Por Edson Rodrigues
Tendo em vista a antecipação das pré-candidaturas e da própria campanha sucessória que está acontecendo no Tocantins, assim como nos demais estados brasileiros, por parte dos candidatos a deputado federal e estadual, que estão se filiando a partidos muito antes do dia dois de abril, prazo final para que isso aconteça, pode-se, com toda tranquilidade, afirmar que esses pré-candidatos estão pouco se lixando para os candidatos a governador e senador que seus partidos apoiarão.
O que esses pré-candidatos buscam, na verdade,são as chapinhas, sem candidatos á reeleição e estão fazendo as contas dos possíveis votos com os quais poderão contar em cada município, cada um tratando de colocar a “máscara de oxigênio” em si, primeiro, para poder pensar com mais segurança sobre a eleição de outubro próximo, sem perder tempo nem procrastinar.
GIRO DE CONVERSAS
O Observatório Político de O paralelo 13 aproveitou este feriado prolongado do que deveria ser o carnaval, para fazer um “giro virtual” pelo Tocantins, conversando com pré-candidatos a deputado estadual ou federal de todas as regiões do Estado. 90% dos pré-candidatos com quem conversamos, afirmaram querer estar filiados ao partido pelo qual vão disputar as eleições, no máximo, até o próximo dia 20 e, quase por unanimidade, afirmaram não estar preocupados com os nomes para o Senado ou para o governo do estado,. Afirmando que “isso é coisa para as Convenções”.
A preferência pelas chapinhas também foi quase unânime, com todos buscando partidos sem “medalhões” em gozo de mandato, que buscarão uma reeleição, para que possam trabalhar suas campanhas sobre as chances reais de eleição que possuem.
ABREUS SE PREPARAM PARA O EMBATE
O senador Irajá Abreu vem preparando o PSD, partido que preside no Tocantins, para uma disputa majoritária por “mar, ar e terra”, ou seja, se valendo de todas as “armas” possíveis para a eleição de dois de outubro. Por enquanto, não está descartado nem que o próprio Irajá possa vir candidato ao governo – o que não é sua meta -, mas, por enquanto, tanto Irajá quanto sua mãe, Kátia, estão caprichando na formação de sua chapas proporcionais, reunindo candidatos a deputado federal e estadual com força e nome políticos que possam empoderar ainda mais seus partidos, PSD e PP, respectivamente.
PSD e PP são dois partidos fortes, com um bom Fundo Eleitoral e um Horário Gratuito de Rádio e TV capaz de fazer a diferença, quando unidos, o que os torna capazes de bancar várias candidaturas proporcionais dos dois partidos, mesmo que agindo individualmente, mas em um mesmo palanque.
Os Abreu sabem que são considerados “persona non grata” pela maioria dos deputados estaduais, isso é um fato. E, já prevendo a hipótese de não serem mesmo aceitos pelos deputados estaduais, têm esse “plano B”, que seria a candidatura de Irajá ao governo, mesmo o a briga pelo comando do PP no Tocantins ainda não ter definido se ficará ou não com Kátia Abreu.
O Observatório Político de O Paralelo 13, no início do mês de fevereiro, publicou um “Olho no olho” com o título: “Nem Wanderlei nem Paulo Mourão. Candidato será Irajá Abreu”. Essa hipótese aventada por O Paralelo 13 está se provando acertada e a movimentação política até as Convenções pode confirmar que o caminho para os Abreu será o “plano B”.
Senadores Irajá Abreu e sua mãe senadora Kátia Abreu
Kátia e Irajá Abreu sabem e fazem questão, também de manter milhões de quilômetros de distância dos deputados estaduais desta legislatura, tanto que, nas chapas proporcionais tanto do PSD quanto do PP, não há nenhum dos deputados estaduais participando.
Os próximos dias que fazem o mês de maio ficar mais próximo trarão o governador em exercício, Wanderlei Barbosa e o anúncio sobre qual partido ele irá se filiar para buscar a reeleição. Independente de em qual partido for, Wanderlei será um candidato fortíssimo a permanecer no Palácio Araguaia. Dentro dessa configuração política, acreditamos que a maioria dos 24 deputados estaduais estará com Wanderlei Barbosa nessa disputa, logo, se há esse distanciamento com ao Abreu por parte dos deputados, dá para se imaginar como termina esse “namoro” político.
Deputado Antonio Andrade presidente da ALTO
A possibilidade mais latente é que haja um chapão, coordenado pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Toinho Andrade, caso ele use o pulso forte e o poder que seu posto o faculta, pós-afastamento de Mauro Carlesse via processo de impeachment.
Isso é fato!
O Observatório Político de O Paralelo 13 continua de olho. O tempo dirá...