Ações em andamento em todo o Brasil aguardam apenas o fim do recesso do Judiciário para iniciarem fases de prisão de acusados
Por Edson Rodrigues
O Brasil deve, em breve, laçar uma nova modalidade eleitoral, chamada 3º turno. No mundo todo, quando um candidato não consegue 50% dos votos válidos mais um voto, ocorre o que se chama de segundo turno, com os dois primeiros colocados disputando uma segunda eleição. Pois, no Brasil, agora, mesmo quem ganhar a eleição com 80% dos votos, por exemplo, corre o sério risco de não assumir o cargo para o qual foi eleito, justamente por causa do 3º turno.
Essa aberração eleitoral tem pai e mãe conhecidos: corrupção e falta de ética, e só vai passara a fazer parte da vida dos brasileiros por causa da qualidade duvidosa de 99% dos seus atuais políticos, que chafurdaram com gosto no mar de lama da corrupção e do ucro ilícito e, agora tentam se reeleger ou para continuar fazendo o que fazem de melhor, que é roubar, ou para continuarem com foro privilegiado e verem o julgamento de seus atos serem engolidos pela imensidão de processos que a Suprema Corte brasileira leva anos para julgar.
Mesmo assim, a Justiça continua sendo o maior obstáculo para esse tipo de político, pois, caso seja eleito em outubro (1º turno) ou em novembro (2º turno), se ele for condenado em decisão colegiada, não poderá tomar posse, mesmo tendo sido diplomado.
Levando-se em conta que muitos pré-candidatos já foram condenados em primeira instância e muitos outros trilham o mesmo caminho – e olha que estamos falando de todos os tipos de cargos eletivos em disputa em outubro próximo, de presidente da república a deputado estadual, passando por governador, senador, deputado federal e suplentes – todos são iguais perante a Lei, e não haverá escapatória.
As investigações que estão em andamento a cargo da Polícia Federal não são nada animadoras para quem sabe que praticou atos de corrupção e prevaricação, pois os exemplos já foram dados e, de senadores aos maiores empresários do País, muitos já foram parar atrás das grades e tiveram seus bens seqüestrados.
O ex-presidente Lula, por exemplo, sentará no banco dos réus, perante um juiz, no próximo dia 24 e, caso seja condenado, será em segunda instância e, mesmo com todos os recursos e manobras que a Justiça permite, corre o risco de sair preso do tribunal e, mais que tudo, estará irrevogavelmente inelegível, impedido de participar das eleições de outubro, das quais é o líder em todas as pesquisas de intenção de voto.
Além disso, sua condenação praticamente implodirá a esquerda brasileira, principalmente o PT, que corre o risco até de se desintegrar como partido, perdendo representatividade no Congresso Nacional, tendo seu repasse da verba política drasticamente diminuído e perdendo seu tão precioso tempo no Horário Gratuito de Rádio e TV.
Neste ano de 2018, por exemplo, o PT terá 57 deputados, cerca de 10% de toda a Câmara. E quase metade daquela bancada eleita no rastro da primeira eleição de Lula. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
O PT tinha 68 deputados, eleitos em 2014, na mesma disputa que reelegeu a ex-presidente Dilma Rouseff.
A atual bancada do PT perdeu cerca de 16,2% dos deputados que elegeu, mesmo sem ter enfrentado uma eleição.
TOCANTINS
No Tocantins as regras e conselhos citados acima têm que se que o valor de uma premonição. O tsunami que está por vir a partir de março terá um vasto poder de destruição de carreiras políticas e empresariais, haja visto o número de operações da PF em andamento no nosso Estado.
De Ápia a Rei do Gado, passando pela mais recente “Marcapasso”, juntando-se à elas os processos do Tribunal de Contas da União e do Tribunal de Contas do Estado, muitas já estão em fase de conclusão e outras apenas aguardando o fim do recesso ou uma vaguinha para entrar na pauta de votação dos tribunais superiores, tudo se encaminha para uma verdadeira “limpa” na lista dos políticos com condições de se candidatar.
As investigações são tão sérias e os suspeitos são tantos, que aconselhamos aos que já estão em fase de pré-campanha a “puxarem o freio de mão” até que saia o registro de suas candidaturas e aos que vão renunciar de seus cargos públicos ou eletivos para se habilitarem a participar das eleições, que consultem um bom jurista para se certificar de suas possibilidades.
O certo é que as operações investigativas voltarão com força total em fevereiro e, após o recesso do Judiciário, começarão os julgamentos.
Mas, o principal e o mais preocupante, é que vem aí mais uma delação premiada com poder devastador em solo tocantinense, que está nas últimas tratativas para ser homologada, e que trará muita dor de cabeça para, pelo menos, oito políticos com mandato e outros quatro em plena pré-campanha.
2018 promete!!!