Bastou hipótese ser levantada após a reunião do partido no último sábado para que membros tradicionais se manifestassem contrários
Por Edson Rodrigues
Parece não haver mesmo clima para uma possível união entre Marcelo Miranda e Siqueira Campos na disputa eleitoral de outubro próximo, pelo menos no primeiro turno. No último sábado, durante a reunião promovida pelo MDB, foi aventada a hipótese de uma união de forças com Siqueira Campos, assim como foram deixadas portas abertas para outras vertentes políticas, com exceção do prefeito de Palmas Carlos Amastha.
Mas a notícia caiu como uma bomba na ala mais tradicional do MDB e nos siqueiristas fanáticos em todo o Estado. As críticas mais brandas contam que um não conseguirá transmitir votos ao outro. Já os mais radicais já pensam em mudar de candidato caso a união se concretize. Ou seja, é “caixão e vela preta” para Marcelo e Siqueira em sua pretensões, como diz a sabedoria popular.
As vozes contrárias vêm dos quatro cantos do Tocantins, de Porto Nacional à Araguacema, de Monte do Carmo a Pedro Afonso, passando por Formoso do Araguaia, lideranças políticas ligadas tanto a Marcelo quanto à Siqueira de manifestaram total desagrado, citando, inclusive, casos de perseguições políticas, como foi o caso de um quadro do MDB, prejudicado por ser ligado a Marcelo Miranda.
Quem assiste a tudo isso de camarote é o prefeito de Palmas, Carlos Amastha, que torce pela oficialização da união entre Siqueira e Marcelo já no primeiro turno, uma vez que a possibilidade de união entre os dois fere de morte os sentimentos de quem já foi vítima da rivalidade entre os dois grupos políticos e podem acabar “caindo no colo” do prefeito de Palmas.
Já para o segundo turno, com uma união pela governabilidade do Estado, aí a coisa muda de figura, com portas abertas nos dois lados para um entendimento político.
Caso insistam em se unir já no primeiro turno, as consequências podem ser catastróficas!
Em nossa próxima edição impressa, traremos um relato completo dessa situação e seus efeitos junto ao eleitorado tanto de Siqueira quanto de Marcelo Miranda.