Cleiton Pinheiro incitou servidores a fazer abaixo assinado para que o Ministério Público entre com ação. Faltou dizer qual é o crime...
Por Edson Rodrigues
Foi um ato de imensa irresponsabilidade a atitude do presidente do Sisepe, Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins Cleiton Pinheiro e do servidor do Ministério Público, Gustavo Menezes, de incitar os servidores públicos em greve a iniciarem a coleta de assinaturas para que seja aberto um processo de impeachment contra o governador Marcelo Miranda.
Segundo analistas políticos, o sindicalista extrapolou os limites da democracia ao incitar um movimento que quer se caracterizar como “popular”, mas que não passa de uma manobra inconsequente e de uma leviandade sem parâmetros. Um ato que beira à subversão e de extrema arrogância, de um sindicalista cuja arrogância o faz pensar que pode controlar os que são filiados ao Sisepe não por serem seus comandados, mas por serem funcionários públicos estaduais, e que não merecem uma liderança sem escrúpulos.
No momento em que o País enfrenta uma crise econômica gravíssima, e adota medidas impopulares em nome da governabilidade e da volta do crescimento, dando exemplos claros de como devem ser as administrações estaduais e cobrando o cumprimento inequívoco de regras por parte dos estados para que recebam o aval para empréstimos e convênios que possibilitarão a retomada do desenvolvimento, uma pessoa se aproveita de forma oportunista de sua posição momentânea de liderança para incitar um movimento que pode trazer reflexos nefastos á toda a população do Tocantins, com reflexos que podem durar por gerações.
Pior que isso, além do impeachment não ser juridicamente aplicável, pois não há a prática de crime ou dolo por parte do governo do Estado, a incitação à ilegalidade feita pelo presidente do Sisepe derruba, de vez, toda e qualquer ponte possível para o diálogo, tornando a greve dos servidores públicos estaduais um movimento sem propósitos claros, passando a assumir ares políticos e subversivos, pois se coloca, claramente, a serviço do desgoverno e da função de desestabilizar uma administração que luta para se manter digna do povo que a escolheu.
A partir do momento em que incita a anarquia e a ilegalidade, o Sr. Cleiton Pinheiro torna-se indigno de representar a classe da qual se diz líder e de ser recebido por qualquer membro do governo Marcelo Miranda, pois mostrou-se disposto a oportunismos e à manipulações para ganhar os holofotes às custas do sofrimento e do sacrifício do povo tocantinense.
Afinal, se as instituições federais como o SUS e a Petrobras estão falidas, levadas á situação atual por um, também, sindicalista que galgou o poder gabando-se de não ter estudo, mas que seguiu pelo caminho do diálogo e do bom-senso, quem seria Cleiton Pinheiro para tentar derrubar um governo eleito democraticamente pelo povo? Nem Lula se atreveu a tanto!
A indignação face á atitude do presidente do Sisepe não se restringe aos que tentam buscar soluções para os problemas do Tocantins. Fica, também, com o povo, com quem sofre – e tem esse sofrimento acentuado pela greve e pela paralização dos serviços básicos –, e com quem vê, sem possibilidade de ação, a insensibilidade de dirigentes classistas que, literalmente, dirigem não só a classe que representam, mas as chances de recuperação da economia do Tocantins, rumo a um futuro tenebroso e incerto.
Será que o nome de Cleiton Pinheiro, acompanhado pelo neófito Gustavo Menezes, vai figurar como uma pessoa que fez algum tipo de bem para o Tocantins ou como o(s) nome(s) da(s) pessoa(s) que iniciou um movimento premeditado, insano, leviano e ilegal, que jogou o Tocantins e seu povo na cova da irresponsabilidade e do pouco caso com a população?
Arrogância e irresponsabilidade têm limites! O povo não aguenta mais sofrer com a insensibilidade alheia.
Que Deus nos ajude!