Senador havia se licenciado por 120 dias para atuar na campanha do filho
Com Agências
Caso a CPI do MEC seja instalada no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL) deve reassumir o mandato. A informação foi revelada pela coluna Painel, da Folha de S. Paulo.
O senador havia se licenciado no dia 2 de junho, por 120 dias, para se dedicar a campana do filho, Renan Filho, ex-governador de Alagoas que tentará uma vaga também no Senado Federal. A expectativa é que, caso a comissão parlamentar de inquérito aconteça, o líder do MDB, Eduardo Braga, peça o retorno de Renan Calheiros.
Em 2021, Calheiros ganhou espaço e projeção na imprensa ao ocupar o cargo de relator da CPI da Covid no Senado. O senador é um opositor do governo de Jair Bolsonaro (PL) e já declarou apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) já conseguiu o número mínimo de assinaturas para que a CPI da MEC seja instaurada. A demanda voltou à pauta após a prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, suspeito de tráfico de influência. Até o momento, Randolfe conseguiu 28 assinaturas e vai protocolar o requerimento para abertura da CPI, que ainda precisa de aprovação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Assinaturas para a CPI
Após a prisão de Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que faltam duas assinaturas para que seja instaurada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o que ocorreu no MEC. Enquanto isso, o presidente da Casa, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirma que espera a chegada do requerimento.
“Não vou me precipitar, vamos aguardar o requerimento”, afirmou ao portal G1 nesta segunda-feira (27). Segundo ele, ninguém do governo o procurou para atrasar a instalação da CPI.
No entanto, segundo a apuração do blog de Andrea Sadi, a base aliada de Jair Bolsonaro (PL) busca retirar assinaturas do pedido de abertura do inquérito. Os alvos principais seriam os senadores Giordano (MDB-SP) e Eduardo Braga (MDB-AM).
"Espero que os órgãos investiguem e apurem, sempre garantindo direitos constitucionais. E pode ter repercussão política: a Comissão de Educação pode se debruçar; a CPI, que vamos avaliar. Que tudo seja apurado".