Enquanto a maioria das lideranças políticas tocantinenses está concentrada na disputa jurídica e política pela permanência do governador interino Laurez no comando do Palácio Araguaia, outra parte se mobiliza pelo retorno de Wanderlei Barbosa ao cargo para o qual foi reeleito pela maioria dos eleitores e eleitoras do Tocantins. O impasse já ultrapassa 60 dias, marcado por retóricas inflamadas e promessas recorrentes de que o governador afastado “volta amanhã” — promessas que se repetem dia após dia, gerando tensão inclusive nos bastidores políticos
Por Edson Rodrigues
Nesse cenário, Eduardo Siqueira não ficou em cima do muro: declarou apoio à senadora Dorinha Seabra como futura governadora. Sem entrar nas polêmicas sobre quem deve permanecer ou retornar ao cargo, o prefeito de Palmas mantém foco exclusivo na gestão municipal. Eduardo Siqueira cultiva um excelente relacionamento institucional com o governador em exercício, Laurez Moura, e evita qualquer comentário negativo ou pejorativo sobre o governador afastado, Wanderlei Barbosa. Além disso, mantém diálogo produtivo com os congressistas tocantinenses, tanto no Senado quanto na Câmara.

A expectativa é que o prefeito encerre o ano com índices positivos de gestão, com mais de R$ 300 milhões em recursos garantidos, que serão transformados em obras e benefícios para a população de Palmas e do Tocantins. Eduardo veio, sim, com o propósito de transformar Palmas em uma capital da qual todos os tocantinenses e palmenses possam se orgulhar.
O Observatório Político de O Paralelo 13 traz aqui um breve resumo das ações desse homem público que retornou à vida política com o objetivo de fazer de Palmas uma grande metrópole.
Um sonho em movimento

Há quem olhe para trás por saudade. Eduardo parece olhar por compromisso histórico. E poucas pessoas no país têm tanto lugar de fala nesse quesito. Quem já construiu o alicerce de uma cidade, não pode fingir que não sabe onde estão as rachaduras. Palmas, como o próprio prefeito costuma dizer, é uma cidade nova demais para ter memória curta.

Nos últimos dez meses, à frente da Prefeitura, Eduardo Siqueira Campos tem conduzido uma gestão de reconstrução e não apenas no sentido administrativo. O desafio é restaurar a confiança da população, reorganizar estruturas, enfrentar dívidas, corrigindo distorções e devolvendo à cidade o senso de planejamento que marcou sua fundação. Se é para falar de passado, presente e futuro, que se fale com precisão: quem traçou as avenidas largas, planejou a capital e defendeu seu crescimento ordenado, hoje tem demonstrado luta incessante para revitalizar, iluminar e reestruturar.
De volta ao comando da cidade que ajudou a erguer do zero, Eduardo enfrenta um cenário desafiador com crises herdadas, contratos comprometidos e sistemas enfraquecidos. Junte a tudo isso o fato de estarmos em um dos períodos mais instáveis do ponto de vista econômico das últimas décadas, no Brasil. Mas é nessa adversidade que ressurge o perfil que sempre o definiu: o de um gestor obstinado, de trabalho diário e presença constante. Não houve mudança de tom, mas atualização de instrumentos.

O mesmo prefeito que, em décadas passadas, foi símbolo de modernização e estrutura urbana, hoje comanda uma equipe que trabalha e conduz uma gestão marcada por resultados tangíveis e sentido de propósito.
Em menos de um ano, Palmas voltou a respirar um novo ritmo e se preparar para o próximo grande salto econômico. Foram retomadas obras paradas, reativados serviços essenciais e implantadas políticas sociais que devolveram dignidade e presença do poder público onde elas haviam desaparecido. Mais de 43 mil crianças da rede municipal voltaram a receber merenda escolar regular e equilibrada; os restaurantes comunitários foram reabertos e hoje servem 88 mil refeições por mês; o transporte público foi renovado, com ônibus novos, climatizados e sem filas, oferecendo conforto e respeito aos trabalhadores; e bairros que esperaram décadas finalmente receberam asfalto e infraestrutura de qualidade no mesmo padrão que, no passado, era privilégio das regiões centrais.

As obras da Baixada do Aureny avançam com ritmo firme, o novo acesso ao Taquari foi concluído, a região Norte se prepara para receber asfalto no acesso do Água Fria, e a Ponte dos Cruzes, em Taquaruçu, está prestes a ser entregue. Na educação, unidades escolares foram reformadas, novas salas climatizadas entregues e a rede municipal passou a receber investimentos em tecnologia e formação de professores. Na saúde, postos foram revitalizados, tiveram ampliado o atendimento em comunidades e reorganizado o fluxo de serviços básicos. Na infraestrutura, a iluminação pública foi modernizada, praças reconstruídas e trechos da malha viária urbana receberam manutenção e sinalização adequada.

No último sábado, a região Sul, no Jardim Irmã Dulce, celebrou a entrega de títulos definitivos de propriedade a mais de 600 famílias que esperaram por décadas o direito de chamar a casa onde vivem de sua. O gesto, simbólico e profundo, foi marcado por emoção e significado. Ao entregar as escrituras nas mãos dos moradores, o município não apenas regularizou imóveis, mas devolveu dignidade e segurança. Para muitas famílias, aquele papel representava o fim de uma vida inteira de incertezas e o início de uma nova história. Foi um ato de governo, mas também um gesto de humanidade: o poder público tocando a vida das pessoas de forma concreta e transformadora.

Essas ações não são apenas realizações administrativas. Elas são capítulos de uma biografia pública que começou junto com a própria cidade. Eduardo é, ao mesmo tempo, o homem que desenhou o mapa e o gestor que o percorre, com a mesma convicção de quem acredita que Palmas é mais do que uma capital: é um projeto de vida. O retrovisor, nas mãos de quem fundou uma cidade, não pode ser nostalgia, mas bússola. No fundo, Palmas é mais do que uma cidade para ele: é um elo afetivo, um compromisso vital, um sonho em movimento.