PORTO NACIONAL PRECISA DISCUTIR PRÓXIMA GESTÃO MUNICIPAL

Posted On Sexta, 14 Julho 2023 09:13
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Nossa amada Capital da Cultura Tocantinense completou 162 anos da sua emancipação política no último dia 13. Não são 162 dias, há uma história sofrida, de lutas, de sacrifícios e de vitórias por trás dessa conquista, e as atuais gerações portuenses tem, sim, uma grande dívida com o assado e com os nomes que compuseram e construíram esse passado.

 

Por Edson Rodrigues

 

Despidos de interesses pessoais e umbilicais, homens e mulheres lutaram não só por Porto Nacional, mas pelo Tocantins. Não foram apenas portuenses, mas agiram unidos por uma só causa, mantiveram a chama separatista acesa. Muitos tiveram eu sair desta cidade para buscar o conhecimento e a sabedoria em Goiânia, Rio de Janeiro e, depois, em Brasília, onde plantaram a semente que se transformou em uma árvore frondosa e frutífera, altamente fértil, tornando-se profissionais e políticos de renome.

 

Uma vez com o reconhecimento pessoal, uniram forças para buscar o tão sonhado Estado do Tocantins, criando dois núcleos distintos – Cenog e Conorte -, mas que trabalharam em conjunto com habilidade e poder de articulação que redundou, na Constituinte de 1988, no primeiro Estado a ser criado a partir de um ideal e de milhares de assinaturas colhidas município por município, em reuniões prévias, coordenadas por filhos de Porto Nacional, como José Carlos Leitão, Cézar Maia, empresário portuense da construção civil, e dezenas de outros nativos destas terras dedicadas à Nossa Senhora das Mercês.

 

FUTURO A SER PLANEJADO

 

Independente de quem venha a ser o próximo prefeito de Porto Nacional, se governista ou oposicionista, será de suma importância o resgate de um modelo de gestão inovador, realizador, destravado, independente, comprometido apenas com o futuro da população portuense, com apoio ao turismo e outros setores que propiciem a geração de empregos e dividendos que abasteçam os cofres municipais e proporcionem capacidade de investimento em obras e ações sociais.

 

Para além disso, os nomes dos vereadores que comporão a Câmara Municipal também precisam ser muito bem estudados, pois serão os representantes legítimos do povo, com poder – e obrigação – de cobrar a administração municipal as promessas e a satisfação das expectativas dos eleitores.

 

Infelizmente, somos obrigados a aceitar que será preciso uma verdadeira faxina no Legislativo portuense, pois os que o compõem, hoje, se mostram incapazes de cumprir essa missão, assim como também tem sido a atuação do Executivo e de tantas outras “lideranças” que vêm se perpetuando nos desígnios das agremiações políticas com representatividade em nossa cidade.

 

As pontes de Porto Nacional

 

Chega das intermináveis reuniões com o governo do estado para “discutir as reivindicações portuenses”, sem nenhum ou pouco resultado prático, em atuações lenientes e preguiçosas como já fomos testemunhas em alguns momentos da nossa história política.

 

EXEMPLOS

A atual estagnação que se abateu sobre Porto Nacional, nos faz ser saudosos de representantes políticos como Dr. Euvaldo Thomaz, (foto) a quem testemunhamos levar ao então governador Irapuã Costa Jr., nos tempos de Goiás, que foi curto e direto: “nem eu nem meus companheiros não queremos cargos no seu governo. Quero dinheiro para minha gestão. Eu, o prefeito, represento o povo que quer a construção da Ponte sobre o Rio Tocantins. Já discutimos o assunto com todas as lideranças da nossa cidade, e é apenas isso que queremos”.

 

Impressionado com a determinação de Dr. Euvaldo, Irapuã Costa Jr. (Foto) Teve que fazer pronunciamento, em plena Praça do Centenário, ante milhares de portuenses, ao lado do próprio Dr. Euvaldo e do Comandante Vicentão: “meu amigo Dr. Euvaldo Thomaz, diga ao povo de Porto Nacional que o governo de Irapuã Costa Jr. Vai construir essa grande obra. Estarei em Brasília, em busca de recursos federais para realizar esse sonho portuense, de ter a ponte sobre o Rio Tocantins”. E não só a ponte saiu do papel, como veio, também, o Centro Social Urbano.

 

Já no governo de Ary Valadão, a grande conquista foi a iluminação elétrica em toda a cidade, aposentando de vez a iluminação tocada à motor à diesel.

 

Talvez a atual geração não saiba que a cidade em que residem só tem esse ar urbano e propicia as condições de habitação e sua força econômica, por obra e trabalho de conquistas como essas, além de outras, obtidas por importantes lideranças políticas que já se foram, não estão nos livros de história, mas deixaram suas marcas indeléveis em cada rua e avenida da nossa cidade.

 

O MOMENTO OPORTUNO   E OS TABUS

Governador Wanderlei em Porto Nacional

 

Logo, o próximo a sentar na sala principal da Prefeitura portuense deve ter analisada, por parte dos eleitores, a capacidade de resgatar esse passado de conquistas, abraçar os novos sonhos da nossa população, elencar as principais demandas e priorizar as ações que tragam de volta nossa importância regional e o orgulho de ser portuense, honrando esse passado de lutas e conquistas e iniciando um novo ciclo de desenvolvimento econômico.

 

Deve ser uma pessoa capaz de calçar as sandálias da humildade – assim como as lideranças classistas e empresariais -, conviver com toda as vertentes políticas, aproveitar as boas ideias e discutir com a sociedade as prioridades, aquilo que o povo realmente precisa e não tentar tapar o sol com a peneira agindo um pouquinho aqui e acolá, sem dar um norte, uma cara ou uma marca ao seu governo. Traduzindo em miúdos, sem ser apenas mais um prefeito, apenas mais uma administração, pois de administrações preguiçosas, estamos pra lá de cansados.

 

Wanderlei Assina ordem de serviços

 

Há, porém, dois tabus a serem quebrados, dependendo dos desejos dos eleitores portuenses. O primeiro será eleger um prefeito que seja apoiado pelo Palácio Araguaia, caso a população esteja satisfeita com as ações do governo de Wanderlei Barbosa relativas à Porto Nacional. Se for essa a situação, o deputado federal Toinho Andrade, que começou sua vida política como vereador portuense, quando foi presidente da Câmara Municipal, foi deputado estadual e, igualmente, presidente da Assembleia Legislativa e, hoje está na Câmara Federal como o parlamentar mais bem votado para o cargo nas últimas eleições.

 

Caso a opção da população seja diferente, o tabu a ser quebrado é o de reeleger um prefeito de Porto Nacional, no caso o empresário Ronivon Maciel, candidato declarado a continuar no Palácio Tocantins, em uma votação que seja diferente das últimas eleições.

 

Há, ainda uma terceira via, com espaço para crescer e se tornar competitiva.

 

Logo, a responsabilidade quanto ao futuro de Porto Nacional não está apenas nas mãos dos partidos políticos em colocar as pessoas mais capazes para concorrer à prefeitura. Está, principal e decisivamente, nas mãos dos eleitores que devem escolher o tipo de futuro que querem para a nossa cidade.

 

Essa é a nossa opinião.

 

 

Última modificação em Sexta, 14 Julho 2023 11:03