Em tempos de recessão todos apertam os cintos. É assim nas compras de casa, na redução dos programas de lazer, enfim, em tudo o que é feito. Reduz-se o ganho, automaticamente restringem-se os gastos
Por: Edson Rodrigues
No orçamento do País não é diferente. Ao que tudo indica, o presidente da República, Jair Bolsonaro, não destinará os R$273,5 milhões dos cofres públicos para patrocinar os carnavais das principais capitais do País. Apesar de ser uma tradição, conhecido como uma festa cultural, priorizemos o que é prioridade.
A festa popular foi cancelada em vários municípios brasileiros pelo mesmo motivo. Existem outras prioridades. Em Porto Nacional, Capital da Cultura, no entanto, o secretário de Turismo, Arnaldo Bahia foi claro ao postar em sua conta, na rede social, “aviso aos que torcem para que nada de bom aconteça em nossa cidade, próxima semana o prefeito Joaquim Maia estará anunciando o CarnaFolia 2019”.A realidade de contenção de custos não é apenas a nível de Brasil, o governador Mauro Carlesse anuncia desde o dia primeiro uma série de medidas com os mesmos critérios: economizar.
O secretário de Turismo acredita mesmo que em tempos de recessão, onde falta-se o básico, a sociedade irá vibrar com uma festa de Carnaval? Falta da equipe do Executivo portuense maturidade para gerir os recursos oriundos de pagamentos de impostos, no qual todos, leia-se todos, querem que sejam aplicados em benefício coletivo com ações perecíveis, a exemplo disto é o prédio do Mercado Central fechado, onde a comunidade não pode usufruir das suas dependências, uma vez que sua reforma e ampliação iniciada na gestão do ex-prefeito Otoniel Andrade, está paralisada desde o último mês da gestão do ex-prefeito. Assim como necessitamos da reforma da praça principal, Praça Centenário e do terminal rodoviário.
Prédio Público onde funcionava a Biblioteca Municipal Eli Brasiliense também fechado
Senhor secretário, Arnaldo Bahia, sabemos da importância do turismo, de como é necessário momentos de lazer em nossas vidas e para a comunidade, mas sentimos na pele, ou no bolso, as ruas esburacadas. Somos cientes da necessidade da reposição de lâmpadas nas ruas e praças, a reposição de medicamentos e materiais hospitalares, e a manutenção das estradas vicinais para o tráfego dos produtores e de toda à população. Não justifica o município gasta recursos com contração de cantores, bandas, em detrimento de ações emergenciais como o roçamento do matagal que invade as ruas e avenidas das cidades.
O caos em Luzimangues
O Distrito de Luzimangues, município de Porto Nacional, é a “galinha dos ovos de ouro”, mas um caos administrativo. Caso o secretário do Turismo, que defende tanto o Carnaval, que de fato é bom a todos, reconhece tanto a importância de levar “coisas boas” a comunidade porque não em acordo com os demais membros do primeiro escalão reverterem este montante em obras que de fato importam. Sigam o exemplo dos Executivos Federal e Estadual, não ateie fogo em recursos arrecadados com o suor da população.
MPE
Carnaval em Porto Nacional - 2014
Diante do exposto esperamos que os membros do Ministério Público Estadual (MPE), de Porto Nacional, que sempre desempenharam um bom trabalho de fiscalização, sejam nossos olhos no acompanhamento desta possível contratação com dispensa de licitação. Porto Nacional grita por socorro diante da falta de gestão administrativa do Executivo, uma vez que pacientemente todos aguardam há dois anos.
Há dois anos a população torce para que o Executivo decole rumo ao Desenvolvimento. Mas até hoje, não disse a que veio, não se sabe quem está desprovido de conhecimento administrativo se é o Executivo ou seus auxiliares.
Unidade de Pronto Atendimento em Porto Nacional sempre lotada...
Praia, semana da cultura, que sempre trazia milhares de pessoas dos municípios vizinhos e de outros Estados, estas ações que aquecem nossa economia, nos últimos dois anos passou a ser coisa do passado.