Enquanto legendas consideradas tradicionais patinam com desavenças internas, senador Vicentinho Alves e seu filho, deputado federal Vicentinho Jr. comemoram filiações
O senador Vicente Alves de Oliveira, do PR, membro da Mesa Diretora do Senado Federal vem colhendo os frutos de um trabalho “de formiguinha”, desenvolvido junto com seu filho, deputado federal Vicentinho Jr., visitando municípios e mais municípios tocantinenses a cada fim de semana, angariando apoios importantes para o partido, em busca de fortalecimento da legenda para as eleições de 2016.
Sem levantar polêmicas ou gerar atritos com outros partidos, fazendo tudo na base da “política da boa vizinhança” e de um grande trabalho de convencimento, os dois têm conseguido trazer para as fileiras do partido bons quadros políticos de todos os rincões do Estado. Nesta quinta-feira (27), o senador recebe em seu gabinete, em Palmas, nada menos que seis prefeitos e vários vereadores, para abonar suas fichas de filiação ao PR.
Enquanto isso, um grande evento está sendo programado para uma filiação em massa ao partido, em que empresários, lideranças, ex-deputados estaduais, vice-prefeitos, vereadores e pretensos candidatos estarão ingressando no PR, a despeito da abertura ou não da “janela” para filiações a ser aprovada – ou não – na reforma política.
A assessoria do senador em Palmas, sob o comando de Argemiro Silva, vem coordenando os trabalhos e ações políticas no Tocantins, afirmou que tanto o senador quanto seu filho estão concentrados em Brasília, num esforço conjunto para a liberação de verbas e convênios do governo federal para os municípios tocantinenses, sejam comandados por integrantes de que partido for: “o importante para nós o desenvolvimento do Estado como um todo. Se um município se desenvolve, traz bom reflexos para todos os municípios vizinhos. Esse é o nosso ponto de vista”, afirmou o assessor, completando que as visitas de pai e filho continuarão ainda mais intensificadas, aos fins de semana “para ouvir as demandas e reivindicações de todos os municípios tocantinenses que, como todos sabem, são as grandes vítimas da recessão por que passa o nosso País”, concluiu.
DESUNIÃO E ENFRAQUECIMENTO
Enquanto isso, alguns dos principais partidos tocantinenses se digladiam internamente, demonstrando desunião e desencontro de idéias, enfraquecendo suas participações e influência nos municípios.
O PMDB teima em não aceitar a liderança óbvia da senadora Kátia Abreu, cada vez mais forte junto ao governo Dilma Rousseff, esquecendo-se que trabalhar contra a ministra da Agricultura é trabalhar contra a natureza econômica do Tocantins, que é a agropecuária. Essa luta interna enfraquece, também, o governo Marcelo Miranda, que fica sem apoio federal em suas demandas e em conflito constante de interesses internos, o que o faz deixar de lado importantes questões que afligem o povo tocantinense.
Já o PT, apesar de ser o mesmo partido que governa o País, no Tocantins vive o desgosto de não ter o mínimo prestígio, a mínima atenção, por parte da sua cúpula nacional.
Desgastado pelos escândalos que assombram o povo brasileiro, o PT nacional não presta um grande serviço aos seus quadros tocantinenses, que preferem se desgarrar da figura de um governo que tem 91% de rejeição junto à população.
Já o PP, tem seu presidente estadual, o deputado federal Lázaro Botelho. Com o nome atolado até o pescoço no “mensalinho” do Congresso Nacional, o que, para muitos, soa até como piada, pois nem nas grandes falcatruas o parlamentar tocantinense consegue se envolver.
Mas o PSB é o caso mais emblemático. O presidente estadual, o prefeito de Gurupi, Laurez Moreira, tanto fez para trazer o prefeito de Palmas para o partido que, após alguns dias, a cúpula nacional simplesmente “trocou” Laurez por Amastha e fez do colombiano seu principal interlocutor para assuntos tocantinenses. Trocando em miúdos, Laurez foi engolido por Amastha e, agora, briga contra seu próprio pupilo pelo comando do partido no Estado, deixando as eleições do ano que vem em segundo plano.
Coisas da política tocantinense.
Quem viver (e não trocar de partido), verá!