Para o senador as renúncias de abril são “plano maquiavélico”
O senador Ataídes Oliveira (Pros) usou a tribuna do Senado na manhã desta quinta-feira, 5, para relatar as dificuldades enfrentadas pelo Estado, em decorrência do que chamou de "ação de maus administradores e da corrupção". Ele observou que, apesar de suas imensas riquezas naturais, o Tocantins ainda "é refém" dos repasses federais por meio do Fundo de Participação dos Estados (FPE), de onde provêm 62% das suas receitas, porque a arrecadação própria não passa de R$ 1,4 bilhão ao ano.
Ataídes: "Superar a situação atual é muito fácil" Segundo o senador, a situação é grave em todas as áreas, especialmente na segurança e na saúde. O Estado, de acordo com Ataídes, contaria apenas com um hospital regional e acaba de sair de uma greve de professores, que lutavam pelo cumprimento de direitos que já tinham. Ele acusa a falta de investimentos em infraestrutura e saneamento básico e cobra a construção de um centro de convenções para eventos com a finalidade de atrair negócios. "Lamentavelmente, as coisas não são muito boas. O Estado é um gigante adormecido", acentuou.
Apesar dessa situação, ele observou que o Tocantins tem uma das maiores áreas entre os Estados, com 277 mil quilômetros quadrados, 15 milhões de hectares prontos para plantio, uma das maiores bacias de água doce do mundo, com dois grandes rios (Tocantins e Araguaia), além de grandes reservas minerais e elevado potencial energético.
"Superar a situação atual é muito fácil, não tem segredo nenhum, porque temos tudo: o que precisamos é de um administrador ou uma administradora que conheça a fundo nossas riquezas e que queira fazer' uma ruptura na nossa política, hoje pútrida e petrificada", afirmou.
O senador disse que, em quatro anos, o Tocantins teve oito governadores. Destacou as renúncias do ex-governdor Siqueira Campos (PSDB) e do ex-vice João OIiveira (DEM), que, segundo ele, decorreram de um “plano maquiavélico” de desincompatibilizações noves meses antes do encerramento do mandato e eleição do governador Sandoval Cardoso (SD) pela Assembleia Legislativa. O objetivo teria sido assegurar a candidatura de filho do ex-governador, o ex-secretário de Relações Institucionais Eduardo Siqueira Campos (PTB), que continuaria "dando as cartas" no governo, de acordo com o parlamentar.
Fonte: Agência Senado