As eleições municipais de 15 de novembro próximo irão exigir um alto índice de profissionalismo das equipes de campanha dos candidatos. Será um pleito atípico, sem comícios nem grandes reuniões, travada, praticamente, na mídia, nos jornais impressos, nos blogs, portais e sites de notícia, com grande ênfase nos programas feitos para o Horário Gratuito de Rádio e TV
Por Edson Rodrigues
O candidato que estiver disputando um cargo eletivo nos oito principais colégios eleitorais – Palmas, Araguaína, Gurupi, Porto Nacional, Paraíso, Guaraí, Colinas e Tocantinópolis – e que não tiver condições financeiras de bancar uma equipe profissional de marketing político, com um coordenador de campanha e qualificado, e assessoria jurídica e contábil eleitoral experientes, capaz de dar os conselhos certos e evitar pequenos erros que contam muito para a Justiça Eleitoral, estão fadados a nadar e morrer na praia.
Este conselho vale, principalmente para os candidatos de primeira viagem que correm o risco de ser engolidos pelos candidatos tradicionais que, além de dominarem as “manhas’ de campanha, ameaçados que estão por conta da rejeição do eleitorado, vão monitorar de perto as campanhas dos novatos para identificar deslizes em relação a Lei Eleitoral e eliminar aqueles que lhes representam perigo.
Por ser uma eleição atípica, sem precedentes, qualquer erro será fatal, não deixando espaços para “amadores”. Todo e qualquer candidato precisará estar pronto e capacitado a participar de debates, com respostas inteligentes e sem titubear, sob pena de ser considerados despreparados, medrosos, frouxos, fracos ou incompetentes pelos eleitores e, com certeza, serão provocados, atiçados e atazanados pelos adversários, que estarão prontos para “tritura-los” na primeira oportunidade.
REDES SOCIAIS E FUNDO ELEITORAL
Nas cidades onde não há repetidoras de TV ou emissoras de Rádio, entram em cena, também, as redes sociais, outra área para qual todo candidato precisará de uma assessoria antenada e inteligente, que entenda de marketing político e legislação eleitoral, pois será nas telas de celulares e computadores que os eleitores vão buscar as informações – ou desinformações – na hora de formular o voto.
Os candidatos principiantes precisam estar atentos para os ritos de utilização do Fundo Eleitoral, pois precisarão ter suas contas de campanha aprovadas pelo TRE, ganhando ou perdendo. Sem um bom profissional de contabilidade, o candidato corre o risco de ganhar a eleição e não ser empossado, caso haja incoerências na sua contabilidade.
Trocando em miúdos, estamos a poucos dias das convenções partidárias e os candidatos que ainda não têm uma assessoria de campanha, podem entrar no jogo já perdendo para os mais experientes.
PROPORCIONAIS
O principal fator diferencial desta eleição de novembro próximo, é a impossibilidade das coligações proporcionais, o que a transforma em uma verdadeira batalha de um Davi contra vários Golias.
Isso porque será muito difícil, nos principais colégios eleitorais, um partido conseguir eleger três candidatos.
Muito difícil, porém, não impossível. Eleições não são uma ciência exata e sempre pode haver “sobras” inesperadas de votos para esta ou aquela legenda, criando surpresas positivas para alguns e negativas para outros.
Pelo menos na Capital, Palmas, alguns candidatos já têm uma cadeira “garantida” e com a “sobra” desses nomes, as legendas podem chegar a dois ou três eleitos. Já os partidos que têm candidatos à reeleição, será “briga de cachorro grande”, voto a voto, com diferenças mínimas de número de votos entre os eleitos e os suplentes.
É por isso que voltamos a lembrar que ficará com os louros quem tiver a melhor equipe de marketing, capaz de seduzir o eleitor a sair de casa, em tempos de pandemia, para digitar seus números na urna.
Uma dobradinha entre um bom nome para prefeito e bons nomes para vereador em uma mesma chapa será quase que um “zap na manga” nesta eleição.
Fica a dica!