De acordo com um levantamento feito nos partidos, até o momento cerca de dez pessoas lançam-se candidatos para concorrer as eleições municipais, só na Capital. O que indica que em Palmas a disputa será acirrada. Ainda assim, esse número pode sofrer alterações haja vista que até as convenções (que acontecem de 20 de julho a 05 de agosto), as bases menores podem coligar-se a outros partidos e fortalecer grupos.
Candidata Palaciana
Nos bastidores da sucessão palmense e com o apoio do Palácio Araguaia, a vice-governadora Claudia Lelis do PV encabeça uma das chapas que participará da disputa. Claudia nos últimos meses com seu esposo, Marcelo Lelis e centenas de companheiros e simpatizantes da proposta do grupo têm visitado os bairros da Capital ouvindo a população, entidades, empresários e representantes classistas e discutindo soluções para sanar problemas apresentados.
O que surpreendeu, no entanto, nos últimos dias foi a ventilação de que o nome de Derval de Paiva, presidente do PMDB, pode compor a chapa e ser vice de Claudia. De acordo com uma fonte palaciana, o nome de Derval como vice foi bem recebido pelo grupo. Segundo ele, o presidente do PMDB é de grande valia, tem experiência na administração pública uma vez que já foi deputado estadual e ex-secretário da agricultura de Goiás e entra para somar forças e conhecimento.
Outro fator que agrega força ao nome de Derval é o fato de ele ser do partido do Governo do Estado e atualmente da Presidência da República, e do senado o que facilitaria as relações. Michel Temer, presidente do Brasil, tem atualmente a missão de tirar o país do marasmo no qual se encontra. Somado a isso Claudia destacou-se na vice-governadoria do Estado como figura forte, a voz da mulher guerreira, destemida, que traz propostas viáveis e efetivas para resolver os problemas da Capital. As pesquisas trás bons resultados para o grupo no fator opção em intenções de votos.
Kátia Abreu poderá apoiar Raul Filho
A senadora Kátia Abreu, também do PMDB, aliada fiel da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) poderá apoiar o ex-prefeito Raul Filho. Raul que atualmente está filiado ao PR, mas por vários anos compôs a sigla do PT no Estado. Conforme o que foi levantado, o possível apoio da senadora ao candidato se deve a uma articulação política entre Raul Filho (PR), o deputado Carlos Gaguim (PTN) e o senador Vicentinho Alves (PR).
Somando ao grupo, o nome do vereador João Campos, do PSC tem sido cogitado para ser o candidato a vice-prefeito de Raul. Caso Kátia apóie o grupo, isso pode ainda interferir na candidatura a reeleição do prefeito Carlos Amastha, já que o PSD é presidido pelo deputado federal Irajá Abreu, filho da senadora. No entanto o PSD poderá aliar-se ao grupo de Raul, e fortalecer as alianças. Com esse ato, apesar de por enquanto estar no mesmo partido político, o PMDB Kátia deixa claro que nestas eleições municipais é oposição ao Palácio Araguaia, bem como ao Palácio do Planalto. A senadora já deixou claro, por inúmeras vezes que não tem compromisso algum com o partido e sim com os aliados.
O Paralelo 13 tentou, sem sucesso, contato com o senador Vicentinho Alves que conforme informado esta em viagem no interior do Estado. No entanto, apesar da assessoria do senador não adiantar nada em relação as conversações dos senadores, Kátia Abreu e Vicentinho, garantiu que as conversações encontram-se avançadas, e que há uma possibilidade de aliança política não só para as eleições da Capital, bem como diversos outros municípios como Porto Nacional, Gurupi, Colinas, Araguaína, dentre outras.
Ainda de acordo com a assessoria, no decorrer da próxima semana, o grupo poderá reunir-se mais uma vez para o acerto final.
Reeleição de Amastha
Pouco se sabe sobre a candidatura a reeleição do prefeito Carlos Amastha. O que se sabe com clareza até o momento é que ele disputará as eleições. O prefeito, atualmente é filiado ao PSB. Os possíveis nomes para compor a chapa na função de vice-prefeito também não foram definidos. Até o momento diversos foram apresentados.
Amastha, que atualmente sofre uma forte rejeição, tem como desvantagem em relação a eleição de 2012 não apresentar-se mais como o novo, o inovador. O prefeito adquiriu uma grande carga de insatisfação populacional na atual gestão. Para reeleger-se será preciso reverter esse quadro.
Surpresas
Sem subestimarmos a força dos grupos, encabeçados pelos pré-candidatos, Carlos Amastha, Claudia Lelis e Raul Filho, não está descartado que o eleitorado palmense que não está contente com a administração de Carlos Amastha, nem com o Governo de Marcelo Miranda, (que apóia a vice-governadora) e tampouco com a gestão passada de Raul Filho, veja num quarto candidato uma alternativa para o Paço.
Sabemos que durante as eleições, o embate político e a disputa de poder e força será grande. O confronto certamente terá muitas ações judiciais oriundas de especulações e acusações a por parte de todos os candidatos, que trará a público não só fatos dos próprios candidatos, bem como de seus apoiadores. Caso surja uma via, sem o apoio explícito de políticos já conhecidos no cenário, com um candidato sem passado, e denúncias de improbidade administrativa que não esteja respondendo processos no TCE e no Ministério Público Estadual, superfaturamento, suspeita de licitação fraudulenta, candidatos ficha limpa, que apresente boas propostas há uma grande possibilidade de ser a opção do eleitorado palmense.
Ainda assim é importante salientar que esta análise é foi feita com base em informações no qual possuímos. Todos os dados trabalham com hipóteses, mas só teremos certeza do real cenário político à partir das convenções que devem acontecer até o dia 05 de agosto