PRIMEIRO TRIMESTRE DAS ADMINISTRAÇÕES MUNICIPAIS SERÁ CRUCIAL PARA O SUCESSO OU FRACASSO DAS GESTÕES

Posted On Segunda, 18 Janeiro 2021 06:44
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“A gestão da economia tem apenas dois problemas: quando as políticas fracassam e quando as medidas funcionam” 

 

JOELMIR JOSÉ BETING

 

Por Edson Rodrigues

 

Os efeitos financeiros trazidos pelo fim do auxílio emergencial do governo federal, a alta da inflação e o aumento do desemprego se tornaram os maiores desafios aos prefeitos que assumiram no último dia primeiro de janeiro deste ano.  Eleitos ou reeleitos.

 

O País e a as decisões sobre economia e política estão parados, em suspenso, à espera da definição dos eleitos para as mesas diretoras da Câmara Federal e do Senado, enquanto isso, a economia brasileira navega à deriva, com uma inflação próxima do descontrole.

 

Enquanto a vacina não chegar e as medidas de controle de mobilidade afetarem os comércios de médio e pequeno porte, a economia não terá condições de se recuperar e o desemprego continuará aumentando.

 

QUEDA NA ARRECADAÇÃO

Os novos prefeitos, mesmo os reeleitos, já enfrentam problemas com a queda da arrecadação de ICMS, somada ao fim do auxílio emergencial.  Juntas, significam menos dinheiro circulando no comércio e a inflação batendo à porta da classe média.

O prefeito que não tomar medidas impopulares e amargas, de imediato, terá problemas para quitar a folha de pagamento e as principais obrigações administrativas em dia, incluindo água, telefone e abastecimentos das UPAs e postos de Saúde.

 

PINDORAMA

Um dos poucos gestores que agiram rápido e da forma certa foi Dr. Thiago Tapajós, em Pindorama, que já assumiu o comando do Executivo da cidade com o “pé no freio”, nomeando apenas 60% dos cargos de primeiro escalão, não fez nenhuma contratação temporária, não renovou os contratos dos ônibus escolares e cortou os gastos com combustível em 85%.

Dr. Thiago conversou com os grupos políticos que fizeram parte da coligação que o elegeu e foi enfático em afirmar que só começará as nomeações dos companheiros a partir de abril, só depois que conseguir garantir o pagamento dos fornecedores e prestadores de serviço todo dia 30, e dos servidores municipais todo dia 10, além do duodécimo do Legislativo no dia 20.

 

Dessa forma, Dr. Thiago conseguirá o equilíbrio necessário para manter os pagamentos em dia e o município sempre com dinheiro em caixa. A partir desse equilíbrio, o pagamento dos servidores passará a ser feito todo dia primeiro de cada mês, vereadores no dia 10 e fornecedores no dia 20.

 

Com as medidas de contenção de gastos adotadas desde o primeiro dia da nova gestão, Pindorama está economizando cerca de 75% dos fundos municipais, criando condições para, até o mês de abril, colocar em prática o planejamento financeiro, com condições de efetuar a contrapartida necessária para que o município tenha a sua disposição os mais de 26,5 milhões de reais a serem gastos em 2021, oriundos das emendas impositivas dos parlamentares federais e congressistas tocantinenses, que deliberaram em favor dos municípios tocantinenses.

 

Apesar de ser um dos prefeitos mais jovens do Tocantins e em seu primeiro mandato, Dr. Thiago Tapajós já se tornou exemplo a ser seguido pelos acertos apresentados em suas primeiras ações.

 

ENFRENTANDO OS DESAFIOS

Com o avanço da pandemia, com a segunda onda do monstro invisível da Covid-19, comprometendo os serviços de Saúde Pública e deixando milhares de famílias órfãs pelo Brasil afora, sem o auxílio emergencial do governo federal, crescem o desemprego e a inflação, trazendo a fome e a miséria para as famílias, diminuindo o poder de compra e deixando a população de baixa renda sem esperanças de dias melhores.

 

Sem poder de compra, não há movimentação financeira no comércio, a arrecadação de tributos cai e um efeito cascata se inicia, até atingir as finanças municipais e estaduais.  Dessa forma, não haverá como saldar as obrigações administrativas, pagar salários em dia, muito menos investir em obras, impedindo que promessas de campanha sejam cumpridas.

Se os prefeitos eleitos não conseguirem manter o controle das contas públicas neste primeiro trimestre de 2021, toda a sua administração pode ser comprometida.

 

Já quem conseguir passar com um saldo pequeno de perdas durante esse período, tem tudo para poder aproveitar a bonança que virá após a chegada da vacina e o início da recuperação gradativa da economia.

 

Fica a dica.