Sem acordo para montagem de palanques nos estados, PT e PSB adiaram para a próxima semana uma reunião que definiria as chapas da coligação. Há divergências em ao menos sete estados, sendo São Paulo um deles.
POR : CATIA SEABRA, JULIA CHAIB E VICTORIA AZEVEDO
No último dia 31, os presidentes dos partidos, ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), que será seu vice na chapa, haviam fixado o prazo desta quarta-feira (15) como data-limite para resolver os entraves.
Além de São Paulo, há percalços nas chapas no Rio de Janeiro, no Espírito Santo, no Rio Grande do Sul, em Pernambuco, em Santa Catarina e na Paraíba.
A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), reconheceu que o impasse persiste nos estados e que, em decorrência da Covid e da agenda de viagem do ex-presidente, era preciso adiar o encontro.
Gleisi também não descartou a possibilidade de o PT intervir onde for necessário para chegar a um acordo. "Com a Covid-19 e as viagens, o ex-presidente Lula não poderia participar da reunião. E, obviamente, ele tem um papel importante nas articulações", disse.
A parlamentar lembrou ainda que o ex-governador Márcio França (PSB) testou positivo para Covid nesta semana.
A disputa em São Paulo é uma das mais delicadas. Enquanto o PT defende a candidatura do ex-prefeito Fernando Haddad e diz que não irá retirar esse nome da disputa, França tem dado sinais de que também não irá desistir.
O PSB convocou para a próxima segunda-feira (20) uma reunião com seus pré-candidatos aos governos estaduais em busca de uma solução.
"Até o momento não há novidade alguma, lamentavelmente", afirmou o presidente do PSB, Carlos Siqueira.