O FUTURO DO TOCANTINS DEPENDE DE UMA PROFUNDA REFLEXÃO E DE UM SENTIMENTO DE UNIÃO JAMAIS VISTO

Posted On Sábado, 24 Março 2018 16:02
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O futuro do Tocantins, infelizmente, está nas mãos de poucas pessoas.  Essas pessoas são os líderes classistas, políticos, religiosos e empresariais, que detém o poder de influenciar e formar opinião.  O posicionamento desses líderes, neste momento de profundo desequilíbrios nas funções  governamentais será crucial para o povo e para a continuidade da instituição chamada de “Estado do Tocantins”.

 

Por Edson Rodrigues

 

Com 30 anos no mercado da Comunicação, como dirigente de um dos mais antigos jornais em circulação do Tocantins, não podemos nos furtar à obrigação de convocar esses líderes para uma profunda reflexão sobre o que queremos para o futuro do nosso Estado, das nossas instituições, do funcionalismo público, enfim, do povo tocantinense.

 

RECUPERAÇÃO DE STATUS

O acúmulo de acontecimentos e informações de péssima repercussão tendo o Tocantins como protagonista maculou e denegriu a imagem do Estado pelo Brasil e pelo Mundo afora. 

 

Investimentos empresariais e até internacionais costumam fugir de instituições que têm sua imagem desgastada.  E essa é a principal – e unânime – preocupação das entidades classistas empresariais e industriais do Tocantins neste momento.  Às vésperas de datas comemorativas importantíssimas para a economia, como a Páscoa e o Dia das Mães, qual será o futuro que espera pelos comerciantes, uma vez que o funcionalismo, que corresponde à grande maioria dos trabalhadores do Tocantins, não tem certeza sobre seus vencimentos?

 

O Tocantins, em seus primórdios, atraia investimento dos quatro cantos do mundo, pois tinha status de bom pagador.  E é justamente disso que estamos falando: em recuperação de status, que traz a reboque, a recuperação da imagem do nosso Estado, do nosso lar!

 

E o caminho para que isso aconteça só será encontrado se houver uma integração entre as principais lideranças partidárias na formação de uma chapa de consenso para a eleição complementar, evitando que o sangramento seja maior ainda, recrudescendo a crise que se instalou.

 

Uma chapa de consenso seria a única solução para o início dessa recuperação em médio prazo.

 

ELEIÇÃO DIRETA OU INDERETA

Feliz ou infelizmente, todos sabemos o preço de uma eleição direta,  já uma eleição indireta, seu custo – e conseqüências – são desconhecidos e tememos que essa forma de eleição possa comprometer a vida financeira não agora, que já está ruim, mas por décadas a fio.

A situação financeira que pode advir dessa situação pela qual passa o Tocantins é muito mais séria do se pode prever.  Em caso de eleições indiretas, o resultado das tratativas e das movimentações em busca de apoio desse ou daquele grupo político, podem comprometer ainda mais a situação econômica e os cofres públicos, talvez, não agüentem o baque.

 

Quantas e quantas vidas podem ser perdidas nas unidades hospitalares por falta de insumos e de pessoal? O funcionalismo e, até mesmo, os demais poderes ficarão sem os seus proventos, o comércio entrará em colapso, as concessionárias de energia e de água começarão os cortes nas residências e empresas.  As universidades e unidades de ensino particulares, sem receber dos pais dos alunos, começarão a atrasar suas folhas de pagamento e até mesmo a demitir...

 

Não é preciso informar que o maior empregador do Tocantins é o próprio Estado.  Ainda somos incipientes em relação à indústrias e esse efeito cascata nefasto terá ainda maiores conseqüências nos combalidos municípios, que dependem do ICMS para sobreviver.

Sem dinheiro circulando nas mãos da população a economia para. Sem impostos a receber, param os municípios.  Parando os municípios, o estado “congela”.

 

CONCEITOS DEMOCRÁTICOS

É preciso que a eleição que definirá o governador para o mandato tampão seja feita dentro dos mais restritos conceitos e ritos democráticos, via voto popular, para que tenha o menor custo financeiro possível.  Isso é imprescindível para que se garanta o futuro do Tocantins.

 

Os líderes partidários precisam se desarmar da vontade de poder e se vestir com o manto da humildade, em nome do povo tocantinense, buscando uma união forte e determinada em torno de um projeto que seja o menos doloroso possível para os cofres do Estado e para o bolso dos tocantinenses.

 

O Tocantins está num “buraco negro” político e sua situação financeira não permite aventuras.  Manter um bom relacionamento com o governo federal é crucial para que o Estado não mergulhe num inferno econômico.

 

É por isso que voltamos a ressaltar que o preço de uma eleição direta já é sabido e do conhecimento de todos, mas as conseqüências de uma eleição indireta podem levar décadas para serem sanadas.

 

Que Deus nos

Última modificação em Segunda, 26 Março 2018 04:53