REGRAS DO JOGO SUCESSÓRIO DE 2022: SEM COLIGAÇÕES PROPORCIONAIS, DEPUTADOS PROVARÃO DO PRÓPRIO VENENO

Posted On Segunda, 20 Setembro 2021 07:19
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Goiânia, aos 20 dias do mês de setembro de 2021

 

Por Edson Rodrigues

 

Os deputados federais tomaram uma decisão isolada, sem consulta às bases, que tramitou “a toque de caixa”, quando resolveram mexer nas regras eleitorais e acabar com as coligações proporcionais.  A decisão abrupta contou com a omissão ou conivência dos deputados estaduais.  As Assembleias Legislativas fizeram “ouvidos moucos”, e fingiram não ver o que estava acontecendo, se omitindo em intervir em favor dos próprios companheiros de partido.

 

O resultado foi que bons vereadores, atuantes e engajados á causa popular deixaram de se reeleger por conta dessa decisão, pois, pegos de surpresa, não tiveram tempo para acelerar os trabalhos e atingir a quantidade de votos necessários para a reeleição, bem maior que o que seria necessário com as coligações.

 

Agora, serão os próprios deputados federais e estaduais que enfrentarão problema similar.  Sem as coligações proporcionais, serão eles que terão que fazer o “milagre da multiplicação dos votos”, caso queiram se reeleger.

 

E desta vez, sem poder contar com os vereadores que prejudicaram com sua ação intempestiva, pois a maioria dos deputados estaduais e federais faziam campanhas tendo vereadores como principais cabos eleitorais.

 

NÃO PASSARÃO!

 

Nesta última semana, após várias reuniões entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco e líderes de bancada, ficou claro que os “jabutis” inseridos na Reforma Política durante a tramitação na Câmara Federal jamais encontrarão abrigo na Câmara Alta, como é chamado o Senado, e a volta das coligações proporcionais é um desses “jabutis”.

 

II - FUSÃO ENTRE DEM E PSL

Qualquer afirmação, no momento, sobre quem ficará como comando estadual da nova sigla partidária que resultará da fusão entre o DEM e o PSL não passará de mero chute.

 

Tanto a deputada federal Dorinha Seabra quanto o governador Mauro Carlesse têm força e apoio suficientes – em Brasília e no Tocantins – para que sejam os “ungidos”.  Resta saber quem saberá articular e mexer melhor as peças que dispõem no tabuleiro político.

 

Com mais de 16 anos de vida parlamentar, Dorinha Seabra construiu um ótimo conceito para si, tendo a área da Educação como sua bandeira de atuação.  Ela é reconhecida como autoridade sobre Educação no Congresso Nacional, e foi relatora do Projeto de Lei que regulamentou o Fundeb - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação.

 

Mas o cerne da questão sobre o comando da nova sigla no Tocantins passa, também, pela representatividade dos partidos.  Atualmente, o PSL tem a maior bancada na Câmara Federal (51 contra 23 do DEM), detendo o maior tempo no Horário Gratuito de Rádio e TV e a maior fatia do Fundo de Campanha para a eleição de 2022.

 

Mauro Carlesse é o único governador filiado ao PSL e, por isso, tem um destaque especial na sigla.  Tanto o Palácio Araguaia como os membros do DEM estão apreensivos em relação a escolha do presidente estadual da nova sigla, prevendo um desembarque em massa dos membros de um dos partidos caso o líder do outro assuma o comando.

 

Uma união total, um alinhamento de discurso e bandeiras seria uma enorme surpresa, dadas as controvérsias notadas já nesse processo de pré-fusão.  Tudo indica que há muitas novidades por vir.

 

MAURO CARLESSE: CHANCES ZERO DE NOVA CANDIDATURA AO GOVERNO DO ESTADO

Em conversas com dois especialistas em direito eleitoral, com atuação junto ao TSE há mais de 20 anos, foi-nos revelado que as chances do governador Mauro Carlesse se candidatar a uma reeleição, desconsiderando o mandato tampão, são um “zero absoluto”.

 

Segundo os juristas, não há sustentação legal para a alegação.  Eles citaram o caso de um prefeito que conseguiu liminar em um caso semelhante, mas não há jurisprudência fundamentada.  Tanto que no caso citado do prefeito, o TER já derrubou a liminar e aguarda apenas o processo ser levada o Pleno para empossar o segundo colocado na eleição do município.

 

O Palácio Araguaia insistir na tese de um novo mandato de governador para Mauro Carlesse, portanto ou é acreditar muito em si próprio ou subestimar a inteligência dos seus aliados.

 

Dessa forma, cabe ao governador Mauro Carlesse definir quem serão seus candidatos a governador e a vice, e definir sobre sua candidatura ou não em 2022.

 

Ressaltamos que, a partir do próximo dia três de outubro, as regras para as eleições de 2022 já estarão em vigor.

 

III - KÁTIA ABREU, IRAJÁ ABREU, EDSON TABOCÃO, RONALDO DIMAS E LAUREZ MOREIRA, JUNTOS NO PRÓXIMO DIA 25 DE SETEMBRO

Os ex-prefeitos de Gurupi, Laurez Moreira, e de Araguaína, Ronaldo Dimas, estarão reunidos com os senadores Kátia e Irajá Abreu e com o empresário Edson Tabocão, (foto) como convidados ilustres, no próximo dia 25, no ginásio de esportes da cidade de Ananás, com prefeitos, vereadores, empresários, líderes políticos e presidentes de vários partidos das cidades da Região do Bico do Papagaio.

 

O Observatório Político de O Paralelo 13 já detectou uma ótima aceitação do nome de Edson Tabocão em seu ingresso na vida política.  Tabocão é um empresário conceituado na região Norte do Estado e seu nome vem sendo solicitado por vários líderes políticos para que faça parte de alguma composição para a sucessão estadual, que assuma a bandeira da região, seja no Senado ou no próprio governo do Estado.

 

O grupo formado pelos políticos que estará presente ao encontro em Ananás está discutindo as demandas do Norte do Estado e têm como trunfo a presença de Edson Tabocão entre seus membros.

 

Ronaldo Dimas, convidado para o evento está fazendo, semanalmente, dezenas de reuniões em várias regiões do Estado em busca de agregar forças em torno da sua candidatura ao governo do Tocantins e, ao que parece, não deve comparecer ao encontro, aconselhado por seus conselheiros políticos, pois o foco da reunião estará totalmente em Edson Tabocão.

 

Dimas esteve, também, em Brasília, aonde teve uma longa e agradável reunião com o senador Eduardo Gomes, do qual saiu satisfeito com o que ouviu e mais distante, politicamente, do clã dos Abreu.

Dimas segue fazendo o “dever de casa” em busca da realização de seu sonho pessoal de, um dia, ser o governador do Tocantins.

 

IV - PAULO MOURÃO COM O PÉ NA ESTRADA

 

O experiente político e empresário de sucesso, Paulo sardinha Mourão, com vários mandatos na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa do Tocantins, além da prefeitura de Porto Nacional, de onde saiu com ótimos índices de popularidade, está com os dois pés na estrada, tentando viabilizar sua candidatura ao governo do Estado pelo Partido dos Trabalhadores – PT.

 

Já são vários os municípios visitados por Mourão, explanando suas principais metas caso seja eleito.  Mourão tem o apoio incondicional do ex-presidente Lula, que lidera as pesquisas para a presidência da República em 2022, e já conversaram sobre a candidatura de Mourão no Tocantins.

 

O Observatório Político de O Paralelo 13, inclusive, teve informações de que Lula vira, pessoalmente, ao Tocantins onde pretende se encontrara com líderes das várias vertentes do PT e dos demais partidos de esquerda.

 

V – VICE-GOVERNADOR WANDERLEI BARBOSA NO PDT

O vice-governador, Wanderlei Barbosa, é sabedor do seu papel nos destinos políticos da capital, palmas e de outros municípios onde tem influência política.  Sua filiação ao PDT criou um clima de que Barbosa já tem definido um planejamento político para as eleições de 2022.

 

O Observatório Político de O Paralelo 13 recebeu informações reservadas de que o relacionamento político  e pessoal entre Wanderlei e o governador Mauro Carlesse está tranquilo e que há grandes possibilidades de os dois frequentarem o mesmo palanque em 2022.

 

Informações também dão conta de que Wanderlei Barbosa deve ser candidato a deputado federal pelo PDT, dando um novo impulso em sua carreira política.

 

VI - CANDIDATURA DE MAURO CARLESSE A SENADOR

Mauro Carlesse não tem mais muitas opções para manter seu promissor futuro político.  A hipótese de se candidatar ao mandato de governador já está descartado pela falta de jurisprudência.

 

A sua decisão sobre ser candidato ou não ao Senado já está tomada, mas é guardada a sete chaves. Carlesse precisa dar segurança política a seus companheiros e correligionários, principalmente na Assembleia Legislativa, aonde a maioria dos deputados faz parte da sua base de apoio, o que lhe proporcionou uma governabilidade tranquila.  Carlesse precisa retribuir, politicamente, àqueles que pretendem disputar mandatos eletivos em 2022.

 

Os demais grupos políticos já estão devidamente organizados.  Com a definição das regras eleitorais, a partir do dia três de outubro devem começar a entra em campo e a realizar os primeiros movimentos para a formação das chapas, das coligações majoritárias e das chapas proporcionais.

 

As próximas duas semanas serão decisivas para que todos finalmente saibam quem estará com quem em 2022.

 

VII - SENADOR EDUARDO GOMES, MARCELO MIRANDA E O MDB

No MDB, por enquanto, qualquer informação sobre candidatura ao governo do Estado e ao Senado é tratada em banho Maria.  Sem pressa nem afobação.

 

Marcelo Miranda vem fazendo um giro pelo Estado, ouvindo companheiros de MDB e de outros partidos, enquanto o senador Eduardo Gomes concentra esforços em assegurar o máximo possível de recursos federais para os 139 municípios tocantinenses, incluindo, claro, a Capital, assim como para o Estado do Tocantins.

 

As conversações políticas sobre a sucessão estadual em 2022 ocorrem de forma reservada, com consultas aos companheiros e seguidores políticos, com uma decisão já informada e encaminhada para ser tomada apenas no ano que vem, já com as regras eleitorais definidas.

 

Eduardo Gomes estará novamente no Tocantins nesta semana que se inicia, com uma vasta agenda de eventos e serviços, com boas notícias para o povo tocantinense.

 

VIII – BOLSONARO NO PALANQUE

Apesar de três candidaturas a presidência da República já estarem definidas – Bolsonaro, Ciro Gomes e Lula – as classes empresarial e do agronegócio, juntamente com um forte grupo político formado por senadores, deputados federais, governadores e pela elite econômica que “abastece” o PIB brasileiro, desejam o surgimento de uma outra via política além dos três nomes já colocados no páreo.

 

No Tocantins, apenas Paulo Mourão, do PT, já definiu seu palanque, que contará, obviamente, com Lula, pensando no marketing político que isso lhe proporcionará.  Fora Mourão, os demais pré-candidatos tocantinenses ao governo esperam contar com a presença de Jair Bolsonaro em seus palanques, pois, no Estado, Bolsonaro ainda é líder em popularidade.

 

Resta saber por qual candidato Bolsonaro colocará seu patrimônio político e a máquina federal para trabalhar a favor, um item importantíssimo para uma eleição sem coligações proporcionais, em que qualquer ajuda para os candidatos a deputado federal e estadual será de muito boa valia.

 

Isso porque, nenhum dos grupos, exceto o do Palácio Araguaia tem cacife eleitoral ou financeiro para contar com equipes profissionais de marketing e de assessoria jurídica, muito menos bandeiras políticas definidas para defender.

 

A única interrogação quanto ao apoio de Bolsonaro ao candidato governista é se caso o senador Eduardo Gomes aceitar o chamamento de dezenas de prefeitos, vereadores, líderes classistas empresariais e do agronegócio, que colocam seu nome como o preferido por eles para a disputa pelo governo do Estado.  Líder de Jair Bolsonaro no Congresso Nacional, certamente, se Gomes aceitar os diversos convites, será nesse palanque que estará todo o apoio do Palácio do Planalto.

 

Vale lembrar que a população tocantinense tem milhares de desempregados, que esperam ouvir propostas de governo realizáveis e que venham ao encontro de suas demandas, gerando postos de trabalho e renda.

 

Muitos “donos de partidos” e chefetes políticos não terão chances nas eleições ou reeleições.  Muitos dos deputados federais terão que fazer uma autocrítica e se contentar com campanhas para deputado estadual.

 

Este alerta aos desavisados termina afirmando que não basta ser líder de partido, ter um candidato a governador ou a senador forte, sem um grupo político a lhe dar sustentação, com chapas fortes para deputado estadual e federal.  Sem infraestrutura partidária, ou seja, dinheiro em caixa, a derrota é 100% garantida.

 

Como diz o ditado popular, “galinha que acompanha pato, morre afogada”.

 

Fica a dica!