PANORAMA POLITICO TOCANTINENSE 2018

Posted On Segunda, 02 Janeiro 2017 22:28
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O cenário político não está favorável para ninguém.  Os primeiros meses de 2017 vêm acompanhados de muitos ventos, trovoadas e tempestades, oriundos lá das bandas de Curitiba, temperados pelos documentos das delações premiadas da Odebrecht.

 

Qualquer tipo de previsão, negativa ou positiva, neste momento, é um tiro no escuro em relação à sucessão eleitoral em 2018.  Ninguém sabe quem estará com o CPF “limpo” perante a Justiça Eleitoral e nos demais órgãos fiscalizadores, como TSE, TRE, TCU, TCE, CGU, STJ, TJ-TO, TRF, Justiça Federal, Assembleia Legislativa e Câmara Municipal.

Além de passar por tudo isso, os postulantes a cargos eletivos terão que se ver às voltas com partidos políticos, coligações, grupos políticos, se situação ou oposição aos governos municipais, estaduais e federal e, o mais importante, se o povo deseja um candidato com o perfil que vai ser apresentado pelo político.

A CLASSE POLITICA E O NOJO DA SOCIEDA

A coisa está tão feia para os políticos que, antes considerados autoridades, “homens públicos”, hoje não têm coragem de ir a um restaurante badalado, morrem de medeo de serem reconhecidos em voos e evitam sair de casa para encarar o povo nos olhos.

Politico, hoje, é visto como marginal, bandido, ladrão. 99% dos detentores de mandatos eletivos tinham orgulho de ostentar o broche que o identificava como político.  Hoje, o broche fica escondido em casa.

Ser parente de político, antes, era orgulho e representava uma série de oportunidades.  Hoje tem filho de político que evita falar o que o pai faz da vida para os coleguinhas de escola. Ser parente de político continua representando uma série de oportunidades, mas pais, esposas, e filhos não sentem mais nenhum orgulho, pois o sentimento nas ruas é de nojo e total rejeição á classe política.

Rejeição a candidato é coisa séria. Não se apaga um índice de rejeição da noite para o dia. O maior adversário de certos candidatos é uma rejeição em torno de 30% dos eleitores. Hoje, a rejeição geral à classe política, já bate os 55%, segundo o Ibope. Trata-se de uma barreira que pode derrubar qualquer candidato.

Quando um candidato registra um índice de rejeição maior que a taxa de intenção de votos, é motivo de muita preocupação. Ou se providencia as estratégias e artimanhas políticas necessárias para tentar reverter esses índices, ou o candidato terá sérios problemas.

A rejeição deve ser convenientemente analisada, porque se trata de uma predisposição negativa que o eleitor adquire e conserva em relação a determinados perfis.

 

OS QUE ORA TOMAM POSSE

Voltamos à emblemática estatística dos 99% para alertar os atuais detentores de mandatos, mesmo os reeleitos, de que terão que ser rígidos com a conduta moral de seus mandatos, evitar gastanças desenfreadas – até porque nem tem dinheiro pra isso –, não abusar na contratação de parentes e fechar as torneiras dos gastos públicos, pois não haverá outro “milagre da repatriação de recursos”.  A matemática político/administrativa tem que ser exata, pois, pelos próximos 20 anos a Lei do Teto tem que ser cumprida à risca e quem cometer a sandice de não cumpri-la, estará cometendo crime e terá seu mandato sumariamente cassado.

Sem contar que o povo não tem mais paciência para esperar que os prefeitos eleitos fiquem de lenga-lenga para pôr a casa em ordem.  Se, em quatro meses, no máximo, nada acontecer, a população já vai começar a reclamar pois, como já afirmamos, cada eleito sabia o tamanho do abacaxi que teria pela frente.

 

AUDITORIA

Para não ser considerado conivente ou omisso, os aconselhamos os gestores a realizarem uma auditoria imediata nas contas dos municípios, no patrimônio móvel e imóvel e, em caso de constatação de irregularidades, que torne tudo público o mais rapidamente possível, comunicando aos órgãos competentes, como o Ministério Público Estadual e Federal, TCE, TCU e, mais ainda, caso tenha alguma dificuldade, algum obstáculo na regularização, que acione a Câmara Municipal e requeira a abertura de CPI.

A hora, agora, é de mostrar serviço, mostrar a que vieram, sem babação de ovo, sem conversa mole de herança maldita.  Todo os candidatos eleitos sabiam da situação que iriam encontrar pela frente e prometeram mudanças aos eleitores, logo, o povo espera muito dos seus representantes e cada um deles será julgado pelo cumprimento de suas palavras, das promessas de campanha e, principalmente, pelo trabalho que vão desenvolver em suas gestões.

O povo não tem mais paciência para enganadores ou preguiçosos.

 

SENADORES E DEPUTADOS

Aos senhores senadores e deputados federais e estaduais, este ano precisa ser de muito trabalho e competência.  Primeiro porque o Tocantins necessita disso, segundo porque o povo está mais atento que nunca ao que cada um de vocês vai fazer por ele.

É a hora de mostrar, de tornar público, tudo aquilo que os senhores já fizeram de real, de palpável, pois, como dizem os jovens de hoje, “a fila anda” e tem muita gente com garra, disposição e vontade de trabalhar que pretende colocar seus nomes à disposição do povo nas próximas eleições e, cada um dos senhores detentores de mandatos atuais, vai colher, em 2018, o que plantou, portanto, é hora de mostrar serviço e o que já foi feito.

É bom lembrar, também que o “caixa 2” é coisa do passado.  As empreiteiras querem distância dos políticos e os órgãos fiscalizadores já sabem onde procurar e onde vigiar, sem contar os adversários prontos para denunciar qualquer deslize.

Os eleitores vão à cabine de votação, em 2018, para decidir muita coisa de uma só vez, pois serão escolhidos os candidatos a presidente da República, governador, dois senadores, um deputado federal e um estadual.  Os eleitores estão conscientes do seu papel e as urnas já deixaram claro, em 2016, que a renovação é a palavra que define as eleições daqui pra frente e o voto de protesto é uma realidade intangível e representa a oportunidade de “demitir” aqueles que tiveram a oportunidade e nada ou pouco fizeram.

É hora de se adequa á realidade atual e resgatar um mínimo de dignidade à classe política e ao eleitor, por conseguinte.  Ou seja: eleição, política, mandato e voto, hoje, são coisas sérias demais para se considerar apenas um modo de ganhar dinheiro.

Estamos de olho!