O Paralelo 13, por meio de suas ótimas fontes em Brasília, acaba de tomar conhecimento de uma ofensiva que a cúpula nacional do Podemos implementará, já no início de 2020, nos 90 primeiro dias, para eliminar, nas Comissões Estaduais, qualquer tendência de atuações em favor do governo de Jair Bolsonaro.
Por Edson Rodrigues
Um monitoramento já está sendo feito de forma discreta, estado por estado. Já é fato que a cúpula nacional do Podemos será efetiva e atuante no que diz respeito à oposição total ao governo federal, tanto no Congresso quanto nas opiniões e posicionamentos na mídia, num exercício de demarcação oposicionista de território.
O Podemos, inclusive, deve concluir até o fim do mês um processo contra o deputado federal pastor Marco Feliciano (SP) que, Em 2018, durante a campanha, declarou apoio ao presidente Jair Bolsonaro, apesar de o partido ter um candidato próprio: o senador Alvaro Dias. A possível saída forçada de Feliciano já ocorre dentro da estratégia do Podemos de se afastar do “bolsonarismo” e se firmar como a sigla da Lava Jato, colocando na mira outros “Marcos Felicianos” que agiram da mesma forma, em situações diferentes, dentro do partido.
TOCANTINS
O prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, considerado um dos melhores prefeitos do Tocantins, vinha fazendo um trabalho de captação de lideranças do PTB em sua cidade e nos municípios da Região do Bico do Papagaio. Com o novo posicionamento da cúpula nacional, Dimas sofreu um golpe impiedoso com a jogada de mestre do Palácio Araguaia, que tomou de assalto o PTB, dissolvendo a Comissão Provisória do partido e imediatamente nomeando o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Toinho Andrade, como o novo mandatário da legenda no Estado.
"TROCO”
Ronaldo Dimas foi à Brasília, articulou e tomou o controle do Podemos no Tocantins, que estava sob a batuta de Claudisnei Quaresmim, sobrinho do governador Mauro Carlesse, deixando o placar empatado em 1 x 1.
Dimas é aliado do senador Eduardo Gomes, líder do governo Bolsonaro no Congresso, e fica entre a cruz e a espada, caso essa postura da cúpula do Podemos, em ser oposição atuante ao governo federal se concretize. Ou ele segue a orientação da cúpula do seu partido ou permanece ao lado de Gomes, seu amigo e parceiro de longas datas e décadas, deixando os filiados do Podemos com pretensões de disputar um mandato eletivo no pleito de outubro de 2020 num verdadeiro “mato sem cachorro”.
Os que são, também, aliados de Eduardo Gomes, devem optar por defender o governo de Jair Bolsonaro, mas os que são “crias” de Dimas devem permanecer de acordo com suas diretrizes.
MAS, CONTUDO, TODAVIA...
Por outro lado, Ronaldo Dimas também é oposição ao governo de Mauro Carlesse, com interesses conflitantes entre ambos, mas, até agora, nada pessoal, apenas no campo político.
Mas, como em política nada é exato como na matemática, fica-nos impossível traçar uma previsão para as proximidades de outubro de 2020.
Segundo constam informações exclusivas, guardadas a sete chaves e que correm entre pouquíssimos ouvintes, há a possibilidade hipotética de uma aproximação entre Carlesse e Dimas, um agrupamento de forças, com conversas e entendimentos muito mais adiantados que qualquer mero cristão imagina. Um ajuntamento que seria deveras benéfico aos dois, com dividendos altos para o Estado do Tocantins.
Segundo consta, é mais fácil que os dois, Dimas e Carlesse, cheguem juntos às eleições de outubro de 2020, que separados como estão hoje.
Nossa equipe tentou contato com o prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, presidente do Podemos-TO, mas as ligações caíam na caixa de mensagens. Em conversa com um de seus assessores, ficamos sabendo que Dimas está em viagem.
Mais informações, a partir de março de 2020.
Aguardem!