QUEM ESTARÁ COM QUEM APÓS AS CONVERSAÇÕES PARTIDARIAS?

Posted On Terça, 10 Mai 2022 06:50
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O processo sucessório caminha a passos largos para a definição dos nomes que concorrerão a um cargo eletivo em dois de outubro.  A pergunta que ainda paira sobre essa dinâmica, é quem ficará com quem após as convenções partidárias.

 

Por Edson Rodrigues

 

A acomodação de forças em andamento deixa crer que nos próximos 22 dias do mês de maio e nos 30 dias de junho, muita coisa já esteja definida, lembrando que há apoios que serão cruciais para aumentar as possibilidades de vitória dos candidatos.  Entre esses apoios, está o do ex-governador Marcelo Miranda, presidente estadual do MDB.

 

Nesta segunda-feira, tivemos um longo bate-papo com Marcelo Miranda, (foto) que está em Brasília, acompanhando a formatura de seu filho em medicina.  O presidente do MDB no Tocantins foi taxativo em afirmar que “o MDB do Tocantins está conversando com quase todos os pré-candidatos a governador e só irá tomar sua decisão a respeito de apoio político para a eleição no mês de junho.  E essa decisão será em colegiado, uma decisão política e do partido como um todo.  Há várias tendências dentro da legenda, divididas entre os atuais candidatos ao governo, e vamos nos reunir para tomar a decisão final, sem qualquer chance de imposição por este ou aquele”, finalizou.

 

ABREUS

Os senadores Kátia e Irajá Abreu são, respectivamente, presidentes estaduais do PP e do PSD, dois partidos com ótima representatividade no Congresso Nacional, com bons tempos no Horário Obrigatório de Rádio e TV, e com polpudos Fundos Partidários.

 

Ter o apoio dos dois, ou de um dos dois, é altamente positivo, pois possuem prefeitos, vereadores e candidatos a deputado federal, e estadual, alguns com mandato, em suas bases de apoio, além de suas chapas proporcionais.

A grande questão que paira sobre os apoios de Kátia e Irajá é o conflito de interesses, caso cada um decida por apoiar um candidato diferente ao governo.

 

SEM MI, MI, MI

 

Há dirigentes partidários que têm problemas pessoais com lideranças que estão apoiando candidatos ao governo. E essa conta não fecha bem para nenhum dos lados envolvidos.

 

É preciso parar de ficar de mi, mi, mi e focar no principal objetivo, que é vencer ou somar para fazer vencer, seu candidato a governador.  Os problemas pessoais não podem interferir nos objetivos coletivos de um grupo político.

Outros apoios políticos importantes e que, por enquanto, ainda não foram manifestados, são o da prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, presidente estadual do PSDB e eleita pelo maior colégio eleitoral do Estado, e o das chapinhas independentes, com novos e bons nomes para cargos proporcionais, com potencial de alavancar o número de votos para o candidato que apoiarem.

 

ERRAR MENOS POR MAIS CHANCES NO SEGUNDO TURNO

O nome do próximo governador do Tocantins será decidido apenas no segundo turno.  Por isso, cada agrupamento político precisa concentrar suas atenções em errar o menos possível e trabalhar pesado para que seu candidato seja um dos dois que estarão presentes no segundo turno pois, até agora, todos os postulantes que aí estão, têm chances de estar na segunda rodada do pleito majoritário.

 

As agressões, os xingamentos e as diferenças políticas precisam ser colocadas de lado, pois quem estiver no segundo turno vai, fatalmente, buscar o apoio imprescindível dos que não conseguirem chegar lá. Logo, as discussões políticas, neste primeiro turno, precisam ser pautadas em planos de governo e de ação política, sem causar qualquer atrito que feche a porta das conversações, visando o segundo turno.

 

É por isso que errar menos será fundamental na campanha que se aproxima.

 

Já no segundo turno, será outro jogo, com novas regras e com os deputados estaduais, federais e senadores já eleitos, lembrando que a contagem regressiva só começa após as convenções partidárias, que definirão quem estará ao lado de quem no primeiro turno.

 

Esperamos, então, que cada um dos postulantes a um cargo nestas eleições, faça seu dever de casa, estude política, elabore seus planos de governo e de ação parlamentar, para que tenhamos uma campanha limpa, sem denuncismo, sem achaques nem baixaria, para que o eleitor possa escolher o melhor candidato e, não o menos pior.

 

Quem avisa, amigo é!