VEJA DESTACA INTERFERÊNCIA DE CARLOS BOLSONARO NO PALÁCIO DO PLANALTO. ISTOÉ HOMENAGEIA RICARDO BOECHAT E ÉPOCA CONTA A HISTÓRIA DE ADÉLIO BISPO
VEJA
Veneno no planalto
A figura política mais surpreendente do governo de Jair Bolsonaro não faz parte do governo de Jair Bolsonaro. Seu filho Carlos tornou-se conhecido pelos brasileiros quando se sentou no banco de trás do Rolls-Royce que desfilou com o presidente e a primeira-dama no dia da posse, em Brasília. Aboletado no encosto, com os pés nos bancos de couro, Carlos Bolsonaro não deu um sorriso e manteve- se atento o tempo todo. Sua missão, que ele próprio se atribuiu devido a um “mau pressentimento”, era ficar alerta para um atentado contra o pai. Sua presença ali, quebrando o protocolo das posses, emitiu um sinal: sua influência junto ao pai não se limitaria aos laços familiares.
Na semana passada, no curso da mais bizarra das crises políticas, Carlos Bolsonaro, 36 anos, vereador no Rio de Janeiro e sem nenhum cargo no governo federal, mostrou todo o esplendor de sua ascendência sobre o pai — e detonou publicamente Gustavo Bebianno, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência e um dos primeiros a embarcar na candidatura presidencial de Bolsonaro, quando nem o candidato acreditava muito nas suas chances de sucesso.
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ISTOÉ
Jornalismo verdade vai continuar vivo
A comoção nacional pela tragédia espelha a trajetória do jornalista que traduziu com rara eloquência a voz indignada das ruas. Boechat nos deixa um legado de independência, combatividade e coragem na fiscalização do poder. Em sua edição 2564, a revista Istoé relembra a trajetória do notável jornalista que morreu nesta semana em acidente aéreo, após helicóptero em que estava se chocar com caminhão em São Paulo.
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Época
A história de Adélio, o homem que tentou matar Bolsonaro
A revista traz em sua matéria de capa a história de Adélio Bispo e as suspeitas do presidente Jair Bolsonaro em relação ao agressor que tentou assassiná-lo com uma faca há cinco meses. São oito tópicos que o presidente considera que não foram explicados sobre o ataque que sofreu ou que indicam a possibilidade de ação política no crime.
Nos dois primeiros, ele relembrou que Bispo foi liado ao PSOL até 2014 e que, nessa condição, em 6 de agosto de 2013, esteve no anexo 4 da Câmara dos Deputados, como ficou registrado no sistema. No mesmo dia do atentado, em 6 de setembro de 2018, alguém registrou a entrada dele na Câmara a 1.000 quilômetros de distância da cidade em que de fato estava: “Álibi perfeito caso fugisse do local do crime”, resumiu o presidente. Ele relacionou também vídeo que mostra que um de seus filhos, desavisadamente, conseguiu desviar-se do criminoso a poucos metros de distância, com este portando uma faca enrolada em um jornal.
O presidente citou ainda que, dois meses antes do atentado, Bispo gastou “centenas de reais em dinheiro vivo” na prática de tiro em clube frequentado por seus filhos — Carlos e Eduardo — em Florianópolis.
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