Equipes captaram neste domingo duas córneas, dois rins e um fígado
Por Gláucia Mendes
Cinco pessoas serão contempladas com a doação de duas córneas, dois rins e um fígado, de um paciente, de 60 anos, morador de Arapoema (TO), vítima de hemorragia subaracnóidea. A captação de múltiplos órgãos aconteceu na manhã deste domingo, 29, no Hospital Regional de Araguaína (HRA).
De acordo com a enfermeira da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), do HRA, Luma Maciel Baum, "assim que a equipe percebeu que o paciente deu sinais de morte encefálica, foi aberto protocolo e realizado os exames. A família foi notificada e os sete filhos aceitaram a doação, tendo em vista que, temos mais de 40 mil pessoas na fila de espera. Queremos agradecer os familiares que mesmo em um momento de dor, optaram em doar os órgãos”, disse.
“Com essa doação, cinco pessoas terão mais tempo e qualidade de vida. Doação de órgãos é um ato de amor. Quero agradecer a equipe de Psicologia, na pessoa do psicólogo Eduardo De Pinho e toda a equipe multiprofissional, importantes neste processo de captação”, destacou o coordenador do CIHDOTT-HRA, Dr. Claudivan de Abreu.
Equipes da Central Estadual de Transplante do Tocantins (CETTO) participaram da operação, que contou também com o apoio da Força Aérea Brasileira (FAB) e do Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER), da Secretaria de Segurança Pública.
Equipes transportando órgãos
“A equipe do CIHDOTT agradece também a parceira do Laboratório de Saúde Pública do Tocantins, que prontamente realiza exames necessários no procedimento, Polícia Militar e Guarda Municipal que sempre fazem o acompanhamento das equipes, no trajeto do aeroporto até o hospital e vice-versa, tendo em vista a necessidade e agilidade dos órgãos chegarem ao embarque com tempo e segurança”, ressaltou, Luna Baun.
Como funciona a doação?
Para que aconteça a doação, é necessário que a família tenha conhecimento do desejo de ser doador, uma vez que parte dela a autorização para captação dos órgãos. A autorização deve ser concomitante ao quadro de morte encefálica, ou seja, quando ocorre uma perda definitiva das funções do cérebro e, por isso, a recuperação do paciente não é mais possível. Neste tipo de quadro, os órgãos permanecem ativos por um curto período de tempo, o que permite então a captação para que sejam remetidos aos receptores.