O comerciante Washington Luís Gomes, de 42 anos, foi preso suspeito de cometer fraude contra o seguro-desemprego. A suspeita da Polícia Federal é de que Gomes seja integrante de uma quadrilha que comete esse tipo de crime em vários estados do país. Segundo o delegado Omar Peplow, da PF. Segundo as investigações da PF de Araguaína, ele deveria receber um lote com mais 44 cartões. A prisão aconteceu em Guaraí, na terça-feira (3). Gomes foi flagrado com 15 cartões do cidadão em nome de terceiros.
Segundo o delegado da Polícia Federal de Araguaína, Omar Peplow, o golpe ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), através do Seguro Desemprego. “O cartão é solicitado, não é uma segunda via, então o trabalhador existe. Eles (fraudadores) conseguem a segunda via com esse acesso ao sistema, fazem a demissão do trabalhador, e com o cartão eles se habilitam a receber o seguro desemprego.(...) O trabalhador tem tido dificuldades para receber seus direitos enquanto o fraudador tem recebido de maneira fácil.”
Ainda segundo o delegado Omar, a suspeita é que além de Gomes há muitas pessoas envolvidas no esquema fraudulento, como funcionário do Sine, Caixa Econômica e dos Correios. “Sozinho ele não conseguiria fazer a extensão do golpe, além de conseguirem os documentos de terceiros e fazerem seção falsa do esquema seguro desemprego, saques de várias regiões do país, porém é necessário ter mais de uma pessoa participando.”
Os danos aos cofres públicos poderiam chegar a R$ 286.000,00 (duzentos e oitenta e seis mil reais). Com o preso, foi apreendido um extrato de saque do Seguro-Desemprego, em nome de terceira pessoa, ocorrido em 02/06/2014, no valor de R$ 1.304,00 (um mil trezentos e quatro reais).
Anida foram apreendidos também vários comprovantes de depósitos em dinheiro tendo como favorecido o preso, dinheiro em espécie e um veículo Golf ano 2014. O preso foi encaminhado para a CPP de Araguaína e está à disposição da Justiça Federal de Palmas/TO.
Dentre os crimes cometidos pelo grupo estão a falsidade ideológica, estelionato majorado, associação criminosa e corrupção ativa, caso seja confirmado a participação de algum servidor público, cujas penas podem chegar a 28 anos de reclusão.
(Ascom PF)
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