Aos seis dias do mês de março de 2020
Por Edson Rodrigues
O Palácio Araguaia está costurando uma engrenagem política com a intenção de unir as oposições ao prefeito de Araguaína Ronaldo Dimas, com a indicação do ex-deputado federal e vice-presidente estadual do PP, Lázaro Botelho, como candidato a prefeito em outubro próximo. Dimas, além de presidente estadual do Podemos e pré-candidato ao governo do Estado em 2022, trabalha para eleger seu sucessor na cidade, Wagner Rodrigues.
Nesta quinta-feira (5), houve várias reuniões tanto em Palmas, no Palácio Araguia, quanto em Araguaína para tratar da sucessão na cidade. A idéia é que Lázaro Botelho se una a César Halum, já que os dois foram campeões em liberação de emendas impositivas para Araguaína no governo de Ronaldo Dimas e mostrar que a gestão de Dimas só ocorreu de forma tranqüila porque contou com uma oposição consciente e preocupada com o bem da população.
ACABOU O CONFORTO
Essa “união” entre Botelho e Halum é, sim, capaz de tirar o prefeito Ronaldo Dimas de sua zona de conforto, e acende uma luz amarela de alerta em suas pretensões políticas – locais e estaduais – pois mostra que a oposição está se mobilizando e se organizando para enfrentá-lo de igual para igual nas urnas, nos dois “outubros” – o de 2020 e o de 2022.
MOVIMENTO INTELIGENTE
Fazer oposição ou se unir com o único objetivo de tomar o poder de alguém nunca é salutar. Mas fazê-lo de forma consciente, planejada e com propostas que tragam melhorias para a população, transforma-se em um movimento inteligente no tabuleiro sucessório, pois, todos os que se apresentam com projetos e propostas palpáveis, são percebidos, avaliados e bem cotados junto á população como opção de voto.
Araguaína precisa de um grande programa de geração de empregos. São quase 12 mil famílias, segundo o site da Transparência da Procuradoria Geral da União, vivendo na cidade apenas com o Bolsa Família, o que representa quase 10% da população do município.
TAREFA DE CASA
No Tocantins, são 109 mil famílias dependentes do Bolsa Família, cerca de 500 mil pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza. Diminuir essa dependência passa a ser a “tarefa de casa” para todos os pré-candidatos. Os novos administradores a serem eleitos em outubro próximo precisam ter esses índices na ponta da língua, assim como o que pretendem fazer para melhorá-los, capacidade e responsabilidade comprovadas para fazer a economia crescer e aumentar a geração de emprego e renda, principalmente aquele que vai administrar Araguaína, a segunda maior cidade do Tocantins.
Em breve O Paralelo 13 irá publicar nova matéria sobre a sucessão em Araguaína, mostrando mais lances de bastidores e toda a movimentação e articulações das oposições e da situação na disputa pela vaga que será aberta por Ronaldo Dimas.