MAURO CARLESSE VOA EM CÉU DE BRIGADEIRO, COM OPOSIÇÃO FRAGILIZADA, DIVIDIDA E ANÊMICA. ATÉ QUANDO??!!

Posted On Terça, 13 Agosto 2019 07:32
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“Triste do governo que não tiver uma oposição forte, inteligente  e responsável”

General Golbery do Couto e Silva 1911/1987

 

Os líderes dos partidos de oposição estão encontrando dificuldades em unir seus próprios liderados nos municípios.  O maior exemplo disso está na própria Assembleia Legislativa, onde não há, sequer, discussões sobre união de siglas para fazer frente ao governo de Mauro Carlesse.

Os exemplos são claros e cristalinos: o ex-prefeito Carlos Amastha, presidente estadual do PSB, entrou com uma ação contra o congelamento das progressões do funcionalismo público, alegando a inconstitucionalidade, mas o único deputado estadual do PSB, Ricardo Ayres, discordou do próprio Amastha.

 

PSDB

O presidente do PSDB estadual, o ex-senador Ataídes Oliveira, também é outro que apesar de comandar uma legenda no Estado, não consegue exercê-la junto aos deputados estaduais, muito menos dos prefeitos tucanos, quase todos compondo a base de sustentação do governo de Mauro Carlesse.

Além disso, Ataídes tem um “osso atravessado na garganta”, que responde pelo nome da prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, a quem tentou expulsar da legenda e teve sua vontade barrada pela cúpula nacional.

 

MDB

Já o MDB é outro partido que, apesar de fazer parte da história política do Tocantins, com relevantes serviços prestados na construção do Estado, com dois governadores – Moisés Avelino e Marcelo Miranda – muitos deputados estaduais e federais, ainda permanece no papel de coadjuvante, estando, hoje, na base de sustentação de Carlesse na Assembleia Legislativa e tem a maioria de seus prefeitos e um senador – afastado do cargo para homenagear o ex-governador Siqueira Campos – que, hoje, ocupa uma secretaria de governo.

No último fim de semana, o MDB realizou as conversações para a eleição do MDB Mulher e do MDB Jovem sem contar com a presença de Moisés Avelino, prefeito da maior cidade governada pelo partido no Estado, com apenas dois dos cinco deputados estaduais (Valdemar Jr. e Nilton Franco) e sem a presença do senador Eduardo Gomes, assim como de diversos outros prefeitos de cidades importantes.

 

Mesmo assim, em seu discurso, Marcelo Miranda foi enfático em afirmar que o MDB é oposição ao governo Carlesse, deixando no ar uma grande atmosfera de dúvida – e de divisão, novamente, no partido.

 

DEM

O Democratas vive um momento de conflito localizado, pois a presidente estadual da legenda, deputada federal Dorinha Seabra já declarou total apoio à candidatura de Cinthia Ribeiro à reeleição na prefeitura de Palmas, com a anuência do presidente da legenda na Capital, Lutero Fonseca.

O problema aparece no momento em que dois quadros do Dem, o deputado federal Carlos Gaguim, vice-líder do governo Bolsonaro na Câmara Federal e o governador Mauro Carlesse, que apoiam a candidatura do vice-governador, Wanderlei Barbosa à prefeitura de Palmas.

 

O clima, por enquanto, é estável no partido. Na semana passada, o governador Mauro Carlesse e a deputada federal Dorinha Seabra, estiveram conversando reservadamente e, segundo uma fonte, uma porta foi aberta para o diálogo, lembrando que a legenda está com sua convenção marcada para o próximo mês, para a eleição do seu Diretório Estadual, com Dorinha concorrendo á reeleição.

 

Como ainda falta mais de um ano para as eleições municipais, muitos capítulos ainda estão por serem escritos, entrando na história as conversações e coligações  que podem mudar muita coisa.

 

PSD E PDT

As legendas comandadas pelos senadores Irajá Abreu e Kátia Abreu, por enquanto, seguem impassíveis.  Não são nem governo nem oposição, mas os dois vêm fazendo um trabalho partidário desgarrado do governo.  É claro e notório que não há espaço político para os dois senadores junto à base de apoio do governo, mas, mesmo assim, os dois não têm se furtado em trabalhar pelo Tocantins nos corredores de Brasília, devendo manter esta postura, pelo menos, até o início do ano que vem, quando devem assumir publicamente seus posicionamentos em referência ás eleições municipais.

 

PTB

O PTB, até sob o comando do grupo político do prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, pode estar com seus dias contados.

Conforme já foi anunciado pela mídia estadual – e confirmado por nossas fontes em Brasília – estão confirmadas mudanças no comando tocantinense da legenda, que deve ficar sob o comando do presidente da Assembleia Legislativa, Toinho Andrade, ou seja, nas mãos do grupo político do governador Mauro Carlesse, atraindo a filiação de diversos pré-candidatos a prefeito e a vereador, além de abrigar a candidatura do vice-governador, Wanderlei Barbosa, á prefeitura de Palmas.

 

SDD

O Solidariedade deu uma “murchada” no Tocantins, sumiu da mídia mesmo tendo quatro deputados estaduais e fazer da parte da base de apoio do governo Mauro Carlesse.   Apesar do seu presidente estadual, deputado Vilmar do Detran ter dado um “grito de alerta” de que o partido não tinha compromissos políticos nas eleições  municipais de 2020, acredita-se que seguirá, mesmo, os ditames do governo estadual na hora de apoiar as candidaturas.

 

PT

O Partido dos Trabalhadores teve um revés com a eleição de Célio Moura como deputado federal, enquanto a legenda passa por um momento de adaptação com os desgastes da cúpula nacional e seu maior líder, o ex-presidente Lula, preso, sem data para deixar de ver o sol quadrado.

 

A legenda saiu estrategicamente dos holofotes e aguarda o momento de voltar a agitar suas bandeiras vermelhas, provavelmente no início de 2020.

 

PV

O presidente do Partido Verde no Tocantins, Marcelo Lélis está inelegível, mas vem “fazendo limonada do limão que o TRE lhe entregou” e virou empreendedor, inaugurando um dos melhores ambientes para se parra um fim de semana em Aldeia da Serra.  Uma pousada com apartamentos com hidromassagem e restaurante de primeira classe.

 

Sem dúvidas, um lugar onde ele poderá refletir muito sobre seu futuro político e sobre quem o PV apoiará nas eleições de 2020 e em quais municípios irá disputar a prefeitura.

 

Enquanto isso, os demais partidos estão aguardando o desenrolar das coisas para definir seus posicionamentos nas eleições municipais de 2020.

 

FIM DAS COLIGAÇÕES PROPOCIONAIS

As eleições municipais de 2020 marcam o fim das coligações proporcionais e os partidos, seus líderes, dirigentes, deputados estaduais, federais e senadores precisarão mostrar suas forças políticas sem perda de tempo e sem desfaçatez, elegendo o maior número de vereadores, principalmente em Palmas, Araguaína, Gurupi, Porto Nacional, Paraíso do Tocantins e nos demais principais colégios eleitorais do Estado. Esse será o parâmetro usado para mostrar a força política de cada um.

 

CINTHIA VIRA “VIDRAÇA”

Em maio passado, O Paralelo 13 previu que a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, iria, inevitavelmente, perder a “zona de conforto” em que administrava a Capital, pois viraria “vidraça“ a partir do momento que começasse a mostrar sua força política.

 

O vereador Folha “jogou a primeira pedra” e a segunda acaba de ser lançada pelo vereador Milton Néris, que disse que Cinthia “fica de mimimi nas redes sociais sempre que é criticada”.

 

Cinthia precisa se preparar para os próximo “pedregulhos” que virão em sua direção quando o “rolo compressor” governista resolver colocar seu time em campo em benefício da pré-candidatura de Wanderlei Barbosa.

 

Cinthia precisa ter em mente uma estratégia que garanta uma governabilidade estável, com uma bancada de no mínimo 11 vereadores sem compromisso com sua candidatura á reeleição, ela precisa buscar um relacionamento institucional próximo da perfeição, sem melindrar ninguém e equilibrando e ponderando o uso das redes sociais, lembrando que elas foram o motivo da derrocada do ex-prefeito e que vêm se transformando no maior adversário do presidente da República Jair Bolsonaro.

 

Trocando em miúdos, Cinthia tem que assumir o papel de “vidraça” e agir com toda a cautela necessária para chegar “inteira” na campanha de 2020, além de ter muito cuidado na escolha do partido que irá abrigar sua candidatura, para não sofrer nenhum tipo de “fogo amigo”, pois sabe-se que o Palácio Araguaia irá jogar duro nessa sucessão municipal e uma hipotética união das oposições em torno de um nome, deixa a corrida sucessória acirradíssima.

 

Ganhará quem tiver o melhor time, marcar mais gols, os melhores conselheiros e os aliados com maior capacidade de transmissão de votos, coisa raríssima nos dias de hoje.

 

MAURO CARLESSE

O governador Mauro Carlesse vem demonstrando ser um bom jogador e articulador político.  A maior demonstração disso foi o “xeque-mate” que deu no prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, um de seus maiores adversários políticos, colocando o presidente da Assembleia Legislativa, Toinho Andrade, no circuito Brasília/São Paulo e garantindo o comando do PTB estadual, até então nas mãos de Dimas.

 

Vários líderes políticos que disputarão as eleições municipais como candidatos a prefeito, vice ou a vereador, já estavam filiados ao PTB, inclusive o candidato de Ronaldo Dimas à sua sucessão, deixando todos “amarrados” a uma liderança palaciana.

 

Essa jogada política foi apenas o primeiro exemplo dado pelo Palácio Araguaia de que está disposto a jogar o jogo político de igual para igual com quem quer que seja, e já prepara novas jogadas focadas, agora, na Capital, Palmas, aguardando apenas a liberação dos recursos dos empréstimos junto ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica Federal para colocar em prática o que já é chamado internamente de “tratoraço”, segundo nos confidenciou um membro do primeiro escalão palaciano.

 

Traduzindo em miúdos, ou a oposição se une e trabalha junto ou não conseguirá muita coisa nas eleições de 2020.

 

Se a oposição conseguir essa união, a batalha será boa, pois a oposição tem bons nomes e muitos líderes com mandatos na Assembleia legislativa, no Congresso Nacional e nos municípios, o que os torna fortes e capazes de enfrentar qualquer candidato nos 139 municípios tocantinenses.

 

É esperar para ver no que vai dar....