MDB & PSB: UM CASAMENTO SEM AMOR E SEM LUA DE MEL OU O ANTES E O DEPOIS DE SÍTIO NOVO

Posted On Quinta, 23 Agosto 2018 14:41
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Como todos sabem a coligação entre o MDB e o PSB foi um “casamento arranjado”, daqueles em que o amor fica em segundo plano e o que importa é o “dote”.  A reunião realizada nesta quarta-feira (22) serviu para chancelar o “pacto nupcial sem amor”. 

 

Por Edson Rodrigues

 

O MDB liberou os membros da legenda para apoiar a quem bem entender, desobrigando-os de serem “padrinhos forçados” do “casamento” com o PSB de Carlos Amastha.

 

“DOTE”

O grande questionamento, agora, é quem ficará com o “dote” maior.  Amastha, mesmo sem o apoio do todo o MDB, com a simples aliança conseguiu um grandíssimo tempo no Horário Eleitoral Gratuito de Rádio e TV.

 

A outra parte do “dote”, os recursos partidários, agora gera desconforto pela dúvida sobre quem ficará com ela, se a majoritária ou a proporcional, assim como o risco que vão correr aqueles que, porventura, usarem o Horário Gratuito para pedir votos para outro candidato, que não seja Amastha.

 

Outra preocupação é em relação ao material de campanha de quem preferiu não ficar no “casamento”: pode ou não pode confeccionar santinhos com a foto dos candidatos a governador e senador de outra legenda?

 

QUEM GANHOU E QUEM PERDEU

Com todo esse imbróglio criado por Amastha ao não dar a mínima para os candidatos proporcionais do MDB, se recusando a subir em palanques em cidades-chave para a legenda, resta saber que permanecerá com o apoio ao candidato do PSB e quem terá seu próprio palanque.

 

Ainda é cedo para fazer prognósticos de como ficará essa situação, mas é a hora certa para o MDB atestar sua capacidade partidária, analisando o potencial de capilaridade de seus líderes.  O único porém é que esses dados só estarão disponíveis quando sair o resultado das urnas.

 

Nos próximos 15 dias de campanha já se poderá ter uma noção mínima dessa situação, observando os locais onde Amastha for perdendo popularidade e analisando se, ao mesmo tempo, os candidatos do MDB ganham espaço.  Só assim se poderá ter uma noção de quem ganhou e de quem perdeu com essa situação.

 

A única certeza é que os demais candidatos ao governo estão de portas abertas para receberem o apoio das lideranças e candidato do MDB que optarem pelo “divórcio”.  Nas hostes de Mauro Carlesse e Márlon Reis, já são muito perceptíveis os movimentos em busca desses apoios. 

 

O EFEITO SÍTIO NOVO

A atitude de Carlos Amastha em Sítio Novo, de não subir ao palanque em que estavam Marcelo e Dulce Miranda, além de outras lideranças do MDB, foi a gota que faltava para o caldo entornar.  O clima ficou insuportável e irremediavelmente ruim entre as lideranças das duas legendas e certamente vai influenciar nos rumos da sucessão estadual, pois a parte mais importante do MDB saiu em defesa de seu líder maior e a candidatura de Amastha deve perder grande parte de sua musculatura.

 

As urnas vão dizer quem se posicionou melhor após o “caso” Sítio Novo e o tempo, como sempre, será o senhor da razão...