Hoje, 20 de maio de 2014, a capital de todos os tocantinenses, Palmas, merece palmas por celebra 25 anos de fundação. É certamente uma longa caminhada que demandou esforços de muitos visionários, dentre eles o ex-governador Siqueira Campos, que munido de determinação e obstinação, construiu condições favoráveis que possibilitaram a superação de grandes obstáculos, e assim se edificou a última cidade planejada no Século XX, com todas as condições de também ser um respeitável destaque neste Século XXI.
É verdade que Palmas, assim como todos os grandes centros urbanos brasileiros, passa por graves problemas inerentes aos aglomerados humanos, que multiplica por cada habitantes as insuperáveis demandas sociais, econômicas, políticas e culturais, envolvendo aí moradia, transporte, saúde, educação e infraestrutura. Mas, o conjunto de conquistas e benefícios em prol de sua população se faz maior, promovendo cada vez mais qualidade de vida especial à grande maioria de homens e mulheres oriundos de todas as regiões do Brasil, que formam um grande exército de construtores, que dia após dias, dedicam suas qualificações profissionais, religiosas e setoriais, para, cada vez mais, redimensionar uma Palmas com mais cidadania e mais civilidade.
O que diz a história
A capital do Tocantins, Palmas, é a última cidade brasileira planejada do século 20. Possui uma arquitetura arrojada, com avenidas largas dotadas de completo trabalho paisagístico e divisão urbanística caracterizada por grandes quadras comerciais e residenciais.
Sua beleza, aliada ao caráter progressista, ajudou a atrair para a mais nova capital brasileiros de todos os estados. O baixo índice de violência (Palmas é a segunda capital mais segura do país em proporção de homicídios, segundo o Ipea) também apontou positivamente neste sentido.
Com a criação do Estado do Tocantins, em outubro de 1988, e a eleição para os cargos dos poderes Executivo e Legislativo estadual, em 15 de novembro do mesmo ano, foi necessária a escolha de uma capital provisória, até a definição de onde seria construída a sede definitiva do Tocantins.
Em 7 de dezembro de 1988, o então presidente da República, José Sarney, anunciou que a cidade de Miracema do Tocantins, na região central do Estado, seria a capital provisória – condição que o município ocupou por exatamente um ano, da data de instalação do novo Estado (1º de janeiro de 1989) até 31 de dezembro daquele ano.
Enquanto isso, o governador do Estado à época, José Wilson Siqueira Campos, logo após sua eleição, solicitou levantamento para definir a localização de uma cidade que possibilitasse ser o pólo de irradiação de desenvolvimento econômico e social para o Estado. O resultado do estudo determinou uma área localizada entre os municípios de Porto Nacional e Taquaruçu do Porto, a leste do povoado do Canela, entre o rio Tocantins e a Serra do Carmo.
A capital foi transferida para Palmas em 1º de janeiro, ainda em meio ao processo de construção da cidade.
A instalação de Palmas só foi possível com a transferência da sede administrativa do município de Taquaruçu do Porto para Palmas, o que tornou o prefeito eleito de Taquaruçu, Fenelon Barbosa, o primeiro prefeito de Palmas. Com esta decisão, Taquaruçu transformou-se em distrito de Palmas, assim como Taquaralto e Canela (hoje inexistente, submerso pelo lago da usina hidrelétrica Luiz Eduardo Magalhães).
O nome de Palmas foi escolhido em homenagem à comarca de São João da Palma, sede do primeiro movimento separatista do norte goiano, e também pela grande quantidade de palmeiras na região.