A Executiva Nacional do PT adiou para esta sexta-feira, 5, a decisão sobre a manutenção do apoio à candidatura do deputado Marcelo Freixo (PSB) ao governo do Rio.
Por Giordanna Neves e Rayanderson Guerra
Em reunião na manhã desta quinta-feira, a direção do partido debateu a situação dos palanques estaduais em que ainda há entraves a serem resolvidos. A decisão do partido passa pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve dar a palavra final sobre o impasse.
O PT vai aguardar a posição do PSB até a data limite para a realização de convenções partidárias, amanhã. O prazo final para o registro de candidaturas e chapas na Justiça Eleitoral, entretanto, é dia 15. Embora ambas as siglas trabalhem com a data desta sexta, do ponto de vista legal, há margem para que a polêmica se estenda.
A expectativa dos petistas é que o próprio PSB pressione o deputado Alessandro Molon (PSB) a mudar de ideia e retirar a candidatura ao Senado, algo visto como improvável por aliados do pessebista. Quatro integrantes da executiva nacional do PT já se posicionaram contra a candidatura de Molon, como informou o Estadão. Eles devem engrossar o movimento contra a aliança do petismo com o PSB fluminense.
A maioria da direção petista no Rio, porém, apesar de ter aprovado a indicação para o rompimento no início desta semana, ainda defende a aliança com o PSB no Estado. Como mostrou a Coluna do Estadão, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o coordenador da campanha de Lula, José Guimarães. defenderam a manutenção da aliança.
Negociação
Nas articulações da candidatura de Lula para a disputa pela Presidência, o PT decidiu apoiar Freixo na corrida para o Palácio Guanabara. Em troca, os petistas esperavam indicar o candidato da chapa à cadeira no Senado. O escolhido é André Ceciliano (PT), presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Mas Molon, que preside o diretório fluminense do PSB, não quis abdicar de sua candidatura. Decidiu mantê-la, contrariando o PT, que pressionava por um único candidato ao cargo. Segundo o parlamentar, o acordo entre as legendas alegado pelos petistas nunca existiu.
Insatisfeita, a executiva estadual do partido no Estado aprovou o rompimento da aliança com Freixo na noite desta terça-feira, 2. Seus integrantes acusam o PSB de descumprir o acordo estadual. Cabe ainda ao diretório nacional petista validar a decisão junto com os outros partidos que compõem a federação: PC do B e PV.