Sergio Moro deixou o Podemos antes da eleição
Por Naian Lucas Lopes
O Podemos está contestando a decisão judicial que resultou no bloqueio de suas contas. O partido alega que cumpriu parte do contrato firmado com a agência de publicidade D7, no valor de dois milhões, referente à pré-campanha do ex-juiz Sérgio Moro para a presidência da República. Segundo o contrato, a empresa deveria realizar a produção de propaganda partidária para os órgãos estaduais e nacionais no primeiro semestre de 2022.
Segundo a legenda, a D7 executou a primeira parte do contrato, elaborando materiais para veiculação nos órgãos estaduais entre fevereiro e abril de 2022. Contudo, após a desfiliação de Moro do Podemos, a agência não produziu o material de propaganda para o horário nacional, previsto para ser veiculado em junho do mesmo ano.
Diante disso, a agência recebeu apenas metade do valor contratado e busca reivindicar a segunda parte do pagamento. No entanto, Podemos se defende, argumentando para a coluna Panorama que a D7 não cumpriu integralmente o contrato, e efetuar o pagamento seria ilegal e poderia configurar enriquecimento ilícito da produtora.
A decisão da Justiça de São Paulo, que determinou o bloqueio do fundo partidário do Podemos, se tornou pública nesta segunda-feira (31). A agremiação é acusada de não pagar R$2 milhões à agência de publicidade.
Na época da contratação, o Podemos montou uma estrutura para impulsionar a pré-candidatura de Sérgio Moro à presidência. Mas o ex-juiz saiu da legenda na reta final da janela partidária, se transferindo para o União Brasil e desistindo da corrida eleitoral presidencial.