Caso não cortem na própria carne, os prefeitos candidatos à reeleição correm o risco de não ter condições de saldar de uma a três folhas de pagamento dos servidores municipais
Por Edson Rodrigues
Os conselhos dos especialistas vão desde fundir secretarias, cortar gastos com diárias, combustível e outras “gorduras” e priorizar a saúde e áreas afins, pois a queda na arrecadação pode chegar a 45%, co os cortes nos repasses de ICMS e FPM, entre outros.
Já a arrecadação com outras modalidades de imposto podem ter quedas ENTRE 60% E 70%. O mundo, o País, estados e municípios estão à beira de uma recessão profunda e os primeiros atingidos, como sempre, serão os empresários e comerciantes que estão na linha de frente, fornecendo diretamente aos consumidores finais que, além de enfrentar os dias de quarentena, com as portas fechadas, estão vendo seus clientes refrearem seus gastos, preocupados com a possibilidade de demissões e atrasos de pagamento. Um ciclo vicioso perfeito para uma quebradeira geral.
ADEQUAÇÕES
O certo é que estamos á beira de um tsunami econômico e social. 80% dos nossos municípios dependem quase que exclusivamente dos repasses do FPM para arcar com suas obrigações salariais e sociais. Se não houver cortes na máquina pública, as consequências podem levar os candidatos à reeleição a não terem condições de andar nas ruas de suas cidades, muito menos de ter coragem de pedir votos aos cidadãos.
Chegou a hora de fazer adequações, extinguir ou fundir secretarias, eliminar a “sobra” de cargos comissionados, reduzir salários temporariamente (inclusive os seus próprios e do secretariado para dar exemplo) e fazer o máximo possível para evitar demissões. Manter um “portal da transparência” atualizado e abastecido de dados, mostrando aos cidadãos que a administração municipal vem fazendo de tudo para manter a ordem social em tempos de pandemia.
ESTADO PODE SER A SALVAÇÃO
Assim como em outras unidades da federação, o governo do Estado pode ser a salvação para os municípios que estejam se empenhando para fugir dos efeitos nefastos da pandemia utilizando-se dos métodos corretos e honestos (e só para esses, para que não se premiem aqueles que nada fazem ou que agem de maneira desonesta, tentando utilizar-se politicamente, em beneficio próprio, do sofrimento do povo).
Caso o governador Mauro Carlesse, com o apoio crucial do senador Eduardo Gomes, consiga a liberação dos empréstimos junto à Caixa Econômica Federal e ao Banco do Brasil, o Tocantins poderá dar uma grande volta por cima e driblar a crise econômica que aterroriza o País, aplicando esses recursos em obras de infraestrutura nos 139 municípios, gerando e garantindo milhares de empregos, oxigenando a economia do Estado, gerando impostos e melhorando a receita das cidades.
Por enquanto, essa é a única solução prática e plausível para amenizar os impactos econômicos do Covid-19 que, segundo os analistas políticos e econômicos, tem tudo para provocar a maior recessão mundial dos últimos 100 anos e, caso o Tocantins consiga concretizar a liberação desses recursos, irá se tornar um dois pouquíssimos estados brasileiros a garantir sua sobrevivência e adimplência econômica, transformando-se em alvo de investidores nacionais e internacionais e salvando sua economia e sua população.
Que Nossa Senhora Aparecida nos abençoe e ilumine as mentes dos nossos mandatários!