Sim. Exatamente isso. Faltando, ainda quase cinco meses para as eleições de dois de outubro, as candidaturas a governador, vice-governador e senador só serão definidas, de verdade, após as Convenções Partidárias, com data limite no início do mês de agosto para suas realizações. Por enquanto, há três fortes concorrentes ao governo: o governador Wanderlei Barbosa, pelo Republicanos, o pré-candidato do PT, Paulo Mourão e Ronaldo Dimas, do Podemos, mas que vai ser candidato pelo PL, do presidente Jair Bolsonaro.
Por Edson Rodrigues
Há, ainda, as candidaturas “satélite”, que ficam orbitando as candidaturas principais, à espera de uma oportunidade para crescer, como as do ex-prefeito de Gurupi, Laurez Moreira e a do deputado Osires Damaso. Uma sexta candidatura, a de Siqueira Campos Jr. Lançada em Goiânia, longe de território tocantinense, também compõe o cenário. Estas últimas três postulações, juntas, não chegam aos pés de nenhuma das demais, e devem ser desconsideradas pelos eleitores.
PAULO MOURÃO PT
Paulo Mourão, do PT, é o único que tem a sua candidatura definida no Tocantins. Ex-deputado federal, Mourão é um político tarimbado e preparado para exercer o cargo de governador. Ex-prefeito de Porto Nacional, com passagens pela Assembleia Legislativa, é um estudioso da política e tem a bênção do candidato do PT à presidência da República, e líder disparado nas pesquisas de intenção de voto, Luiz Inácio Lula da Silva.
O candidato do PT ao governo é capaz de enfrentar qualquer outro candidato no voto e tem bagagem política para apresentar e defender um bom programa de governo nos debates.
O PT está apenas no aguardo do momento certo para “ligar as turbinas” da candidatura de Paulo Mourão, assim como a candidatura ao Senado e sua chapas proporcionais, todos com potencial para serem competitivos e darem suporte á pretensão de Paulo Mourão de chegar ao governo do Tocantins.
WANDERLEI BARBOSA
Enquanto isso, Wanderlei Barbosa, candidato á reeleição pelo Progressistas, é um político experimentado pelas urnas,oriundo de uma família genuinamente tocantinense que, até os dias de hoje, sempre serviu ao povo do Tocantins, iniciando com seu pai, primeiro prefeito de Palmas, Fenelon Barbosa, e sua mãe, a saudosa Dona Maria Rosa, ícone da Ação Social, que estimulou o crescimento da periferia, ajudando muitas famílias de baixa renda a se instalar, com doação de lotes e material de construção, juntos, realizaram uma administração memorável, abrindo caminho para que Palmas se tornasse a capital que é, hoje. Seu irmão, Marilon Barbosa, é vereador e ex-presidente da Câmara Municipal de Palmas, seu filho, Leo Barbosa, deputado estadual.
Carreiras que corroboram com a do próprio Wanderlei, vereador por vários mandatos, presidente da Câmara Municipal de Palmas, deputado estadual, vice-governador e, agora, governador e candidato á reeleição.
Wanderlei vem mantendo uma administração focada no equilíbrio e respeito á Lei de Responsabilidade Fiscal e, principalmente, aos servidores estaduais, resgatando compromissos e direitos trabalhistas, e busca formar uma frente partidária juntando ao seu redor os líderes políticos que viabilizaram sua governabilidade e os resultados positivos alcançados até agora em sua gestão, como os senadores Kátia e Irajá Abreu, e que tornam sua candidatura ainda mais competitiva, com o apoio da maioria dos deputados estaduais e dos partidos que formarão chapas proporcionais voltadas a embasar sua postulação á reeleição.
RONALDO DIMAS
Já o ex-prefeito de Araguaína, considerado o melhor gestor da história do municípios e o melhor prefeito do Tocantins nas duas últimas gestões, Ronaldo Dimas, recebeu o impulso que faltava para ter sua candidatura alavancada junto á opinião pública, com a declaração de apoio por parte do senador Eduardo Gomes à sua postulação de ser o governador do Tocantins.
Mesmo com diversos ajustes necessários em sua caminhada, Dimas, que já foi considerado prepotente e arrogante, agora precisa calçar as sandálias da humildade, e usar o senador Eduardo Gomes como exemplo de político a ser seguido. Com sua ida para o PL do presidente da República, Jair Bolsonaro, já encaminhada, cabe a Dimas, agora, convencer os prefeitos, ex-prefeitos, vereadores e ex-vereadores, assim como os pré-candidatos a deputado estadual e federal que apóiam Eduardo Gomes, de que vai agir de acordo com a cartilha de Gomes, e que merece o apoio de todos os que sonhavam com Eduardo Gomes como seu candidato ideal para o governo.
Dimas, que já foi o “porto seguro” de Laurez Moreira e do clã dos Abreu, agora precisa entender que é ele quem precisa de um porto seguro para ver sua candidatura ter força, musculatura e consistência política.
SENADORES
Marcelo Miranda, Professora Dorinha Seabra e Kátia Abreu
A disputa pelo Senado, da mesma forma que a pelo governo, no momento também reúne três fortes candidatos, duas mulheres e um homem.
Kátia Abreu, presidente estadual do PP, busca a reeleição. Dorinha Seabra, presidente estadual do União Brasil, e Marcelo Miranda, presidente estadual do MDB, são os principais candidatos sabidos à única vaga em disputa para o Senado, que é, exatamente, a ocupada por Kátia Abreu, cujop mandato termina em fevereiro de 2023.
Nenhuma das três candidaturas pode ser subestimada. Cada uma tem a sua força política e uma boa infraestrutura partidária para dar suporte durante a campanha, o que torna impossível, pelo menos no momento, afirmar qual é a mais forte ou a que tem mais chances de sucesso.
As variáveis a serem consideradas na corrida pelo senado vão desde o nome dos suplentes, dos candidatos ao governo a serem apoiados por eles, assim como as chapas de candidatos a deputado estadual e federal, os prefeitos que os apoiarão, a estrutura pessoal de cada candidato (verba e desprendimento) e, o mais importante, a popularidade e o alcance de cada um junto ao eleitorado.
Mais uma vez, o destino de cada um desses três candidatos ao Senado pelo Tocantins vai depender o resultado das Convenções Partidárias. Até lá, o que vai contar é a capacidade de mobilização de cada um dos candidatos.
CONCLUSÃO
Mesmo assim, ainda há espaço para surpresas antes das Convenções, durante a pré-campanha. Quem tentar sair das quatro linhas das regras eleitorais, pode acabar cometendo suicídio político, principalmente os candidatos das chapas proporcionais. Denuncismo, xingamentos, fake news ou qualquer tipo violação da legislação eleitoral serão denunciados e eliminados do pleito.
Os eleitores estão cansados de assistir operações como a Lava Jato e, depois de presos, denunciados, condenados e de valores apreendidos e devolvidos aos cofres públicos, ver todos os envolvidos soltos, com seus direitos políticos restituídos, por pior que tenham feito quando no poder, principalmente em solo tocantinense, onde as operações se sucedem com uma constância assustadora, muitos são suspeitos, alguns presos, outros passando por buscas e apreensões, os Ministérios Públicos Estadual e Federal agindo com rigor, junto à Polícia Federal, mas as respostas sobre quem fez o quê ou que é, realmente culpado, demoram demais para chegar, deixando o Estado em constante sangramento da sua imagem junto à opinião pública, com ex-governadores, ex-secretários, empresários e servidores públicos com suas vidas expostas e destruídas pela corrupção.
O eleitor quer candidatos majoritários capazes de se manter fora da lama da corrupção, de formular propostas e de apresentar planos de governo e de ação política, que gerem postos de trabalho, desenvolvimento e progresso, patrimônios tirados do Tocantins e que precisam ser resgatados, para o bem da população e dos próprios políticos.
Após as Convenções Partidárias, em agosto, tudo vai ficar mais claro, e mais fácil de ser identificado pelos eleitores. Até lá, é observar, avaliar, acompanhar e agüentar o jogo político, até que se conheçam a fundo os jogadores.
Que Deus nos ilumine!
34 anos