, devolvendo seus diretos políticos, alegando que não tinham provas para poder julgá-lo.  A mesma, também, que julgou e condenou, via atuação marcante de Sérgio Moro, o ex-presidente Lula, uma condenação mantida pelo TRF 4 e confirmada pelo próprio STF que, agora, anulou a condenação e devolveu a elegibilidade à Lula.

 

Logo, não há como descartar a possibilidade de mais uma mandato para Mauro Carlesse, como governador do Tocantins.

 

A grande aposta do Palácio Araguaia é a inevitável divisão da oposição, uma vez que o clã dos Abreu – senadores Kátia e Irajá – está bem próximo do pré-candidato Ronaldo Dimas, que já conta com o apoio declarado do ex-prefeito de Gurupi, Laurez Moreira.

 

A única candidatura, no entanto, confirmada para o governo do Tocantins é a do ex-prefeito de Porto Nacional e ex-deputado federal, Paulo Sardinha Mourão, pelo Partido dos trabalhadores, com apoio irrestrito da cúpula petista, inclusive do próprio Lula. Mourão já está com o pé na estrada, visitando os 139 municípios do Estado, surfando na aparente liderança de Lula nas pesquisas de intenção de voto para presidente da República.

 

DÚVIDAS

Para fechar um panorama completo, resta saber se o senador Eduardo Gomes aceitará o chamamento das ruas e de diversas lideranças políticas de todo o Estado e lançar seu nome como candidato a governador em 2022.

 

Gomes é, hoje, a mais forte liderança política no cenário estadual, e objeto de desejo de vereadores, prefeitos, deputados federais, lideranças empresariais, do agronegócio, que acompanham de perto sua atuação pelo Tocantins e querem reeditar a competência e a capacidade do senador em trazer recursos para a capital, municípios do interior e o próprio governo estadual, tendo deixado garantidas outras dezenas de milhões de reais para serem investidos no Tocantins, dentro do Orçamento Geral da União.

 

Percebe-se que a movimentação das peças no tabuleiro sucessório vem ficando cada vez mais intensa mas, quando se trata de política e de políticos com pouquíssima ou nenhuma popularidade, não se pode cravar nenhuma sentença.

 

Ainda falta saber, também, como reagirão à essas movimentações as centenas de milhares de eleitores tocantinenses, sendo que, mais de um milhão deles famintos, desempregados, alguns abaixo da linha da pobreza, em relação aos candidatos políticos e ao candidato de perfil mais técnico.

 

E isso é coisa só para 2022.

 

Por hoje é só!

 

 

Última modificação em Quinta, 07 Outubro 2021 21:19